Dia de Zumbi
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O formato de bateria musical permite uma grande mobilidade e o trabalho se torna uma encruzilhada onde as referências chegam, saem e se transformam, gerando novas possibilidades criativas.
Nascido no dia 20 novembro de 2011 [dia nacional da consciência negra] o Bailijesá é um espetáculo elaborado pelo grupo onde as alfaias do maracatu dão lugar aos tambores de mão, o Yorubá se soma ao português e, em conjunto com a dança, transformam a riqueza da nossa matriz afro-brasileira em encantamento e asé, compondo, como o nome indica, um baile plural que alegra e envolve o público no ritmo do ijesá. O show revela no palco essa pesquisa rítmica, de matriz africana, tocado nos terreiros de candomblé e marcado pela forte presença dos instrumentos de percussão como atabaques, agogôs, xequerês e gongue. Na versão das ruas, dos palcos, fora do âmbito religioso, o ritmo ganha o nome de Afoxé e tem músicas criadas por diversos grupos regionais, assim como por grandes mestres da MPB como Paulo César Pinheiro, Gilberto Gil e Caetano Veloso conhecidos por divulgar nacionalmente composições para o ritmo do ijesá.
O Bailijesá, especialmente elaborado para o evento Dia de Zumbi, é um show da fase de maturidade e autoria dos membros da banda, resultante dos três anos de investigação quando mais de 40 ijesás já fazem parte do repertório pesquisado e influenciam as composições próprias. São letras e músicas criadas por jovens compositores, revelando a emoção do encontro com o sagrado presente na base do ijesá e que traduzem o quanto de atual e contemporâneo há para se explorar, utilizar e difundir dos ritmos afro-brasileiros.
O vocal se divide em quatro vozes, duas femininas, Lina Miguel e Nana Orlandi, e duas masculinas, Miguel Jorge e Tyaro Maia, que também atuam na percussão leve, agogôs e xequerês. Nos atabaques Fabio Maciel, Pedro Amparo e Leon Miguel, na alfaia Pedro Rondon e no gongue Thiago de Dedeus completam o naipe de instrumentos. Na dança Laís Salgueiro e Sofia Feijó interpretam com movimentos a força expressiva do ijesá.
Maracutaia
Bloco, show e baile, o Grupo Maracutaia, com seus oito anos de existência, já faz parte da história afetiva, carnavalesca e musical do Rio de Janeiro. De pés fincados na terra e com a cabeça no mundo, esse coletivo de música e dança vive a interação do urbano com a cultura popular, num constante desafio de criação e re-criação. Profundamente inspirado nas raízes da cultura popular e afrodescendentes, articula tradição e contexto contemporâneo, de forma viva e atual.
Sua trajetória se inicia no interesse pelo maracatu de baque virado e hoje, além do Bloco de Maracatu - em seu sétimo desfile [2014] - funciona como um coletivo artístico multifacetado, com referências diversas para o desenvolvimento de seus projetos. Abarcando pesquisa e prática de música e dança, os participantes do grupo funcionam como um corpo que, num diálogo constante, cria em suas apresentações uma experiência única de força e beleza nas ruas, no palco e com o público.
Dia de Zumbi
A CAIXA Cultural Brasília apresenta programação cultural, em celebração ao dia Nacional da Consciência Negra, com a realização do evento, proposto pelo coletivo carioca Etnohaus:
Dia de Zumbi
Projeto que traz ao centro da Capital Federal, entre os dias 4 e 7 de setembro de 2014, shows musicais, instalação multimídia, intervenção performática e oficina de percussão e dança. Ações culturais, com referências de matriz afro na arte contemporânea, instigando o pensamento a partir do questionamento reflexivo: “O que é (ter) consciência negra?”.
No Teatro e no Jardim das Esculturas da CAIXA Cultural, o Dia de Zumbi irá reunir shows das bandas Feijão Coletivo, Maracutaia, dos cantores Lucio Sanfilippo e André Sampaio & Os Afromandingas; Instalação multimídia, com fotos do projeto Rio-Luanda, idealizada pelo fotógrafo Ricardo Beliel; Intervenção performática O Sagrado que há em mim, de Fabíola Oliveira; e Oficina de percussão e de dança Ijexá, ministrada pelo grupo Maracutaia. Tardes e noites de atividades culturais, que serão registras em documentário com imagens de registro e depoimentos em resposta à pergunta “O que é (ter) consciência negra?”.
