Evento
A CAIXA Cultural Brasília apresenta temporada do espetáculo
Memórias de um Cão
Espetáculo do Coletivo Alfenim, parte do estudo de obra literária “Quincas Borba”, de Machado de Assis, para construir uma crítica às estratégias de dissimulação e autoengano presente nas relações sociais.
Memórias de um Cão narra a trajetória de ascensão e queda de Rubião, um mestre-escola interiorano que, às vésperas da abolição da escravatura, se muda para a Corte, após receber uma herança de seu benfeitor, Quincas Borba, personagem da obra de mesmo nome de autoria de Machado de Assis. Borba retrata o escravocrata típico, proprietário e rentista, que se autodenomina filósofo e que ocupa seus dias ociosos com especulações incoerentes sobre a natureza humana.
Como condição para usufruir da herança, o recém endinheirado deve cuidar do cão de seu falecido benfeitor. Essa exigência testamentária, uma variante do pacto fáustico, traduz, na prática, as determinações do “Humanitismo”, doutrina heterodoxa criada por Quincas Borba, cujo princípio pode ser sintetizado na máxima “Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas”.
Tornado capitalista da noite para o dia, Rubião passeia pelas ruas elegantes de um Rio de Janeiro, em processo vertiginoso de modernização, buscando inserir-se num círculo de relações de favor, marcadas pelo preconceito de classe e pela futilidade de um mundo apartado do trabalho.
Enquanto esbanja sua herança, Rubião experimenta uma vida de luxos e compensações imaginárias a tal ponto de pensar ser o próprio imperador francês Napoleão III, numa clara alusão às pretensões da elite brasileira de tornar o Brasil uma nação do primeiro mundo, com a importação de um liberalismo fora do lugar e com vista grossa para o tráfico de escravos.
A partir da investigação do romance “Quincas Borba”, o Coletivo Alfenim propõe uma alegoria tragicômica da desfaçatez com que a elite econômica e cultural brasileira tenta isentar-se de sua responsabilidade histórica pela barbárie que marca o processo de modernização do país.
Pautado pela ironia de um ‘anti-romance’, Memórias de um Cão expõe as contradições de uma sociedade que almeja a modernidade, sem abrir mão das prerrogativas de classe como a exploração da mão de obra escrava, da espoliação do trabalho livre e da apropriação da riqueza nacional a partir da instrumentalização do poder público. “As semelhanças com a atualidade não são mera coincidência”, provoca o diretor do espetáculo, Márcio Marciano.
SERVIÇO:
Espetáculo: Memórias de um Cão
Local: Teatro da Caixa Cultural Brasília
Endereço: SBS – Quadra 4 – Lotes 3/4 – Brasília – DF
Temporada: de 29 a 31 de julho de 2016.
Dias e horários: Sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 19h.
Duração: 80 minutos.
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia entrada para estudantes, professores, maiores de 60 anos, funcionários e clientes CAIXA e doadores de agasalho).
Bilheteria: De terça a sexta e domingo, das 13h às 21h, e sábado, das 9h às 21h.
Os ingressos começam a serem vendidos no sábado, dia 23 de julho, somente na bilheteria do teatro. Pagamento a dinheiro, cheque e cartões de débito de crédito e Vale-Cultura.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 14 anos.
Capacidade: 406 lugares (8 para cadeirantes).
Informações: 3206-6456.
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal.
Ficha técnica:
Direção e dramaturgia: Márcio Marciano
Assistência dramatúrgica: Gabriela Arruda
Elenco: Adriano Cabral; Lara Torrezan; Paula Coelho; Ricardo Canella; Verônica Cavalcanti; Vítor Blam; e Zezita Matos
Direção musical: Mayra Ferreira; e Nuriey Castro
Composição musical: Márcio Marciano; Marília Calderón; Mayra Ferreira; Nuriey Castro; Paula Coelho; Vítor Blam; e Walter Garcia
Músicos: Mayra Ferreira; e Nuriey Castro
Figurino: Patrícia Brandstatter
Máscaras e caracterização: Coletivo Alfenim
Consultoria Literária: José Antônio Pasta; e Iná Camargo Costa
Produção Executiva: Gabriela Arruda
Realização: Coletivo Alfenim
Memórias de um Cão
Espetáculo do Coletivo Alfenim, parte do estudo de obra literária “Quincas Borba”, de Machado de Assis, para construir uma crítica às estratégias de dissimulação e autoengano presente nas relações sociais.
