6ª Ed. do Latinidades
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Evento
De 19 a 27 de julho de 2013, os Complexos Culturais da Funarte e da República, em Brasília, recebem a 6ª Ed. do Latinidades (Festival da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha).
Um Festival todo dedicado à cultura negra
Festival cultural e formativo prestigia a cultura afro com a realização de ampla programação artística com shows, oficinas, exposições e lançamentos literários. Promove, ainda, capacitação, empreendedorismo e propõe discutir políticas públicas para mulheres negras, por meio de painéis, debates e mesas redondas, os temas abordados nesta edição de 2013 giram em torno da Arte e Cultura Negra – Memória Afrodescendente e Políticas Públicas.
Artistas do DF, de alguns Estados brasileiros e outros vindos da Colômbia, Cuba, Estados Unidos e Nigéria irão se apresentar no Teatro Plínio Marcos e nas Salas Cássia Eller e na de Dança da Funarte, e também na Praça e na Biblioteca Nacional de Brasília do Complexo Cultural da República ao longo dos nove dias de Festival. A programação cultural traz Oficinas de fabricação de instrumentos, de penteados e de toques e danças afro; Recitais poético e musical; Lançamentos literários; Rodas de capoeira e de break dance; Desfile de moda; Exposição; e Shows musicais.
As atividades culturais começam no Teatro Plínio Marcos do Complexo Cultural da Funarte, de 19 a 21, em parceria com o Festival São Batuque, da produtora Rosa dos Ventos, por meio do edital de Ocupação Funarte 2013. Para a abertura no dia 19, sexta-feira, show da baiana Mariene de Castro com o lançamento dos CD e DVD “Ser de Luz”, em homenagem à cantora Clara Nunes. A programação, que segue até domingo na Funarte, traz ainda oficinas de fabricação de instrumento, danças e penteados afro e show do grupo paulista Ilú Obá Min, dentre outras atrações.
De 22 a 27 o projeto acontece no Complexo Cultural da República com debates, palestras, mesas redondas, lançamento literário, rodas de capoeira e de break dance. No dia 26, sexta, na área externa do Museu da República e de graça, uma noite com shows das cubanas Las Krudas, de Karol Conka+Nave, de Curitiba, e a oportunidade de curtir o som do grupo Playing for Change – Songs Around the World, criado pelo americano Mark Johnson que viajou o mundo gravando centenas de músicos e artistas cantando e tocando músicas mundiais clássicas. A programação cultural do Festival se encerra no dia 27, sábado, com esporte, desfiles de moda, ao som da Banda Funakeando tocado ao vivo, e show da MC Sofia, rapper paulista de 9 anos de idade, que cantará poemas em forma de rap.
Painéis, debates, mesas redondas e palestras
Com a participação de representantes de diversos Estados brasileiros e com participação internacional, o Latinidades promove diálogos entre o poder público, organizações não governamentais, movimentos sociais e culturais, universidades e coletivos. Constituindo, assim, um espaço para convergir iniciativas, tanto da Sociedade Civil como do Governo, relacionadas, especialmente, ao enfrentamento do racismo, do sexismo e em prol da promoção da igualdade.
Em 2013, o Festival vai levantar temas sobre a memória e a cultura afrodescendentes no fazer contemporâneo e a urgência de se efetivarem políticas públicas para a cultura negra, discutindo assuntos atuais aliados à herança africana incorporada pelo povo latino, expressa em linguagens culturais, demandas sociais e em diferentes áreas de atuação no mercado. Dando visibilidade e espaço à cultura afro-latina e suas manifestações, considerando, sobretudo, o gênero feminino.
Os painéis serão gravados para edição impressa com as degravações dos debates, a exemplo das duas edições anteriores, que será publicado após a realização do Festival. O site do Festival - www.afrolatinas.com.br - será atualizado em tempo real, durante as mesas e debates, servindo como fonte de notícias para consulta e estudo sobre à situação da mulher afro-latina na atualidade.
