Filosofia do Rock – Ano II
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Serviço:
Ingressos: Entrada gratuita, mediante retirada de senha, distribuída uma hora antes do início do evento.
Informações: (61) 3108.7600.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 10 anos.
O CCBB disponibiliza ônibus gratuito, identificado com a marca do Centro Cultural. O transporte funciona de terça a domingo, saindo do Teatro Nacional a partir das 11h. Confira o itinerário no site www.bb.com.br/cultura
CCBB Brasília
Aberto de terça-feira a domingo das 9h às 21h
SCES Trecho 2, conjunto 22 – Brasília/DF Tel: 61 3310-7087
e-mail: ccbbdf@bb.com.br
site: www.bb.com.br/cultura
Twitter: www.twitter.com/ccbb_df
Espetáculo
“Filosofia do Rock – Ano II”
.:: 2º Encontro: 23 de maio de 2012 ::.
.:: Sempre das 20h às 22h ::.
.:: Teatro I do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília ::.
.:: (SCES Trecho 2, lote 22) ::. .:: Horário: Das 20h às 22h ::.

O CCBB Brasília dá continuidade a série de descontraídos bate-papos sobre o que há entre o novo evelho Rock’n Roll e correntes filosóficas contemporâneas. No dia 23 de maio, é a vez de Márcia Tiburi e Nelson Motta conversarem sobre os “anjos tortos” Rolling Stones e as filosofias malditas.
Neste segundo módulo do “Filosofia do Rock – Ano II”, Márcia Tiburi e Nelson Motta nos apresentam a obra dos geniais e geniosos Rolling Stones, importantes ícones do Rock internacional, um grupo primoroso de músicos que vivem e criam intensamente e com liberdade.
Os Rolling Stones talvez sejam a banda mais representativa da cênica Rock’n Roll como afronta à moral, como deboche. Os parceiros de longa data formam uma das bandas mais importantes da história do rock mundial, ainda presentes e na ativa e, aparentemente, mais esvaziada de significados conceituais. Através de encenação de certa mística negativa, da profanação da metafísica por meio da liberdade do gozo corporal, a atitude do grupo dialoga com a obra de Georges Bataille e de toda a crítica da moral que entende o prazer como meio da emancipação humana.
Georges Bataille (1897 - 1962) é um escritor francês cuja obra se enquadra tanto no domínio da Literatura como no campo da Antropologia, Filosofia e Sociologia. O erotismo e a transgressão são temas recorrentes em seus escritos. A exemplo de "A Parte Maldita", que busca a elaboração de um pensamento bastante distinto ao do liberalismo e ao do marxismo, correntes dominantes em sua época. Em outra obra de sua autoria, "A Noção de Despesa", ele sustenta que oconsumir, e não o produzir, que o despender e não o conservar, que o destruirem vez de construir, constituem as motivações primeiras da sociedade humana.
Esses temas são bastante ligados à mistíca e à linguagem do rock onde os Stones estão inseridos, que é a da música como um catalisador de uma certa necessidade de trangressão.
Mestre e Doutora em Filosofia, Marcia Tiburi está à frente dos encontros que terão como convidados alguns destaques do cenário da cultura nacional. Zélia Duncan abriu a série, no dia 25 de abril, e depois de Nelson Motta teremos ainda Thedy Corrêa, Leoni, Wander Wildner e Elisa Gargiulo.
Márcia comenta a proposta de sua curadoria, “o objetivo da série é provocar e instigar pensamentos sobre o quese ouve e se vê, percebendo o que há além de sons, letras e atitudes Rock’n Roll, quais as conexões com inconsciênte coletivo, com as questões que se tornaram decisivas quando apareciam apenas como mero entretenimento da juventude.”

Programação:

Tendo ‘Paul Simon, Música e Incomunicabilidade’ como ponto de partida, no dia 27 de junho, o convidado Leoni, cantor e compositor, ajudará a refletir sobre a obra do compositor americano, que ficou famoso com Art Garfunkel com a canção ‘The Sounds of Silence’ nos anos 60. Nome importante do chamado folk rock, Paul Simon, assim como Dylan, foi porta-voz de sua geração,mas, oposto ao outro, não cantou o protesto ou a revolta, mas, sim, fez da canção do rock um instrumento de introspecção. Cantor da melancolia e a da fragilidade subjetiva, da solidão e da delicadeza, Simon é um dos artistas mais sofisticados musicalmente da história do rock. Os filósofos da confissão, de Rousseau a Benjamin, são os convidados para esta conversa sobre a descoberta de si.
Conhecido por fazer parte da banda Os Replicantes, que teve grande importância no punk rock nacional dos anos 80, o cantor e compositor Wander Wildner é convidado de 4 de julho, dia voltado a ‘SexPistols, Nietzsche, Música e Filosofia a Golpes de Martelo’. Contra tudo e contra todos, e, sobretudo, contra o poder e sua persona, Sex Pistols é a banda com a carreira mais curta e maisinesquecível na história do rock. Nietzsche, filósofo da provocação, da filosofia a golpes de martelo, poderia ter tocado com o grupo punk.
‘Madonna e Os Paradoxos do Pós-Feminino’ é tema da discussão do dia 22 de agosto, que conta com a presença de Carol Teixeira, escritora, filósofa, compositora e vocalista do Brollies & Apples. Madonna tornou-se uma artista pop, mas sua origem está no rock. Mais precisamente no punk rock que ela entendeu como uma saída da norma, um modo de se desencaixar do sistema. Afinal, Madonna conseguiu ou não contribuir para a evolução da emancipação feminina?
No dia 26 de setembro, Thedy Côrrea, da Banda Nenhum de Nós, volta a participar do projeto, em ‘Rock, Filosofia, Indústria Cultural e Juventude’. O nascimento do rock está ligado ao avanço das tecnologias sonoras, à questão da gravação e da reprodução técnica, mas também da indústria cultural. Música da juventude, mas não simplesmente de pessoas de pouca idade, o rock é a configuração performática de um estilo de vida que envolve um modo de vestir-se, de comportar-se, de ser e de pensar.
A programação avança para o dia 24 de outubro, com o filósofo, sociólogo, psicanalista e escritor Daniel Lins à frente do debate ‘Para Uma Metafísica do Rock: Bob Dylan e Gilles Deleuze’. A canção elevada à suporte para a poesia moderna de Bob Dylan encontra a filosofia do desejo de Gilles Deleuze. Enquanto Deleuze afirma sua filosofia como “criação de conceitos”, Dylan assume-se como “ladrão de pensamento” ou “ladrão de almas”.
Encerrando esta edição do projeto, no dia 21 de novembro, Elisa Gargiuloprovoca a todos com o tema ‘O Segundo Sexo de Simone de Beauvoir e a história do Rock’. As mulheres não participam da história política, da arte ou da história do conhecimento senão como sujeitos esquecidos ou dominados em um cenário patriarcal. A história do rock participa dessa história. Ao mesmo tempo, o nascimento do rock é contemporâneo da intensificação do feminismo na segunda metade do século XX a partir da reflexão de Simone de Beauvoir. A ausência e a chegada das mulheres ao rock e do rock às mulheres é uma questão tensa. Embora autorizadas pela contra cultura, as mulheres raramente ocuparam o espaço de expressão musical popular que foi o rock. As bandas de mulheres da virada do século nos fazem questionar os motivos desta presença quase rara.