O Espelho
Simone Reis
Atriz performática, diretora e Mestra efetiva de Artes Cênicas pela Universidade de Brasília (UnB). Tem mestrado pela Universidade da Bahia (2002) e doutorado em Estudos Performáticos pela Universidade de Victoria, Austrália (2008). Reis participou de conferências internacionais no Brasil, Nova Zelândia e na Austrália e atuou em festivais como O Festival Internacional de Inverno, Belo Horizonte (1992); IV Fórum de Arte visual de Brasília (1995); Festival internacional do Theatre Contemporary e o Butoh, em São Paulo e Brasília(1995); e o Festival de Teatro de Londrina no Paraná (1999). Seu foco atual está no desempenho de solo, entretanto, dirigiu e planejou muitos ensaios em parceria com outros atores, diretores, dançarinos, músicos e artistas visuais. Recebeu várias concessões do governo Brasileiro (Centro Cultural do Banco Brasil, Fundo de Apoio à Pesquisa, Departamento de Cultura do Distrito Federal, Ministério da Educação, CNPq Prêmio do Teatro para jovens diretores) em projetos e parcerias com artistas visuais como Sonia Paiva e Nelson Maravalhas,fotógrafa Mila Petrillo,diretora Brígida Miranda e a diretora Leo Sykes com quem criou Hamuleto em 2002. Também atuou com a performer de Butoh e diretora Companhia de Dança TAAN Maura Baiochi, os artistas José Eduardo Garcia de Moraes e Felícia Johansson ea dançarina Eliana Carneiro, em Brasília, onde juntas criaram The National Solo Company of Atypical Dances. Em São Paulo, Reis colaborou com Zé Celso Martinez Corrêa e a Companhia Teatral Uzina Uzona. Na Companhia de Zé Celso, interpretou o fantasma de Ophelia em Hamlet´s Opening Rehearsals, o personagens Barbara Heliodora e Morte em 1993. Simone também atuou com o lendário artista e diretor de filmes de terror brasileiro José do Caixão na peça Misteriosos Gozozos de Zé Celso em 1994.
A Arteviva Produções Artísticas, empresa brasiliense, fundada em 1987, com o objetivo de criar em Brasília uma infra-estrutura eficiente para o encaminhamento de projetos nacional e internacional, com seriedade na organização, dedicação ao trabalho e qualidade dos projetos apresentados. Além da produção cultural se preocupa em desenvolver trabalhos de relevante importância, nas áreas social, educacional e ambiental. Vem realizando trabalhos de teatro, dança, cinema, musica, artes visuais, ecologia ,educação, Mostra e Festivais.
Atriz performática, diretora e Mestra efetiva de Artes Cênicas pela Universidade de Brasília (UnB). Tem mestrado pela Universidade da Bahia (2002) e doutorado em Estudos Performáticos pela Universidade de Victoria, Austrália (2008). Reis participou de conferências internacionais no Brasil, Nova Zelândia e na Austrália e atuou em festivais como O Festival Internacional de Inverno, Belo Horizonte (1992); IV Fórum de Arte visual de Brasília (1995); Festival internacional do Theatre Contemporary e o Butoh, em São Paulo e Brasília(1995); e o Festival de Teatro de Londrina no Paraná (1999). Seu foco atual está no desempenho de solo, entretanto, dirigiu e planejou muitos ensaios em parceria com outros atores, diretores, dançarinos, músicos e artistas visuais. Recebeu várias concessões do governo Brasileiro (Centro Cultural do Banco Brasil, Fundo de Apoio à Pesquisa, Departamento de Cultura do Distrito Federal, Ministério da Educação, CNPq Prêmio do Teatro para jovens diretores) em projetos e parcerias com artistas visuais como Sonia Paiva e Nelson Maravalhas,fotógrafa Mila Petrillo,diretora Brígida Miranda e a diretora Leo Sykes com quem criou Hamuleto em 2002. Também atuou com a performer de Butoh e diretora Companhia de Dança TAAN Maura Baiochi, os artistas José Eduardo Garcia de Moraes e Felícia Johansson ea dançarina Eliana Carneiro, em Brasília, onde juntas criaram The National Solo Company of Atypical Dances. Em São Paulo, Reis colaborou com Zé Celso Martinez Corrêa e a Companhia Teatral Uzina Uzona. Na Companhia de Zé Celso, interpretou o fantasma de Ophelia em Hamlet´s Opening Rehearsals, o personagens Barbara Heliodora e Morte em 1993. Simone também atuou com o lendário artista e diretor de filmes de terror brasileiro José do Caixão na peça Misteriosos Gozozos de Zé Celso em 1994.
