Filosofia do Rock – Ano II
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Espetáculo
Filosofia do Rock ano II, no CCBB Brasília
A relação entre a música e a filosofia é o tema central do “Filosofia do Rock Ano II”, que vem acontecendo todos os meses no Teatro I do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília. Os encontros, com curadoria de Márcia Tiburi, acontecem sempre às quartas, a partir das 20h e tem entrada livre. A programação da série chega ao seu sétimo encontro, no dia 24 de outubro, com o filósofo, sociólogo, psicanalista e escritor Daniel Lins à frente do debate ‘Para Uma Metafísica do Rock: Bob Dylan e Gilles Deleuze’.
Para os apreciadores de música, filosofia, sociologia, psicologia, poesia e o que mais houver entre Bob Dylan e a filosofia de Gilles Deleuze, Márcia Tiburi recebe o Daniel Lins, para um bate-papo sobre essas e outras questões. Iconoclastas e libertários, Dylan e Deleuze fazem da filosofia e do rock uma combinação que leva a repensar o sentido das coisas.
A fascinação de alguns roqueiros por Deleuze, sua participação em gravações de grupos de rock, o uso que faz de algumas letras de Bob Dylan para pensar sua filosofia afora uma simples “cultura”, constituem um elemento de auto-criação.
Concluído o curso filosofia na Sorbonne em 1948, Gilles Deleuze dedica-se à história da filosofia. Em 1962, conhece Michel Foucault,de quem se torna amigo, não trabalharam juntos, mas foram apontados como responsáveis pelo renascimento do interesse pela obra de Nietzsche. A filosofia Deleuze, considerada como uma filosofia do desejo, vai de encontro à psicanálise, em especial a freudiana, que aos seus olhos reduz o desejo ao complexo de édipo, a falta de algo. Para ele, o processo esquizofrênico faz experimentar de modo direto as "máquinas-desejantes" e é capaz de criar (e preencher) o "corpo-sem-órgãos". Com seus pulmões afetados por um câncer e respirando com a ajuda de aparelhos, impossibilitado de trabar,Deleuze atirou-se pela janela do seu apartamento em 04 de novembro de 1995. Seus seguidores consideraram seu suicídio coerente com sua vida e obra: "para ele, o trabalho do homem era pensar e produzir novas formas de vida".
Daniel Lins é Doutor em sociologia e pós-doutorou-se em filosofia ambos pela Universidade de Paris. É professor associado de filosofia no Departamento de Educação da Universidade Federal do Ceará; e coordena o Simpósio Internacional de Filosofia Nietzsche e Deleuze. Na sociologia, destacam-se os trabalhos sobre Pierre Bourdieu e sobre Lampião. Sua obra, no geral, versa sobre temas da modernidade e contemporaneidade.

‘Para Uma Metafísica do Rock: Bob Dylan e Gilles Deleuze’
Local: Teatro I do CCBB Brasília (SCES Trecho 2, lote 22).
Data: Quarta-feira, 24 de outubro de 2012.
Horário: Das 20h às 22h.
Ingressos: Entrada gratuita, mediante retirada de senha, distribuída uma hora antes do início do evento.
Informações: (61) 3108.7600.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 10 anos.

DJ convidado: Valter Nu, produtor musical, formado em Rádio e TV. Pós-graduado em Semiótica, atua na noite paulista há mais de 10 anos. Desde o primeiro encontro do programa, Valter Nu vem criando o clima para os bate-papos com setsq ue norteam a vertende do rock que será tema do encontro.

O CCBB disponibiliza ônibus gratuito, identificado com a marca do Centro Cultural. O transporte funciona de terça a domingo, saindo do Teatro Nacional a partir das 11h. Confira o itinerário no site www.bb.com.br/cultura

CCBB Brasília
Aberto de terça-feira a domingo das 9h às 21h SCES Trecho 2, conjunto 22 – Brasília/DF Tel: 61 3310-7087 e-mail: ccbbdf@bb.com.br
site: www.bb.com.br/cultura
Twitter: www.twitter.com/ccbb_df

Programação da série:
Encerrando esta edição do projeto, no dia 21 de novembro de 2012, Elisa Gargiulo provoca a todos com o tema ‘O Segundo Sexo de Simone de Beauvoir e a história do Rock’. As mulheres não participam da história política, da arte ou da história do conhecimento senão como sujeitos esquecidos ou dominados em um cenário patriarcal. A história do rock participa dessa história. Ao mesmo tempo, o nascimento do rock é contemporâneo da intensificação do feminismo na segunda metade do século XX a partir da reflexão de Simone de Beauvoir. A ausência e a chegada das mulheres ao rock e do rock às mulheres é uma questão tensa. Embora autorizadas pela contracultura, as mulheres raramente ocuparam o espaço de expressão musical popular que foi o rock. As bandas de mulheres da virada do século nos fazem questionar os motivos desta presença quase rara.