Caixa Cultural
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Com a coleção apresentada nesta mostra, o artista expõe o quanto estamos adormecidos diante de estruturas que naturalizam os corpos historicamente marginalizados, e escancara fissuras sociais e políticas das quais a história da arte não está ilesa.
Neste giro decolonial, proposto por Sergio em desCOLONIZAR CORpos, ele insere visitantes em um movimento que consiste em olhar para a história sem negá-la, porém, interrogando-a e sugerindo novos sistemas. “Não é um novo universo que se apresenta como verdadeiro, mas que busca, sobretudo, interrogar os universos previamente existentes, fazendo com que deixem de ser referências incontestáveis ou as únicas legitimadas”, discorre Juliana.
Sérgio Adriano H, Joinville SC - 1975.
Artista visual, performer, fotógrafo, pesquisador. Vive e produz entre Joinville e São Paulo. Formado em artes visuais e mestre em filosofia. Contabiliza 31° Premiações em Artes Visuais, mais de 140 exposições nacionais e internacionais, incluindo: Performance “desCOLONIZAR CORpos”, Institut National d’Histoire de l’Art, Paris – França, 2023; “Visão do Paraiso”, Centro Cultural Brasil-Moçambique, Maputo - Moçambique; 13ª e 14ª Bienal Internacional de Curitiba, 2019/17; 8ª Bienal Argentina, 2018; Rumos, Itaú Cultural, São Paulo 2013/11; Possui obras em acervos públicos e privados, dentre os quais: Museu de Arte Contemporânea – MAC/USP; Museu de Arte do Rio – MAR; Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM.
Sinopse
Por meio de obras em diversos suportes, o artista visual catarinense Sérgio Adriano H reflete sobre vida e morte, identidade racial, violência, invisibilidade e apagamento social. A partir do conceito de decolonialidade, a crítica política e social, por meio do dispositivo da memória da colonialidade, é marcante em sua poética, forjada permanentemente na experiência de campo e em suas vivências como homem negro na sociedade brasileira. Em desCOLONIZAR CORpos, a CAIXA Cultural Brasília apresenta uma panorâmica de Sérgio Adriano H com 30 obras de sua produção mais recente.

Serviço:
[Artes Visuais] desCOLONIZAR CORpos
Local: CAIXA Cultural Brasília-DF | Galerias Piccola I e II
Endereço: SBS Quadra 4 Lotes 3/4
Abertura: dia 17 de outubro, às 19h, com visita mediada e bate-papo com o artista e a curadora
Visita orientada com o artista: dia 18 de outubro, a partir das 9h
Visitação: de 18 de outubro a 17 de dezembro de 2023
Horário: das 9h às 21h, de terça-feira a domingo
Bilheteria: entrada franca
Classificação: livre para todos os públicos
Acesso para pessoas com deficiência
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal
Evento
A CAIXA Cultural Brasília tem a honra de apresentar exposição individual do artista visual catarinense Sérgio Adriano H
desCOLONIZAR CORpos
Problematiza o que a história apresenta como verdade nos processos vividos pela população negra no Brasil
Na mostra, com a exposição de 30 obras da produção mais recente do artista, Sérgio Adriano H propõe pensar nas histórias não contadas, apagadas e silenciadas de pessoas negras. Para tanto, apropria-se de livros, objetos e imagens onde o povo negro aparece, mas não como agente da história, e os ressignifica a partir da noção de pertencimento e de protagonismo.
A exposição abre na CAIXA Cultural Brasília no dia 17 de outubro de 2023, onde fica em cartaz, nas Galerias Piccola I e II, até 17 de dezembro. Com entrada gratuita, a visitação se dá de terça-feira a domingo, das 9h às 21h, e tem classificação indicativa livre para todos os públicos. Na manhã do dia 18, haverá um encontro com o artista a partir das 9h, quando Sérgio conduzirá o público em uma visita orientada pelas galerias, para falar de suas trajetória e obra.
Em desCOLONIZAR CORpos, “Sérgio nos apresenta obras que tensionam as dualidades e contestam as barbaridades, realiza mapeamentos de palavras e imagens que permeiam o universo da discriminação e perpetuam os desacertos entre a história ocultada e a história dada na significação da sociedade brasileira”, aponta a curadora Juliana Crispe.
Sujeito contemporâneo, Sérgio, segundo a curadora, proclama em sua produção mudanças estruturais, desloca as classes, as culturas identitárias, a sexualidade, os gêneros, as etnias, as raças e a nacionalidade. “Retira a solidez das fronteiras entre a multiplicidade dos corpos e aponta outros modos de ver sua ancestralidade, suas ânsias, para criar maneiras de narrar a própria vida”, descreve a curadora.
A partir desses paradigmas, o artista, que também é performer e pesquisador, questiona, como ele mesmo conceitua, os “sistemas de verdade” ou a “verdade apresentada” que funciona a serviço do poder, da economia, das religiões ou dos grupos que se perpetuam no topo da pirâmide social.