Na Estrada
Fernando Barros captura instantâneos pelo mundo há um bom tempo. Diferentemente do registro turístico, suas fotos têm o viés da pesquisa imagética, das possibilidades de enquadramento e recorte daquilo que o olhar estrangeiro captura, ao deparar-se com outros horizontes.
Quando convidada por Fernando, a fazer o papel de “olhar de fora” que exercita a constituição de versão compartilhada com o artista, Panitz se viu frente a uma grande quantidade de registros. “Por um lado, tinham uma fonte comum – o relato visual da viagem, por outro, uma diversidade que desafiava a constituição curatorial”, relata. “Aos poucos, certas qualidades das imagens foram se impondo e, a partir delas, o viés da mostra foi-se construindo”, demarca a curadora.
Serviço:
Exposição fotográfica: Na Estrada
Local: Galeria Parangolé do Espaço Cultural Renato Russo
Endereço: CRS 508 Bloco A - Asa Sul, Brasília-DF
Abertura: 23 de novembro de 2021, às 19h
Temporada: De 24 de novembro de 2021 a 30 de janeiro de 2022
Visitação: De terça a sábado, das 10h às 20h, e domingo, das 10h às 19h
Classificação indicativa: Livres para todos os públicos
Informações: 6132440411
Quando convidada por Fernando, a fazer o papel de “olhar de fora” que exercita a constituição de versão compartilhada com o artista, Panitz se viu frente a uma grande quantidade de registros. “Por um lado, tinham uma fonte comum – o relato visual da viagem, por outro, uma diversidade que desafiava a constituição curatorial”, relata. “Aos poucos, certas qualidades das imagens foram se impondo e, a partir delas, o viés da mostra foi-se construindo”, demarca a curadora.
Serviço:
Exposição fotográfica: Na Estrada
Local: Galeria Parangolé do Espaço Cultural Renato Russo
Endereço: CRS 508 Bloco A - Asa Sul, Brasília-DF
Abertura: 23 de novembro de 2021, às 19h
Temporada: De 24 de novembro de 2021 a 30 de janeiro de 2022
Visitação: De terça a sábado, das 10h às 20h, e domingo, das 10h às 19h
Classificação indicativa: Livres para todos os públicos
Informações: 6132440411
Evento
FAC - Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal apresenta, no Espaço Cultural Renato Russo, a exposição
Na Estrada
Mostra fotográfica de cenários que traduzem percepções sutis e convidam o espectador ao exercício de um olhar preciso e ao encontro de originalidades significativas
Com curadoria de Marília Panitz, a exposição apresenta uma coleção de 88 registros fotográficos de Fernando Barros. A mostra, que fica em cartaz no Espaço Cultural Renato Russo de 23 de novembro de 2021 a 30 de janeiro de 2022, decorre de registros feitos em viagens e que brilham por seus aspectos estéticos.
Para Fernando, a criação fotográfica está condicionada a dois fatores básicos: liberdade plena e inspiração. “Na minha experiência, não tenho dúvida que a interação entre esses dois impulsos se manifesta na dinâmica que o espírito libertário das aventuras para o desconhecido possibilita”, compartilha o artista.
Sobre seus registros, segundo Marília Panitz, “eles provocam o olhar a constituir versões possíveis para a articulação de fragmentos que recolhe, estes mantendo o anonimato do local de recolhimento”, avalia a curadora, que destaca: “é aí que esse conjunto de fotos deixa o estatuto de registro documental de viagem e se torna proposta poética”.
Assim, e não por acaso, a seleção apresenta imagens que chamam ao exercício de observação mais apurado e preciso. O potencial desse movimento, frente ao novo e culturas variadas, resultou na composição de seis núcleos temáticos abertos e que propõem um duplo olhar.
O primeiro orientado pela viagem, enquanto o segundo pela possibilidade de construção de sentenças visuais que subvertam a geografia e invistam em uma narrativa que destaca elementos de toda imagem.