Da mistura, miscigenação e do encontro entre as matrizes culturais africanas, que há no Brasil, “cada qual enriquecida de suas tradições, crenças, valores, costumes e saberes, emergem as matrizes afrodescendentes”, segundo o historiador Alexandre Garnizé, diretor artístico do projeto. Dessas matrizes, estão quatro fatores fundamentais, que ganham destaque na proposta do evento:
1. Aproximação, interação e junção entre as diferentes matrizes africanas trazidas ao Brasil;
2. A miscigenação com matrizes europeias e ameríndias;
3. Uma releitura e atualização cultural, que caracterizam a cultura brasileira; e
4. As influências de toda essa conjuntura nas artes e na construção da identidade brasileira.
Com a finalidade de ampliar o poder reflexivo destes fatores, “selecionamos projetos de diferentes áreas, apresentando um cenário cultural, tendo como critério a relevância e a originalidade apresentadas em iniciativas que quebram as barreiras dos pré-conceitos, indo em direção a caminhos ainda não explorados”, comenta Alexandre. Um encontro de atividades pensadas por movimentos, propondo expor seus valores e também instigar o pensamento sobre “O que é ter consciência negra?”. Ainda, sobretudo, “garantir o direito que cada brasileiro tem de conhecer e de ter acesso às informações sobre nossas matrizes afro e, então, refletir e chegar às suas próprias conclusões”, diz Sandra Oliveira, uma das idealizadoras do projeto.
O Dia de Zumbi, está entre as várias atividades que homenageiam, em todo o Brasil, o herói da resistência negra para o fim da escravidão Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, morto no dia 20 de novembro de 1865. Data instituída como Dia Nacional de Zumbi de da Consciência Negra.
SERVIÇO:
Shows:
Local: Teatro da CAIXA
(SBS Qd. 4 Lote 3/4, Ed. Anexo à Matriz da CAIXA)
Brasília-DF
Quinta-feira, 4 de setembro de 2014, às 20h.
André Sampaio & Os Afromandinga, com participação especial de Nãnan Matos
Sexta-feira, 5 de setembro de 2014, às 20h.
Lucio Sanfilippo
Sábado, 6 de setembro de 2014, às 20h.
Feijão Coletivo
Domingo, 7 de setembro de 2014, às 19h.
Maracutaia
Duração: 90 minutos, cada show.
Classificação indicativa: 12 anos.
Ingressos: R$ 20 (inteira). Vendas a partir do dia 30 de agosto, somente na bilheteria do Teatro, de terça a sexta-feira e domingo, das 13h às 21h; sábado, das 9h à 21h. Bilheteria: 3206-6456.
Lotação: 406 lugares.
Informações: 61 3206.9448 ou 9449
Projeção multimídia: “Rio-Luanda”
De 4 a 7 de setembro de 2014, das 18h30 às 21h30.
Performance: “O sagrado que há em mim”
Domingo, 7 de setembro de 2014, 18h30.
Oficina: “Percussão e Dança Ijexá”
Dias 6 e 7 de setembro de 2014, das 14h30 às 17h30.
“Registro documental”
De 4 a 7 de setembro de 2014, das 18h30 às 21h30.
Local: Jardim das Esculturas
(SBS Qd. 4 Lote 3/4, Ed. Anexo à Matriz da CAIXA)
Brasília-DF
OFICINA DE PERCUSSÃO E DANÇA
O Maracutaia, grupo de pesquisa de ritmos populares carioca, oferece oficina gratuita de percussão e dança, atendendo ao público com nenhuma ou pouca experiência musical. Do rico universo rítmico da cultura popular brasileira, a oficina irá destacar o Ijexá, ritmo de matriz africana tocado nos terreiros de candomblé e marcado pela forte presença dos instrumentos de percussão como atabaques, agogôs, xequerês e gongue. Na versão das ruas, dos palcos, fora do âmbito religioso, o ritmo ganha o nome de Afoxé e tem músicas criadas por diversos grupos regionais, assim como por grandes mestres da MPB como Paulo César Pinheiro, Gilberto Gil e Caetano Veloso conhecidos por divulgar nacionalmente composições para o ritmo do ijexá. De forma lúdica, as dinâmicas da oficina envolvem a descoberta de novas relações com o espaço e com o próprio corpo, a partir da interação entre os percussionistas e os dançantes. Além disso, a intenção é que sejam construídos coletivamente momentos rituais que dialoguem dança, toques e cantos.
