CUIDADO COM AS VELHINHAS CARENTES E SOLITÁRIAS
Ficha técnica
Texto: Matei Visniec
Direção: Fernando Philbert
Atriz: Ester Jablonski
Ator: Joelson Medeiros
Cenografia: Natália Lana
Figurino: Marieta Spada
Iluminação: Vilmar Olós
Trilha Musical: Marcelo Alonso Neves
Diretor de Fotografia e Edição de Vídeo: Nando Chagas
Designer: Barbara Lana
Assessoria de Imprensa: Ney Motta
Mídias Sociais: Denise Dambros
Fotos de Divulgação: Vinícius Giffoni
Produção Executiva: Sergio Canízio
Produção: Jablonsky Produções
Serviço
Temporada: 20 de fevereiro a 27 de abril de 2021.
Apresentações: Sábados, segundas e terças, às 21h, e domingos, às 19h.
A peça é assistida pelo Facebook, Instagram ou YouTube - CuidadoComAsVelhinhas
As representações contam com intérprete de Libras.
Não recomendado para menores de 12 anos.
Duração aproximada: 40 minutos.
Ingressos grátis.
Texto: Matei Visniec
Direção: Fernando Philbert
Atriz: Ester Jablonski
Ator: Joelson Medeiros
Cenografia: Natália Lana
Figurino: Marieta Spada
Iluminação: Vilmar Olós
Trilha Musical: Marcelo Alonso Neves
Diretor de Fotografia e Edição de Vídeo: Nando Chagas
Designer: Barbara Lana
Assessoria de Imprensa: Ney Motta
Mídias Sociais: Denise Dambros
Fotos de Divulgação: Vinícius Giffoni
Produção Executiva: Sergio Canízio
Produção: Jablonsky Produções
Serviço
Temporada: 20 de fevereiro a 27 de abril de 2021.
Apresentações: Sábados, segundas e terças, às 21h, e domingos, às 19h.
A peça é assistida pelo Facebook, Instagram ou YouTube - CuidadoComAsVelhinhas
As representações contam com intérprete de Libras.
Não recomendado para menores de 12 anos.
Duração aproximada: 40 minutos.
Ingressos grátis.
Evento
CUIDADO COM AS VELHINHAS CARENTES E SOLITÁRIAS
Peça de teatro cinema idealizada pelo diretor Fernando Philbert, a partir da obra de Matéi Visniec, estreia nacionalmente no dia 20 de fevereiro, com ingressos grátis e transmissão pela internet.
“Vamos acordar e abrir os olhos de verdade para o mundo. E o que veremos nesse dia então? Quem sabe?”
Matéi Visniec
O trecho acima é uma espécie de síntese do cruzamento de quatro peças curtas de Matéi Visniec que, segundo o diretor Fernando Philbert, traçam uma cartografia da alma das pessoas que estão vivendo nos tempos de hoje. O diretor busca com esta peça filmada, nas palavras dele pensada para ser vista através do prisma da lente de uma câmera, para fortalecer a liberdade do teatro no qual acredita, um teatro vivo do aqui e agora. Desde a idealização do projeto Philbert considerou a possibilidade dos teatros ainda estarem fechados no período da realização e com isso filmar a peça em estúdio, uma incursão neste novo invento que é o teatro cinema ou cinema da poética da cena, como ele definiu. Esta escolha se deu pelo acaso, o acaso dos teatros fechados, das plateias sem público. Assim, o diretor agregou a equipe de criação um diretor de fotografia e iniciou a produção das filmagens no estúdio da FlocksTV, uma produtora de conteúdo para a internet.
– Quando penso em um espetáculo que fale do mundo AGORA, desta solidão e desencontro contemporâneos, Matéi Visniec é o autor que primeiro me vem na cabeça. Cuidado com as velhinhas carentes e solitárias é um pequeno tremor de terra que vai nos sacudindo, sacudindo e nos acorda, porque talvez estejamos todos adormecidos e precisamos acordar e olhar que mundo é este que realmente existe e o que realmente estamos fazendo nele e por ele –, comenta o diretor Fernando Philbert.
Para esta encenação Philbert selecionou quatro peças curtas de Matéi Visniec que, segundo ele, a força delas está menos no que acontece e mais no como acontece, no que é dito, nos pensamentos provocados. As peças são encenadas em sequência com um cruzamento entre elas.