A Arteviva Produções Artísticas, empresa brasiliense, fundada em 1987, com o objetivo de criar em Brasília uma infra-estrutura eficiente para o encaminhamento de projetos nacional e internacional, com seriedade na organização, dedicação ao trabalho e qualidade dos projetos apresentados. Além da produção cultural se preocupa em desenvolver trabalhos de relevante importância, nas áreas social, educacional e ambiental. Vem realizando trabalhos de teatro, dança, cinema, musica, artes visuais, ecologia ,educação, Mostra e Festivais.
Espetáculo
O Espelho
Era um espelho que lhe dera a madrinha, e que esta herdara da mãe, que o comprara a uma das fidalgas vindas em 1808 com a corte de D. João VI. Não sei o que havia nisso de verdade; era a tradição. O espelho estava naturalmente muito velho; mas via-se-lhe ainda o ouro, comido em parte pelo tempo, uns delfins esculpidos nos ângulos superiores da moldura, uns enfeites de madre pérola e outros caprichos do artista. Tudo velho, mas bom…
Machado de Assis
O Ministério da Cultura apresenta
Banco do Brasil e FAC - Fundo de Apoio à Cultura da Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal, apresentam e patrocinam.
O Espelho
Uma instalação teatral de som e de imagens, proposto pela Arteviva Produções Artísticas, com concepção de Iain Mott e curadoria em conjunto com Simone Reis, que promete ser um marco na aplicação das artes híbridas. O Espelho é uma obra plástica inspirada em texto satírico e filosófico, de mesmo nome, escrito por Machado de Assis.
Sentado, o visitante se depara comum grande espelho que reflete tudo que está na galeria, menos sua própria imagem, aos poucos seu reflexo vai surgindo ao mesmo tempo em que ouve vozes como se fossem seus próprios pensamentos. Repentinamente, seu reflexo é sobreposto com o de algum outro sujeito/personagem, que conversa como se fosse o próprio observador, sugerindo um diálogo interno.
“O espelho é um objeto que usamos para nos ver e para saber como os outros nos vêem. Neste sentido, a voz também pode ser um espelho - algo que ecoa do nosso interior que se revela para o mundo e que, simultaneamente, ouvimos fora de nós como a voz de outra pessoa.”, sugere Iain Mott, artista sonoplasta, curador e idealizador da instalação.
A instalação apresenta gravações em vídeo transmitidas através deste grande espelho, um vídeo-espelho que vai transmitir personagens interpretadas por Simone Reis. Estas ilusões no espelho serão controladas por um sistema computadorizado e em sincronia com equipamentos de luz, exibindo um elaborado jogo de reflexos, imagense sons, dando a ilusão ao expectador de que tudo é bastante real.
Objetos e pinturas, do artista plástico Nelson Maravalhas, distribuídas nas paredes da instalação. Um espaço intimista que representa o quarto do alferes na casa/fazenda da sua tia Marcolina no conto original de Machado de Assis. “O conto e nosso projeto falam muito sobre a existência de duas almas: uma que olha de dentro para fora (alma interior) e outra que olha de fora para dentro (alma exterior). As obras nas paredes do quarto do alferes são, além de ser uma decoração, uma expressão da vida interior do protagonista, suas fantasias e sua alma exterior.” Conta Iain Mott.