Local: Jardim das Esculturas da CAIXA Cultural Brasília
Período: Dias 6 e 7 de setembro de 2014.
Período: das 14h30 às 17h30.
Quantidade de vagas: 30
Período de inscrição: de 20 a 28 de agosto de 2014.
Público alvo: Iniciante em percussão ou dança, ou já praticante, maiores de 15 anos.
Valor: Gratuito, mediante doação de 1 kg de alimento não perecível;
Oficineiros: Membros do Grupo Maracutaia
Projeção multimídia: “Rio-Luanda”
De 4 a 7 de setembro, das 18h30 às 21h30.
As fotos do projeto Rio-Luanda, um registro que mistura as duas cidades irmãs, do fotógrafo Ricardo Beliel, serão expostas por meio de uma instalação que usa a tecnologia da projeção mapeada. O artista visual VJ Notívago será o responsável pela montagem, utilizando uma base única flutuante, onde as fotos são exibidas em seqüência, remixadas em congruência com a trilha sonora.
Ricardo Beliel - Jornalista desde 76, fotografou para grandes jornais (O Globo, JB, Estadão) e revistas (Manchete, Placar, Veja, Isto É). Foi editor fotográfico da revista Manchete e subeditor jornal Lance. Fotografou na América Latina e África para agência francesa GLMR e Saga Associés. É freelancer de revistas e jornais pelo mundo. Já realizou 61 exposições em cidades europeias, na América Latina e no Brasil (CCBB, CCJF, MASP etc).
VJ Notívago - Formado em Publicidade iniciou sua trajetória audiovisual com o tratamento bruto de tecnologias analógicas. Atua em atividades de VJ como artista de performance visual em tempo real de festas, shows e espetáculos, além de ser percussionista, produtor cultural e videomaker.
Performance: “O sagrado que há em mim”
Domingo, 7 de setembro de 2014, 18h30.
A história O Sagrado que há em mim trás em sua essência o relato da manifestação do encantamento dos contos e mitos dos Orixás em nossa vida cotidiana. O entendimento da fé enquanto fenômeno sensível e humano através de nossas atitudes diárias, do nosso modo de ver e viver a vida. Faz uma ponte entre os arquétipos das Yabás (orixás femininas) e as nossas personalidades, mostrando que a mitologia africana tem muito a nos oferecer nos que diz respeito à nossa compreensão do que é ser-estar-permanecer-ficar-sentir a humanidade nas suas mais diversas nuances culturais.
Na performance, enquanto um ogã marca com o atabaque o toque da dança das personagens ‘vivos’, bailarinas que encarnam três Yabás – Oyá, Yemanjá e Nanã, a contação de história dramatizada por Fabíola Oliveira procura aguçar no ouvinte/espectador a identificação da importância de histórias de matriz africana para a percepção da nossa cultura tão brasileira.
Fabíola Oliveira é pedagoga, com experiência em arte-educação, idealizadora da grife Colares D'Odarah onde utiliza a linguagem do design para articular os aspectos educativos e culturais africanos com a moda, pesquisando há 10 anos os arquétipos da Yabás (orixás femininas) para desenvolver adereços e figurinos.
André Sampaio & Os Afromandinga
Com alguns dos fraseados de guitarra mais marcantes da música brasileira atual, André Sampaio consolida 14 anos de carreira com o lançamento de seu primeiro disco solo, “Desaguou”, acompanhado pelos AfroMandinga. Conhecido do grande público como guitarrista solo e compositor da banda de reggae Ponto de Equilíbrio, André se tornou um instrumentista ímpar. Suas influências claramente blues-jazzísticas se fundiram à guitarra mandinga (Mali, Africa Ocidental), somando a elas suas experiências e pesquisas em viagens pelo Brasil, Europa e África, tocando com grandes nomes da música nacional e internacional.