A primeira peça, “Pense que você é Deus”, é sobre um franco atirador ensinando seu “trabalho” para um jovem de 17 anos que chega para também se tornar franco atirador em uma guerra civil dentro da própria cidade contra as pessoas que julgam estarem roubando o país. Na segunda peça, “Cuidado com as velhinhas carentes e solitárias”, a ancora de um programa de trinta anos de sucesso, se dirige ao público para lhes ensinar, caso algum dia estejam na merda, a melhor maneira de pedir esmolas. A terceira peça, “Um café longo, um pouco de leite separado e um copo d’água”, é o encontro entre um cliente e uma garçonete em um café após este cliente ter ficado em coma muito tempo e até ela, a garçonete talvez também tenha ficado em coma, um encontro poético de observar a vida e o silêncio. Na quarta peça, “A máquina de pagar contas”, a mesma garçonete, no café vazio completamente, ainda fala e se relaciona com os tantos clientes que ali estiveram ou estão.
– É muito desafiador e estimulante, em todos os aspectos da produção teatral – atuação, criação da cena, imagens, ambiência, figurinos... É um teatro moderno, poético, poderoso, muito simples e complexo ao mesmo tempo, extremamente rico em símbolos e significados. Matéi tem uma obra muito vasta e muito diversa, cada uma de suas peças é única, mas em toda a sua obra a humanidade das personagens, em toda a sua complexidade, se faz presente. E trazer essa humanidade para a cena, parece simples, mas é o desafio –, comenta a atriz Ester Jablonski.
“Cuidado com as velhinhas carentes e solitárias” tem duração aproximada de 40 minutos e é assistida pelo Facebook e YouTube, no período de 20 de fevereiro a 27 de abril. As apresentações serão aos sábados, segundas e terças, às 21h, e aos domingos, às 19h, com ingressos gratuitos e intérprete de Libras.
Matéi Visniec
Nascido na Romênia, Europa Oriental, em 1956, Matéi viveu a ditadura de Ceausescu, teve obras censuradas, conheceu de perto e sofreu um regime de exceção. Em 1987, ao receber um convite da França para uma atividade literária, pleiteou e conseguiu asilo político, e, desde então, é cidadão francês, exercendo a função de jornalista na Radio France Internationale. Recentemente recebeu a Ordem do Mérito Nacional Francês, um reconhecimento da importância de sua obra. Suas peças são hoje editadas, traduzidas e montadas em mais de vinte países. É um autor cuja obra possui forte compromisso político.
“Descobri quando vim morar no Ocidente, que as pessoas podem ser manipuladas mesmo em uma sociedade livre e democrática e que isso pode ser feito em nome da liberdade e da democracia. Descobri que a luta pelo poder pode tornar-se um espetáculo grotesco, que a demagogia tem sutilezas que se pode facilmente confundir com reflexão filosófica; e que, o que é ainda mais grave, a demagogia casa-se muito bem com os poderes das mídias. Descobri que a liberdade pode ter um lado selvagem, que a informação pode matar a comunicação, que nada jamais é definitivamente adquirido e que o ser humano deve lutar sempre por seus direitos, para preservar sua liberdade ameaçada pelos efeitos da liberdade. Acho que o teatro pode e deve falar disso, falar dos múltiplos paradoxos da sociedade industrial, moderna e democrática. A sociedade civilizada, evoluída, não está protegida dos numerosos poderes obscuros que a rondam, que a desumanizam.” (Matéi Visniec)
Peça de teatro cinema idealizada pelo diretor Fernando Philbert, a partir da obra de Matéi Visniec, estreia nacionalmente no dia 20 de fevereiro, com ingressos grátis e transmissão pela internet.
“Vamos acordar e abrir os olhos de verdade para o mundo. E o que veremos nesse dia então? Quem sabe?”
Matéi Visniec
O trecho acima é uma espécie de síntese do cruzamento de quatro peças curtas de Matéi Visniec que, segundo o diretor Fernando Philbert, traçam uma cartografia da alma das pessoas que estão vivendo nos tempos de hoje. O diretor busca com esta peça filmada, nas palavras dele pensada para ser vista através do prisma da lente de uma câmera, para fortalecer a liberdade do teatro no qual acredita, um teatro vivo do aqui e agora. Desde a idealização do projeto Philbert considerou a possibilidade dos teatros ainda estarem fechados no período da realização e com isso filmar a peça em estúdio, uma incursão neste novo invento que é o teatro cinema ou cinema da poética da cena, como ele definiu. Esta escolha se deu pelo acaso, o acaso dos teatros fechados, das plateias sem público. Assim, o diretor agregou a equipe de criação um diretor de fotografia e iniciou a produção das filmagens no estúdio da FlocksTV, uma produtora de conteúdo para a internet.