Com um roteiro desenvolvido em conjunto por Camilo Pellegrini, Simone Reis e Iain Mott, que traz referências de textos de Valiéri Briússov, Valère Novarina e Charles Bukowiski. Simone vai brincar com caracterizações de tipos e conceitos humanos, mesclando vaidades e esperanças, guiando o observador através de um labirinto de experiências e provocações.
“Com permanência de 15 a 20 minutos, a instalação, o visitante terá a chance espetacular de assistir a vinhetas, luzes sincronizadas e efeitos sonoros especiais, escolhidos de forma aleatória, pelo computador, de forma que cada experiência será única.”, garante Iain Mott.
Objetivo artístico
O Espelho é uma integração de teatro, arte sonora e ilusão. Seu objetivo é o de colocar o espectador em um contexto áudio-visual radicalmente novo. Um contexto, no qual o próprio espectador está inserido a cena teatral. Ele será desafiado a incorporar a expressão e as interações como se fossem seus. Através deste truque de substituição de imagens em seu próprio reflexo, o observador é sugestionado a aceitar ou questionar seu papel na história. Ao ser apresentado a muitas situações diferentes, ele é convidado a repensar sua própria identidade e conceitos.
O texto original
O Espelho recebe este nome de obra homonima de Machado de Assis, cujo foco é a historia de Jacobina, que relata experiências que revelam a existência de duas almas separadas e ao mesmo tempo interdependentes; uma alma interior e uma alma exterior.
Essa revelação ocorre durante uma crise existencial vivida pelo jovem Jacobina: isolado, ele descobriu que seu próprio ser estava em perigo. Abandonado e sozinho, ele sentiu uma inexplicável sensação... sentiu-se como um morto vivo, um sonâmbulo, um boneco mecânico. Sua condição deteriorou-se ainda mais, resultando numa profunda depressão. Um dia, Jacobina examinou-se em um espelho. E, para seu horror, percebeu que seu reflexo tinha se tornado difuso.
Durante o período de solitude, Jacobina nutriu seu bem estar com exercícios físicos, leituras e outras atividades. Entretanto, nada disso conseguiu evitar seu declínio. Ele, eventualmente, decidiu vestir seu antigo uniforme de trabalho. Para sua surpresa e alívio, seu reflexo ganhou integridade novamente.
O texto de Machado de Assis é irônico e aponta o narcisismo da protagonista - a alma interior tornando-se dependente da alma/imagem exterior. E quando a alma exterior desaparece, devido ao desaparecimento de seus admiradores, sua alma interior sofre um golpe mortal. Jacobina resgata seu eu interior por meio de um autoengano, ao voltar a ser, através de um uniforme, um homem admirado e respeitado.
A montagem
A montagem da instalação tem como inspiração o espaço em que a persongem de Machado se encontra, um espaço fechado com apenas uma porta de acesso e na parede, diretamente oposta à entrada, uma penteadeira com um grande espelho.
O espelho será, na realidade, uma placa de vidro através da qual o visitante verá um segundo quarto como se fosse um reflexo do quarto em que se encontra. O espelho parecerá normal até que o visitante passe em frente, neste momento, ele notará que não está refletido.
O visitante quando se sentar em frente ao espelho acionará um sistema computadorizado, programado pelo video artista e sonoplasta Iain Mott, que começará a passar uma sequência em vídeo no espelho. Atrás e acima do espelho uma tela, dirigida para uma segunda placa de vidro, espelhado em angulo de 45 ° em direção ao visitante, aparecerão as personagens interpretadas por Simone Reis.
Esta mixagem entre o reflexo do visitante e da atrizs erá feita automaticamente. O computador irá mixar vídeos pré-gravados de Simone Reis com os do visitante, utilizando uma câmera secreta.