Na Estrada está compartilhada em seis núcleos, com em média 14 fotos cada, e duas delas estabelecem certa pedagogia de leitura. Com composição semelhante, a parede europeia pintada há séculos e o carro de frutas de uma ilha na África se aproximam pela paleta de cores e motivo, eliminam distâncias, porém, mantém as diferenças.
AZUIS e VERMELHOS exploram a ideia de cor dominante, não necessariamente como espaço da superfície imagética. Talvez muito mais como captura e organiza todos os elementos visuais em torno dele.
PALAVRAS e JANELAS tratam ícones que marcam as diferenças culturais e dão o caráter dos lugares visitados que contextualizam as culturas aos olhos do viajante. Mas também revelam certas correspondências impensáveis quando não detemos o código da linguagem e dos costumes. As formas que dão nome aos núcleos, presentes em cada foto, também criam um ritmo próprio, sugerindo-nos certo método do artista.
Já PERSONAGENS e PONTOS DE FUGA convidam a ver a vida. São micronarrativas que se iniciam em uma imagem e seguem na seguinte, que a contamina. Uma subversão espaço-temporal cria ligações entre pessoas, ruas, paisagens remotas, separadas pela geografia e pela história, e unidas pela humanidade. Um convite à viagem, sem sair do lugar.
Na Estrada
Mostra fotográfica de cenários que traduzem percepções sutis e convidam o espectador ao exercício de um olhar preciso e ao encontro de originalidades significativas
Com curadoria de Marília Panitz, a exposição apresenta uma coleção de 88 registros fotográficos de Fernando Barros. A mostra, que fica em cartaz no Espaço Cultural Renato Russo de 23 de novembro de 2021 a 30 de janeiro de 2022, decorre de registros feitos em viagens e que brilham por seus aspectos estéticos.
Para Fernando, a criação fotográfica está condicionada a dois fatores básicos: liberdade plena e inspiração. “Na minha experiência, não tenho dúvida que a interação entre esses dois impulsos se manifesta na dinâmica que o espírito libertário das aventuras para o desconhecido possibilita”, compartilha o artista.
Sobre seus registros, segundo Marília Panitz, “eles provocam o olhar a constituir versões possíveis para a articulação de fragmentos que recolhe, estes mantendo o anonimato do local de recolhimento”, avalia a curadora, que destaca: “é aí que esse conjunto de fotos deixa o estatuto de registro documental de viagem e se torna proposta poética”.
Assim, e não por acaso, a seleção apresenta imagens que chamam ao exercício de observação mais apurado e preciso. O potencial desse movimento, frente ao novo e culturas variadas, resultou na composição de seis núcleos temáticos abertos e que propõem um duplo olhar.
O primeiro orientado pela viagem, enquanto o segundo pela possibilidade de construção de sentenças visuais que subvertam a geografia e invistam em uma narrativa que destaca elementos de toda imagem.
Na Estrada está compartilhada em seis núcleos, com em média 14 fotos cada, e duas delas estabelecem certa pedagogia de leitura. Com composição semelhante, a parede europeia pintada há séculos e o carro de frutas de uma ilha na África se aproximam pela paleta de cores e motivo, eliminam distâncias, porém, mantém as diferenças.
AZUIS e VERMELHOS exploram a ideia de cor dominante, não necessariamente como espaço da superfície imagética. Talvez muito mais como captura e organiza todos os elementos visuais em torno dele.
PALAVRAS e JANELAS tratam ícones que marcam as diferenças culturais e dão o caráter dos lugares visitados que contextualizam as culturas aos olhos do viajante. Mas também revelam certas correspondências impensáveis quando não detemos o código da linguagem e dos costumes. As formas que dão nome aos núcleos, presentes em cada foto, também criam um ritmo próprio, sugerindo-nos certo método do artista.
Já PERSONAGENS e PONTOS DE FUGA convidam a ver a vida. São micronarrativas que se iniciam em uma imagem e seguem na seguinte, que a contamina. Uma subversão espaço-temporal cria ligações entre pessoas, ruas, paisagens remotas, separadas pela geografia e pela história, e unidas pela humanidade. Um convite à viagem, sem sair do lugar.