No álbum “Desaguou”, André Sampaio & Os AfroMandinga apresentam um encontro entre Rio de Janeiro, Mali, Burkina Faso, Lisboa, Moçambique e Olinda, com participações nacionais e internacionais. São grandes nomes da música mundial que contribuem, de forma maestral, para a construção desta ponte a qual André se dedica: unir tradição e modernidade, africanidades e brasilidades através do som.
As apresentações do grupo são marcadas por música de qualidade e muita energia positiva trocada com o público. Sempre em shows dançantes e de grooves hipnóticos que contagiam a cantar e entrar em sintonia total com a banda, quem vai a uma apresentação de André Sampaio & Os Afromandinga sai dela transformado. Como ele mesmo diz: “Solta a mandinga aee!!!”
Nãnan Matos
Nascida em Brasília, a cantora e percussionista Nãnan Matos carrega o pulsar criativo da diversidade cultural afro-brasileira e traz para o seu repertório fundamentos adquiridos na sua pesquisa sobre a cultura do Oeste Africano, além da música popular regional brasileira, o afro-beat e o funk, principais estilos musicais pesquisados pela artista.
A artista trabalha intensamente para fortalecer a ponte África-Brasil. Foi contemplada no edital de Intercâmbio Cultural e ganhou, em 2012, o prêmio para Agentes Jovens de Cultura (MinC) e conquistou o prêmio de melhor intérprete no Festival de Música da Universidade de Brasília FINCA/FLAAC, na categoria AfroCandangoLatinoBrasileiro, e em 2013, venceu na categoria de júri popular, o prêmio Tom Jobim de Música Brasileira, realizado pelo SESC-DF.
Com a potencialidade de sua criação, multiplica o seu conhecimento por meio de oficinas e atividades culturais mantendo viva a sua ancestralidade. Reverbere...
Lucio Sanfilippo
Com quase 20 anos de carreira, o cantor e compositor Lucio Sanfilippo é um artista dos mais comprometidos com a cultura popular brasileira. O repertório de ritmos variados - samba, jongo, maracatu, ciranda, coco etc -, registrado em dois discos solos, é acompanhado de danças típicas e interpretado pela voz tenor apurada por técnicas de canto lírico.
Em shows que variam de 50 minutos a uma hora e meia, Lucio se apresenta com uma formação tipicamente regional, composta por violão, flauta e cavaquinho, além de percussões específicas para cada um dos ritmos.
No show A Flor do Velho Engenho, a base é o repertório gravado nos discos Canções de Amor ao Leo e A Flor do Velho Engenho. Discos formados principalmente por músicas inéditas de Lucio e outros compositores, a riqueza dos ritmos brasileiros se une a melodias caprichadas e arranjos delicados. Em Sambanfitrião, o samba em suas variadas vertentes, como o partido alto e o samba de roda, é o carro-chefe da apresentação e dialoga com ritmos do Norte e do Nordeste que costumam fazer o público cantar e dançar.
Compositores como Noel Rosa, Cartola, Monarco, Candeia, Wilson Moreira, Délcio Carvalho e Dona Ivone Lara também têm um show específico, num repertório formado por clássicos e também por músicas pouco exploradas.
Feijão Coletivo
O groove uniu e formou o grupo em torno de um show especial , produzido para comemorar o lançamento de um EP contendo músicas de diversas bandas – ‘A Irmandade’, ‘Partido Leve’ e ‘A Geral’. Isso foi em 2011 e, o que era para ser uma única apresentação de parceiros e amigos durante o Festival Santa Música, em Santa Teresa, virou um grande Coletivo. Desde então, o que interessa aqui é a ampla variedade da música negra.
Ao longo de 2012, já executando um caldeirão de referências, notadamente versões de alguns mestres, como Fela Kuti, Tim Maia e Tom Zé, o trabalho desagua em um repertório autoral reunindo uma nova safra de compositores cariocas que flertam com as bandas que formaram o Feijão Coletivo.
“Professor”, “Audaz” e “UPP Cidadão” são bons exemplos da pesquisa e diversidade musical, onde o Afoxé, o Afrobeat e o Samba são explorados.
É esse ambiente rítmico, em conjunção com as letras, que escancara os desejos e olhares desses novos “malandros”. Nem todos cariocas, mas que compartilha do Rio de Janeiro como pano de fundo, reformulam o lugar do homem contemporâneo procurando agora dialogar, discutir e aprender, seja no amor ou nas relações com a cidade e com o mundo.