Serviços:
Exposição O Espelho - uma instalação que envolve performance filmada, ilusões visuais refletidas em espelho e projeções acústicas em um espaço que se encontra sob o controle de computadores.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 14 anos.
Brasília
CCBB Brasília- SCES, Trecho 2 – Brasília/DF.
Visitação: De 14 de Julho a 16 de Setembro de 2012.
Dias e horários: Terça a domingo, das 9h às 21h.
Ônibus gratuito. Verifique horários e locais de saída.
Info.: 61 3108 7600
bb.com.br/cultura
twitter.com/ccbb_df
fb.com/ccbb.brasilia
Sobradinho
Galeria de Artes Van Gogh – Qd. 08 AE 05.
Visitação: De 21 de Setembro a 21de Outubro de 2012, das 9h às 19h.
Ceilândia
Foyer do Teatro Newton Rossi – CA SESC Ceilândia, QNN 27 Lote B.
Visitação: De 26 de Outubro a 26 de Novembro de 2012, das 9h às 19h.
Confirma vinhetas da exposição em:
http://reverberant.com/oe/videos_pt.htm
Oficina: Como reunir diferentes linguagens cênicas dentro de um mesmo produto cultural.
Com Iain Mott e Simone Reis.
Locais e datas:
Galeria de Artes Van Gogh- Sobradinho, Qd. 8 Área Especial 05.
09 e 11 de outubro, das 9hàs 13h.
Centro de Atividade SESC - Ceilândia, QNN 27 Lt. B.
30 de outubro e 01 de novembro, das 9h às 13h.
Duração: 8hs.
Vagas: 30, para cada.
Inscrições: gratuitas pelo e-mail:
artevivaproducoes@brturbo.com.br ou
Fernanda Oliveira 8539.5639/8283.2145
Ficha técnica:
Concepção de instalação: Iain Mott.
Diretores artísticos: Iain Mott e Simone Reis.
Roteiro: Simone Reis, Iain Mott e Camilo Pellegrini.
Curadoria: Simone Reis e Iain Mott.
Composição e atuação de performance: Simone Reis.
Direção de cena: Simone Reis, Iain Mott e Camilo Pellegrini.
Composição e sonoplastia: Iain Mott.
Diretor de fotografia e vídeos: Alexandre Rangel.
Programador de sistemas de computador: Iain Mott.
Iluminação e cenografia: Jamile Tormann
Pinturas e objetos: Nelson Maravalhas
Fotografia: Mila Petrillo/Rayssa Coe/W.Hermuche
Coordenação de projeto, produção e direção de produção: Arteviva Produções/Alaôr Rosa.
Produção executiva: Nalva Sysnandes.
Iain Mott
Artista sonoplasta Australiano que cria instalações interativas de mídia computadorizada. Exibiu na Austrália em espaços e em eventos como Festival de Melbourne, Performance Space Art Gallery of NSW e Queensland Art Gallery. Internacionalmente, participou do Arts Electronica Festival na Áustria (1998), Zeppelin Sound Art Festival em Barcelona (2002), Emoção Art.ficial no Itaú Cultural em São Paulo (2002), Art InOutput Festival em Eindhoven, Netherlands (2003), e Dashanzi International ArtFestival (2004) e MAAP (2002) na China. Suas instalações são caracterizadas pelo alto nível de participação do público e técnicas inovadoras de interatividade. Seu interesse atual está em trabalhos cuja participação da audiência perdure. "Summoned Voices" and o recente “Zhong Shuo”(Beijing e Chongqing, 2005), utilizou a voz tanto como um meio de interaçãocomo um meio dos participantes contribuírem para o contexto. Mott foi artista residente de 1999-2000 em CSIRO Mathematical and Information Sciences em Canberra. Em 2005, na Austrália, Chin Council Arts Fellow, foi premiado em terceiro lugar pela UNESCO artes digitais. Nos últimos 12 anos, tem realizado pesquisas e projetos para música computadorizada, novas mídias de arte e desenho fonográfico. Já publicou artigos técnicos sobre novas interfaces musicais, instalações sonoras, escultura de som, colaborações artísticas em intercâmbios culturais. Seu trabalho de pesquisa na CSIRO tem enfatizado a análise de áudio, redes de computador e técnicas de dados. Recentemente, Mott está escrevendo sua dissertação de Doutorado, intitulado “Instalação Sonora: aumentando a participação do ouvinte.” Desde 2007, Iain Mott é um residente permanente no Brasil.
