Desmonte
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Vislumbra-se por meio deste projeto, realizado com recursos do FAC - Fundo de Apoio à Cultura do DF, “a possibilidade de desenvolver metodologias criativas, explorar diferentes meios de composição de uma obra, assim como formar público com olhar crítico e investigativo, também coautor dos processos de pensar a linguagem cênica, e quem sabe, de forma autônoma, experimentá-la”, provoca o diretor.
O roteiro aberto de DESMONTE - Construção Exposta tem como base um mergulho no universo feminino de dois artistas. A atriz, uma mulher cisgênero, negra, mãe e de periferia, e o diretor um artista gênero fluido, negro e de origem periférica que vem investigando as ancestralidades de seu corpo, redescobrindo sua identidade e expressão de gênero. Neste sentido, temas como violência, opressão, sonho, racismo, machismo, misoginia, liberdade e ancestralidade serão abordados.
A atriz e o diretor são parceiros de trabalho há oito anos no Grupo Sutil Ato, um coletivo de teatro com 17 anos de atuação contínua no DF e nacionalmente que em 2023 comemora 18 anos. O presente projeto é a abertura das festividades e possibilita a continuidade de um coletivo com trajetória relevante, oportunizando mercado de trabalho, aperfeiçoamento dos profissionais e criação de novo repertório, que inclusive, ressignifica estética e poeticamente a linguagem cênica do grupo. DESMONTE - Construção Exposta “celebra o teatro, a volta ao teatro presencial e ao encontro vivo e humano, celebra o teatro como um lugar de visões de um mundo ainda possível de ser construído”, arremata Jonathan Andrade.

Serviço:
Desmonte - Construção Exposta
Criadores e performers: Jonathan Andrade, Maria Eugênia Félix e Rodrigo Lélis
Local: Complexo Cultural de Samambaia
Endereço: Quadra 301 Conjunto 05 Lote 01, Samambaia Sul-DF
Dias: 20, 21, 22, 27, 28 e 29 de janeiro de 2023
sextas, sábados e domingos
Horário: sempre às 20h
Bilheteria: entrada gratuita, com retirada de ingressos 30 minutos antes de cada sessão
Informações: desmonteoficial e gruposutilato, no Instagram

Ficha técnica:
Idealização e realização: Grupo Sutil Ato
Criadores e performers – Jonathan Andrade, Maria Eugênia Félix e Rodrigo Lélis
Gestão administrativa – Naná Maris
Produção executiva – Maria Eugênia Félix e Jonathan Andrade
Intérprete de libras – Isah Messias
Designer gráfico – Cleyton Santos
Registros fílmicos – Marley Medeiros
Registros fotográficos – Diego Bresani
Evento
O grupo de teatro brasiliense - Sutil Ato - chega à maioridade (18 anos) e apresenta ao público uma proposta autoral inédita de criação cênica
DESMONTE - Construção Exposta
Uma obra teatral aberta concebida e montada diante da plateia em sessões onde atriz, diretor e iluminador descortinam processos e reflexões
Em um palco aberto, convertido em sala de ensaios, três profissionais do teatro convidam o público presente a observar como se dá a criação de uma obra teatral. Nesta construção dramatúrgica, em tempo real, a importância de cada um se dilui em uma horizontalidade hierárquica de seus papéis e funções, e lança os criadores em todas as técnicas da linguagem cênica, construindo coletivamente cenografia, iluminação, figurino, dramaturgia, direção e atuação.
Dada a natureza do projeto, a cada uma das seis sessões, entre os dias 20 e 29 de janeiro, de sexta a domingo no Complexo Cultural de Samambaia, serão apresentadas encenações distintas com importantes criadores da cena artística do DF, a atriz e idealizadora do projeto Maria Eugênia Félix, o diretor e também idealizador Jonathan Andrade, e Rodrigo Lélis, como iluminador.
A concepção de DESMONTE - Construção Exposta teve como ponto de partida o reencontro presencial de atores da cena teatral no contexto pós-isolamento social imposto pela Pandemia da Covid-19. Para Jonathan, “o cenário cultural sofreu significativos impactos, reflexo das medidas restritivas, junta-se a isso as mudanças nos indivíduos e na sociedade”, aponta o diretor.
Voltar a ocupar as salas e os espaços das artes, por agentes e plateia transformadas pelas vivências experimentadas durante o isolamento, aguçou o desejo de Maria Eugênia em expor potências e novas perspectivas de pesquisa e proposição estética dentro do teatro como um manifesto vivo. Em DESMONTE, “vamos compartilhar a construção de um espetáculo que dialoga de forma contundente, potente e desnuda poeticamente, e que reflita e teça perspectivas acerca dessa nova realidade”, conta a atriz.
Surge então um espetáculo cênico híbrido que propõe o diálogo entre o teatro e a performance, o processo criativo e a dimensão ‘espetacular’ de uma obra, a cena e os bastidores, a pesquisa e a apresentação, o público e os artistas, a ficção e o biográfico, a atualidade e toda temporalidade mítica que o teatro pode trazer.