Memórias de um Cão narra a trajetória de ascensão e queda de Rubião, um mestre-escola interiorano que, às vésperas da abolição da escravatura, se muda para a Corte, após receber uma herança de seu benfeitor, Quincas Borba, personagem da obra de mesmo nome de autoria de Machado de Assis. Borba retrata o escravocrata típico, proprietário e rentista, que se autodenomina filósofo e que ocupa seus dias ociosos com especulações incoerentes sobre a natureza humana.
Como condição para usufruir da herança, o recém endinheirado deve cuidar do cão de seu falecido benfeitor. Essa exigência testamentária, uma variante do pacto fáustico, traduz, na prática, as determinações do “Humanitismo”, doutrina heterodoxa criada por Quincas Borba, cujo princípio pode ser sintetizado na máxima “Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas”.
Tornado capitalista da noite para o dia, Rubião passeia pelas ruas elegantes de um Rio de Janeiro, em processo vertiginoso de modernização, buscando inserir-se num círculo de relações de favor, marcadas pelo preconceito de classe e pela futilidade de um mundo apartado do trabalho.
Enquanto esbanja sua herança, Rubião experimenta uma vida de luxos e compensações imaginárias a tal ponto de pensar ser o próprio imperador francês Napoleão III, numa clara alusão às pretensões da elite brasileira de tornar o Brasil uma nação do primeiro mundo, com a importação de um liberalismo fora do lugar e com vista grossa para o tráfico de escravos.
A partir da investigação do romance “Quincas Borba”, o Coletivo Alfenim propõe uma alegoria tragicômica da desfaçatez com que a elite econômica e cultural brasileira tenta isentar-se de sua responsabilidade histórica pela barbárie que marca o processo de modernização do país.
Pautado pela ironia de um ‘anti-romance’, Memórias de um Cão expõe as contradições de uma sociedade que almeja a modernidade, sem abrir mão das prerrogativas de classe como a exploração da mão de obra escrava, da espoliação do trabalho livre e da apropriação da riqueza nacional a partir da instrumentalização do poder público. “As semelhanças com a atualidade não são mera coincidência”, provoca o diretor do espetáculo, Márcio Marciano.
SERVIÇO:
Espetáculo: Memórias de um Cão
Local: Teatro da Caixa Cultural Brasília
Endereço: SBS – Quadra 4 – Lotes 3/4 – Brasília – DF
Temporada: de 29 a 31 de julho de 2016.
Dias e horários: Sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 19h.
Duração: 80 minutos.
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia entrada para estudantes, professores, maiores de 60 anos, funcionários e clientes CAIXA e doadores de agasalho).
Bilheteria: De terça a sexta e domingo, das 13h às 21h, e sábado, das 9h às 21h.
Os ingressos começam a serem vendidos no sábado, dia 23 de julho, somente na bilheteria do teatro. Pagamento a dinheiro, cheque e cartões de débito de crédito e Vale-Cultura.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 14 anos.
Capacidade: 406 lugares (8 para cadeirantes).
Informações: 3206-6456.
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal.
Ficha técnica:
Direção e dramaturgia: Márcio Marciano
Assistência dramatúrgica: Gabriela Arruda
Elenco: Adriano Cabral; Lara Torrezan; Paula Coelho; Ricardo Canella; Verônica Cavalcanti; Vítor Blam; e Zezita Matos
Direção musical: Mayra Ferreira; e Nuriey Castro
Composição musical: Márcio Marciano; Marília Calderón; Mayra Ferreira; Nuriey Castro; Paula Coelho; Vítor Blam; e Walter Garcia
Músicos: Mayra Ferreira; e Nuriey Castro
Figurino: Patrícia Brandstatter
Máscaras e caracterização: Coletivo Alfenim
Consultoria Literária: José Antônio Pasta; e Iná Camargo Costa
Produção Executiva: Gabriela Arruda
Realização: Coletivo Alfenim