Veja
www.reverberant.com para mais informações e descrição de projetos.
Era um espelho que lhe dera a madrinha, e que esta herdara da mãe, que o comprara a uma das fidalgas vindas em 1808 com a corte de D. João VI. Não sei o que havia nisso de verdade; era a tradição. O espelho estava naturalmente muito velho; mas via-se-lhe ainda o ouro, comido em parte pelo tempo, uns delfins esculpidos nos ângulos superiores da moldura, uns enfeites de madre pérola e outros caprichos do artista. Tudo velho, mas bom…
Machado de Assis
O Ministério da Cultura apresenta
Banco do Brasil e FAC - Fundo de Apoio à Cultura da Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal, apresentam e patrocinam.
O Espelho
Uma instalação teatral de som e de imagens, proposto pela Arteviva Produções Artísticas, com concepção de Iain Mott e curadoria em conjunto com Simone Reis, que promete ser um marco na aplicação das artes híbridas. O Espelho é uma obra plástica inspirada em texto satírico e filosófico, de mesmo nome, escrito por Machado de Assis.
Sentado, o visitante se depara comum grande espelho que reflete tudo que está na galeria, menos sua própria imagem, aos poucos seu reflexo vai surgindo ao mesmo tempo em que ouve vozes como se fossem seus próprios pensamentos. Repentinamente, seu reflexo é sobreposto com o de algum outro sujeito/personagem, que conversa como se fosse o próprio observador, sugerindo um diálogo interno.
“O espelho é um objeto que usamos para nos ver e para saber como os outros nos vêem. Neste sentido, a voz também pode ser um espelho - algo que ecoa do nosso interior que se revela para o mundo e que, simultaneamente, ouvimos fora de nós como a voz de outra pessoa.”, sugere Iain Mott, artista sonoplasta, curador e idealizador da instalação.
A instalação apresenta gravações em vídeo transmitidas através deste grande espelho, um vídeo-espelho que vai transmitir personagens interpretadas por Simone Reis. Estas ilusões no espelho serão controladas por um sistema computadorizado e em sincronia com equipamentos de luz, exibindo um elaborado jogo de reflexos, imagense sons, dando a ilusão ao expectador de que tudo é bastante real.
Objetos e pinturas, do artista plástico Nelson Maravalhas, distribuídas nas paredes da instalação. Um espaço intimista que representa o quarto do alferes na casa/fazenda da sua tia Marcolina no conto original de Machado de Assis. “O conto e nosso projeto falam muito sobre a existência de duas almas: uma que olha de dentro para fora (alma interior) e outra que olha de fora para dentro (alma exterior). As obras nas paredes do quarto do alferes são, além de ser uma decoração, uma expressão da vida interior do protagonista, suas fantasias e sua alma exterior.” Conta Iain Mott.
Com um roteiro desenvolvido em conjunto por Camilo Pellegrini, Simone Reis e Iain Mott, que traz referências de textos de Valiéri Briússov, Valère Novarina e Charles Bukowiski. Simone vai brincar com caracterizações de tipos e conceitos humanos, mesclando vaidades e esperanças, guiando o observador através de um labirinto de experiências e provocações.
“Com permanência de 15 a 20 minutos, a instalação, o visitante terá a chance espetacular de assistir a vinhetas, luzes sincronizadas e efeitos sonoros especiais, escolhidos de forma aleatória, pelo computador, de forma que cada experiência será única.”, garante Iain Mott.
