O CACHORRO QUE SE RECUSOU A MORRER
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Ficha técnica:
Criação, texto e atuação: Samir Murad
Direção: Delson Antunes e Samir Murad
Cenografia: José Dias
Figurino e adereços: Karlla de Luca
Iluminação: Thales Coutinho
Trilha Sonora: André Poyart e Samir Murad
Videocenário: Mayara Ferreira
Assistente de direção: Gedivan de Albuquerque
Assessoria de imprensa: Ney Motta
Programação visual: Fernando Alax
Fotos: Fernando Valle
Mídias: Cia Teatral Cambaleei, mas não caí...
Cenotécnico: Mario Pereira
Costureira: Maria Helena
Direção de produção: Fernando Alax
Produção executiva: Wagner Uchoa
Operação audiovisual: Mayara Ferreira
Operação de luz: Hélio Malvino
Realização: Cia Teatral Cambaleei, mas não caí...

Serviço:
Estreia nacional: Dia 6 de janeiro de 2023.
Temporada: 6, 13, 20 e 27 de janeiro de 2023
sextas-feiras, às 20h.
Local: Teatro Brigitte Blair
Endereço:
Rua Miguel Lemos, 51-H, Copacabana, Rio de Janeiro-RJ.
Próximo a Estação Cantagalo do Metrô Rio.
Informações: 2125212955
Valor do ingresso: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia-entrada)
Vendas na bilheteria do Teatro ou pelo site sympla
Capacidade de público: 200 pessoas
Classificação: Não recomendado para menores de 10 anos.
Duração: 75 minutos
Drama
Evento
Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro e Cia Teatral Cambaleei, mas não caí… através do Edital Retomada Cultural RJ2, apresentam
O CACHORRO QUE SE RECUSOU A MORRER
Na noite de 6 de janeiro, o Teatro Brigitte Blair, em Copacabana, recebe a estreia nacional do espetáculo O cachorro que se recusou a morrer, novo espetáculo multimídia do ator-autor-poeta Samir Murad, que divide a direção com Delson Antunes. O argumento da peça deriva das memórias e das histórias contadas pelo pai de Samir: um imigrante libanês em sua luta pela sobrevivência numa terra estranha. Conflito, êxodo, o novo mundo, casamento por encomenda, saúde mental afetada, são conteúdos que, como um mascate andarilho, o ator mambembe carrega em sua mala e que pretende vender ao seu público. Em cena, a memória afetiva mistura tempos e espaços, tocando uma dimensão onírica do real. Dessas referências nasce um contato intimista e revelador entre artista, teatro e espectador. A partir de fevereiro, o espetáculo inicia a circulação pelo Município e Estado do Rio de Janeiro.
– Quero lhes apresentar essa história porque acredito que ela cumpre a função essencial do Teatro: emocionar e provocar uma reflexão sobre a condição humana. Depois da trilogia Teatro, Mito e Genealogia – a partir de uma pesquisa de linguagem cênica, baseada em conceitos e práticas teatrais de Antonin Artaud –, representada pelos meus trabalhos anteriores: Para Acabar de Vez com o Julgamento de Artaud (2001); Édipo e seus Duplos (2018); e Cícero - A Anarquia de um Corpo Santo (2019), proponho com O cachorro que se recusou a morrer uma nova forma de narrativa, mais simples, mais contida e essencial. Meu foco, aqui, é a alma do texto. O diálogo com o público. Por trás de uma cena de família (da minha família), muitos aspectos da cultura árabe – alguns deles em gritantes conflitos com os costumes brasileiros – precisam ser revisitados. Começando pela submissão da mulher, a intolerância religiosa, o poder tribal do patriarca –, declara Samir Murad.
“... e ao longe se escutava o cachorro que se recusou a morrer.”
Trecho de poema do livro o Retorno de Netuno, de Samir Murad.