– Quando penso em um espetáculo que fale do mundo AGORA, desta solidão e desencontro contemporâneos, Matéi Visniec é o autor que primeiro me vem na cabeça. Cuidado com as velhinhas carentes e solitárias é um pequeno tremor de terra que vai nos sacudindo, sacudindo e nos acorda, porque talvez estejamos todos adormecidos e precisamos acordar e olhar que mundo é este que realmente existe e o que realmente estamos fazendo nele e por ele –, comenta o diretor Fernando Philbert.
Para esta encenação Philbert selecionou quatro peças curtas de Matéi Visniec que, segundo ele, a força delas está menos no que acontece e mais no como acontece, no que é dito, nos pensamentos provocados. As peças são encenadas em sequência com um cruzamento entre elas.
A primeira peça, “Pense que você é Deus”, é sobre um franco atirador ensinando seu “trabalho” para um jovem de 17 anos que chega para também se tornar franco atirador em uma guerra civil dentro da própria cidade contra as pessoas que julgam estarem roubando o país. Na segunda peça, “Cuidado com as velhinhas carentes e solitárias”, a ancora de um programa de trinta anos de sucesso, se dirige ao público para lhes ensinar, caso algum dia estejam na merda, a melhor maneira de pedir esmolas. A terceira peça, “Um café longo, um pouco de leite separado e um copo d’água”, é o encontro entre um cliente e uma garçonete em um café após este cliente ter ficado em coma muito tempo e até ela, a garçonete talvez também tenha ficado em coma, um encontro poético de observar a vida e o silêncio. Na quarta peça, “A máquina de pagar contas”, a mesma garçonete, no café vazio completamente, ainda fala e se relaciona com os tantos clientes que ali estiveram ou estão.
– É muito desafiador e estimulante, em todos os aspectos da produção teatral – atuação, criação da cena, imagens, ambiência, figurinos... É um teatro moderno, poético, poderoso, muito simples e complexo ao mesmo tempo, extremamente rico em símbolos e significados. Matéi tem uma obra muito vasta e muito diversa, cada uma de suas peças é única, mas em toda a sua obra a humanidade das personagens, em toda a sua complexidade, se faz presente. E trazer essa humanidade para a cena, parece simples, mas é o desafio –, comenta a atriz Ester Jablonski.
“Cuidado com as velhinhas carentes e solitárias” tem duração aproximada de 40 minutos e é assistida pelo Facebook e YouTube, no período de 20 de fevereiro a 27 de abril. As apresentações serão aos sábados, segundas e terças, às 21h, e aos domingos, às 19h, com ingressos gratuitos e intérprete de Libras.
Matéi Visniec
Nascido na Romênia, Europa Oriental, em 1956, Matéi viveu a ditadura de Ceausescu, teve obras censuradas, conheceu de perto e sofreu um regime de exceção. Em 1987, ao receber um convite da França para uma atividade literária, pleiteou e conseguiu asilo político, e, desde então, é cidadão francês, exercendo a função de jornalista na Radio France Internationale. Recentemente recebeu a Ordem do Mérito Nacional Francês, um reconhecimento da importância de sua obra. Suas peças são hoje editadas, traduzidas e montadas em mais de vinte países. É um autor cuja obra possui forte compromisso político.
“Descobri quando vim morar no Ocidente, que as pessoas podem ser manipuladas mesmo em uma sociedade livre e democrática e que isso pode ser feito em nome da liberdade e da democracia. Descobri que a luta pelo poder pode tornar-se um espetáculo grotesco, que a demagogia tem sutilezas que se pode facilmente confundir com reflexão filosófica; e que, o que é ainda mais grave, a demagogia casa-se muito bem com os poderes das mídias. Descobri que a liberdade pode ter um lado selvagem, que a informação pode matar a comunicação, que nada jamais é definitivamente adquirido e que o ser humano deve lutar sempre por seus direitos, para preservar sua liberdade ameaçada pelos efeitos da liberdade. Acho que o teatro pode e deve falar disso, falar dos múltiplos paradoxos da sociedade industrial, moderna e democrática. A sociedade civilizada, evoluída, não está protegida dos numerosos poderes obscuros que a rondam, que a desumanizam.” (Matéi Visniec)