Objetivo artístico
O Espelho é uma integração de teatro, arte sonora e ilusão. Seu objetivo é o de colocar o espectador em um contexto áudio-visual radicalmente novo. Um contexto, no qual o próprio espectador está inserido a cena teatral. Ele será desafiado a incorporar a expressão e as interações como se fossem seus. Através deste truque de substituição de imagens em seu próprio reflexo, o observador é sugestionado a aceitar ou questionar seu papel na história. Ao ser apresentado a muitas situações diferentes, ele é convidado a repensar sua própria identidade e conceitos.
O texto original
O Espelho recebe este nome de obra homonima de Machado de Assis, cujo foco é a historia de Jacobina, que relata experiências que revelam a existência de duas almas separadas e ao mesmo tempo interdependentes; uma alma interior e uma alma exterior.
Essa revelação ocorre durante uma crise existencial vivida pelo jovem Jacobina: isolado, ele descobriu que seu próprio ser estava em perigo. Abandonado e sozinho, ele sentiu uma inexplicável sensação... sentiu-se como um morto vivo, um sonâmbulo, um boneco mecânico. Sua condição deteriorou-se ainda mais, resultando numa profunda depressão. Um dia, Jacobina examinou-se em um espelho. E, para seu horror, percebeu que seu reflexo tinha se tornado difuso.
Durante o período de solitude, Jacobina nutriu seu bem estar com exercícios físicos, leituras e outras atividades. Entretanto, nada disso conseguiu evitar seu declínio. Ele, eventualmente, decidiu vestir seu antigo uniforme de trabalho. Para sua surpresa e alívio, seu reflexo ganhou integridade novamente.
O texto de Machado de Assis é irônico e aponta o narcisismo da protagonista - a alma interior tornando-se dependente da alma/imagem exterior. E quando a alma exterior desaparece, devido ao desaparecimento de seus admiradores, sua alma interior sofre um golpe mortal. Jacobina resgata seu eu interior por meio de um autoengano, ao voltar a ser, através de um uniforme, um homem admirado e respeitado.
A montagem
A montagem da instalação tem como inspiração o espaço em que a persongem de Machado se encontra, um espaço fechado com apenas uma porta de acesso e na parede, diretamente oposta à entrada, uma penteadeira com um grande espelho.
O espelho será, na realidade, uma placa de vidro através da qual o visitante verá um segundo quarto como se fosse um reflexo do quarto em que se encontra. O espelho parecerá normal até que o visitante passe em frente, neste momento, ele notará que não está refletido.
O visitante quando se sentar em frente ao espelho acionará um sistema computadorizado, programado pelo video artista e sonoplasta Iain Mott, que começará a passar uma sequência em vídeo no espelho. Atrás e acima do espelho uma tela, dirigida para uma segunda placa de vidro, espelhado em angulo de 45 ° em direção ao visitante, aparecerão as personagens interpretadas por Simone Reis.
Esta mixagem entre o reflexo do visitante e da atrizs erá feita automaticamente. O computador irá mixar vídeos pré-gravados de Simone Reis com os do visitante, utilizando uma câmera secreta.
Serviços:
Exposição O Espelho - uma instalação que envolve performance filmada, ilusões visuais refletidas em espelho e projeções acústicas em um espaço que se encontra sob o controle de computadores.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 14 anos.
Brasília
CCBB Brasília- SCES, Trecho 2 – Brasília/DF.
Visitação: De 14 de Julho a 16 de Setembro de 2012.
Dias e horários: Terça a domingo, das 9h às 21h.
Ônibus gratuito. Verifique horários e locais de saída.
Info.: 61 3108 7600
bb.com.br/cultura
twitter.com/ccbb_df
fb.com/ccbb.brasilia
Sobradinho
Galeria de Artes Van Gogh – Qd. 08 AE 05.