Um casamento por encomenda e uma tríade formada pelo pai, a mãe e a irmã mais velha, afetada mentalmente (inclusive por internações) pelo casamento sem amor dos pais. Marcas que não desvanecem e perpassam por toda a relação familiar do autor-ator, extraídas não apenas de suas memórias, mas de relatos gravados por seu próprio pai antes de falecer. Conflitos que estão em cada um de nós e ajudarão a resgatar sentimentos no público, por meio de recursos cênicos despojados, apoiados principalmente pelo trabalho de corpo e voz do ator. Assim o texto oscila entre o drama e o humor, trazendo à cena uma cultura machista, forjada em dogmas religiosos que até hoje permeiam a maioria dos lares brasileiros. Em alguns momentos, projeções mesclam imagens criadas com fotos reais antigas, assim como da casa onde tudo se passou, o que acentua o clima dos escombros da memória. A forte presença da trilha sonora, marca a cultura árabe familiar. Não faltam ao espetáculo os gestos, a mímica e as pantomimas que emprestam emoção à palavra.
Colóquio entre libaneses e judeus
Com vistas a promover a aproximação de libaneses e judeus, em uma ação social que tem o Teatro como veículo de discussão para uma temática comum a ambos os povos, que é a imigração e o consequente choque de culturas, no início de fevereiro o espetáculo realizará três apresentações na Associação Sholem Aleichem - ASA, localizado na Rua São Clemente, 155, Botafogo, onde abriga um rico e vasto movimento cultural sempre com temas atuais que promovem discussões sobre o panorama sócio-político e cultural de nossa cidade e por extensão do país. Reforçando essa tendência o espetáculo abrirá um debate público após cada sessão com convidados especializados para o colóquio.
Temporada de estreia e circulação
O cachorro que se recusou a morrer foi contemplado com o patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através do Edital Retomada Cultural RJ2. A temporada de estreia (nacional) acontecerá a partir de 6 de janeiro, no Teatro Brigitte Blair, em Copacabana, próximo a Estação Cantagalo do Metrô. A partir de fevereiro, o espetáculo será apresentado em circulação pelo Município e Estado do Rio de Janeiro. Outras temporadas estão sendo programadas.
Minibio de Samir Murad
Ator de teatro, cinema e televisão, autor, diretor, dublador e professor, Samir Murad é formado pela UNIRIO, com pós-graduação na UFRJ e mestrado pela UNIRIO. No cinema, participou de diversos longas e curtas nacionais premiados. Na televisão, fez inúmeras participações na TV Globo, TV Record, Netflix e Canal Brasil. Trabalhou como dublador na Herbert Richers. Foi professor da Faculdade CAL de Artes Cênicas. Fundou a companhia teatral “Cambaleei, mas não caí...”, que tem, em Antonin Artaud sua principal referência de pesquisa de linguagem cênica e que inaugura com otexto infanto-juvenil de sua autoria Além da lenda do Minotauro, que também dirigiu e que foi publicado. No teatro atuou sob adireção de Augusto Boal, Bibi Ferreira, Sérgio Britto, Miguel Falabella, Sidnei Cruz e Gustavo Paso entre outros. Em 2001, encenou seu primeiro trabalho solo Para acabar de vez com o julgamento de Artaud. Segundo a crítica Bárbara Heliodora, de O Globo, foi um dos dez melhores espetáculos do ano. Em 2008, escreveu e encenou seu segundo solo, Édipo e seus duplos, também publicado. Em 2017, encenou, também de sua autoria, O cão que sonhava lobos, um solo musical infantil, publicado com ilustrações. Em 2019, protagonizou a encenação de Educação Siberiana e estreou seu terceiro solo, Cícero – A anarquia de um Corpo Santo, que encerra a trilogia “Teatro, Mito e Genealogia” e que também virou livro. Em 2020, integra o elenco da novela Genesis da TV Record e apresenta seu primeiro livro de poemas e crônicas. Recentemente integrou o elenco do premiado espetáculo O Alienista (2022), sob direção de Gustavo Paso. Atualmente integra o elenco da nova novela Terra Vermelha, da TV Globo, que será lançada em 2023.
Minibio de Delson Antunes
Delson Antunes é diretor, ator, professor, dramaturgo e pesquisador de teatro. Licenciado em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília (UnB), concluiu Mestrado em Teatro pela UniRio, especializando-se em História do Teatro Musical Brasileiro, em 1996. Como ator, diretor e dramaturgo participou de mais de 80 espetáculos teatrais, apresentados em diversas cidades brasileiras.