Visitação: De 21 de Setembro a 21de Outubro de 2012, das 9h às 19h.
Ceilândia
Foyer do Teatro Newton Rossi – CA SESC Ceilândia, QNN 27 Lote B.
Visitação: De 26 de Outubro a 26 de Novembro de 2012, das 9h às 19h.
Confirma vinhetas da exposição em:
http://reverberant.com/oe/videos_pt.htm
Oficina: Como reunir diferentes linguagens cênicas dentro de um mesmo produto cultural.
Com Iain Mott e Simone Reis.
Locais e datas:
Galeria de Artes Van Gogh- Sobradinho, Qd. 8 Área Especial 05.
09 e 11 de outubro, das 9hàs 13h.
Centro de Atividade SESC - Ceilândia, QNN 27 Lt. B.
30 de outubro e 01 de novembro, das 9h às 13h.
Duração: 8hs.
Vagas: 30, para cada.
Inscrições: gratuitas pelo e-mail:
artevivaproducoes@brturbo.com.br ou
Fernanda Oliveira 8539.5639/8283.2145
Ficha técnica:
Concepção de instalação: Iain Mott.
Diretores artísticos: Iain Mott e Simone Reis.
Roteiro: Simone Reis, Iain Mott e Camilo Pellegrini.
Curadoria: Simone Reis e Iain Mott.
Composição e atuação de performance: Simone Reis.
Direção de cena: Simone Reis, Iain Mott e Camilo Pellegrini.
Composição e sonoplastia: Iain Mott.
Diretor de fotografia e vídeos: Alexandre Rangel.
Programador de sistemas de computador: Iain Mott.
Iluminação e cenografia: Jamile Tormann
Pinturas e objetos: Nelson Maravalhas
Fotografia: Mila Petrillo/Rayssa Coe/W.Hermuche
Coordenação de projeto, produção e direção de produção: Arteviva Produções/Alaôr Rosa.
Produção executiva: Nalva Sysnandes.
Iain Mott
Artista sonoplasta Australiano que cria instalações interativas de mídia computadorizada. Exibiu na Austrália em espaços e em eventos como Festival de Melbourne, Performance Space Art Gallery of NSW e Queensland Art Gallery. Internacionalmente, participou do Arts Electronica Festival na Áustria (1998), Zeppelin Sound Art Festival em Barcelona (2002), Emoção Art.ficial no Itaú Cultural em São Paulo (2002), Art InOutput Festival em Eindhoven, Netherlands (2003), e Dashanzi International ArtFestival (2004) e MAAP (2002) na China. Suas instalações são caracterizadas pelo alto nível de participação do público e técnicas inovadoras de interatividade. Seu interesse atual está em trabalhos cuja participação da audiência perdure. "Summoned Voices" and o recente “Zhong Shuo”(Beijing e Chongqing, 2005), utilizou a voz tanto como um meio de interaçãocomo um meio dos participantes contribuírem para o contexto. Mott foi artista residente de 1999-2000 em CSIRO Mathematical and Information Sciences em Canberra. Em 2005, na Austrália, Chin Council Arts Fellow, foi premiado em terceiro lugar pela UNESCO artes digitais. Nos últimos 12 anos, tem realizado pesquisas e projetos para música computadorizada, novas mídias de arte e desenho fonográfico. Já publicou artigos técnicos sobre novas interfaces musicais, instalações sonoras, escultura de som, colaborações artísticas em intercâmbios culturais. Seu trabalho de pesquisa na CSIRO tem enfatizado a análise de áudio, redes de computador e técnicas de dados. Recentemente, Mott está escrevendo sua dissertação de Doutorado, intitulado “Instalação Sonora: aumentando a participação do ouvinte.” Desde 2007, Iain Mott é um residente permanente no Brasil.
Veja
www.reverberant.com para mais informações e descrição de projetos.