“Escolhemos Arte e Cultura Negra – Memória Afrodescendente e Políticas Públicas como tema central desta 6ª Ed. a partir do entendimento de que a sociedade e o Estado brasileiros, bem como no Caribe e em outros países da América Latina, têm uma grande dívida histórica no que diz respeito a valorização da cultura negra e suas manifestações artístico-culturais”, explica Jaqueline Fernandes, coordenadora do Festival e complementa “Trazemos para a programação shows e atividades artísticas, por considerarmos a cultura e a arte campos ideais para discutir e trabalhar questões relacionadas ao machismo e ao sexismo de forma a atingir melhores resultados”.
A homenageada de 2013 - Conceição Evaristo: Mineira, nasceu numa favela da zona sul de BH. Até concluir o segundo grau em 1971, teve que conciliar seus estudos com o trabalho como empregada doméstica. Mudou-se para o Rio de Janeiro onde foi professora da rede pública e estudou Letras na UFRJ, fez Mestrado na PUC/Rio e é Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense. Estreou na literatura em 1990, com obras publicadas na série Cadernos Negros, publicada pelo Grupo Quilombhoje. Suas obras, em especial o romance Ponciá Vicêncio, de 2003, abordam temas como a discriminação racial, de gênero e de classe.
PROGAMAÇÃO
De 19 a 21 de julho de 2013 no Complexo Cultural da Funarte
Em uma parceria inédita, dois grandes eventos se unem e proporcionam, de 19 a 21 de julho, um final de semana repleto de eventos – São Batuque e Latinidades, com atividades formativas e discussões sobre temas cada vez mais atuais em nossa sociedade, desenvolvendo ações de capacitação, empreendedorismo, cultura e comunicação, além de uma ampla programação artística com shows, exposições, lançamentos literários, trazendo para a Ocupação Funarte 2013.
19/7, sexta-feira de 2013
21h Mariene de Castro – lançamento do DVD Ser de Luz
Local: Teatro Plínio Marcos (Funarte)
20/07/2013, sábado
14h Oficina: Fabricação de Caxixi, com Projeto Tem Dendê
15h30 Oficina: Toques de Angola (atabaque e agogô), com Ogã Rubinho
Local: Sala Cássia Eller (Funarte)
15h Oficina: de Penteados Afro, com Emília Murraín Valencia (Colômbia)
16h Vivência: Raça, Identidade e Auto-estima e seleção de modelos negr@s para desfiles Latinidades 2013
Local: Sala de Dança (Funarte)
18h30 Lançamento Literário: Rutas de Tropas, de Emília Murraín (Colômbia)
21h Show Ilú Obá de Min (SP)
Local: Teatro Plínio Marcos (Funarte)
21/07/2013, domingo
15h Oficina de Danças Afro-brasileiras
16h Oficina de danças africanas
Local: Sala de Dança (Funarte)
18h30 Lançamento Literário: Águas da Cabaça, de Elizandra Souza
20h Espetáculo Latino América:
Recital Teatral, com Cristiane Sobral, & Indianna Nomma canta Mercedez Sosa
Local: Teatro Plínio Marcos (Funarte)
De 22 a 27 de julho de 2013 no Complexo Cultural da República
22/7, segunda-feira
10h Mesa de abertura: Politicas públicas para a cultura negra
14h Cultura, Empreendedorismo e Economia Criativa
Local: Auditório 02 do Museu Nacional
23/7, terça-feira
14h O poder feminino nas matrizes africanas
Local: Auditório 02 do Museu Nacional
24/7, quarta-feira
9h às 12h Oficina Tranças do Verbo - Uma história da palavra afro-brasileira, com Allan da Rosa – Confirmado, falta enviar convite e dados de passagem.
14h Literatura Negra – nossas letras e vozes
18h Lançamento Literário: "A calimba e a flauta- versos úmidos e tesos', Allan da rosa e Priscila Preta. Recital encenado e acompanhado por violino, flauta, balafon, urucungo, berimbau, tocados por Giovani di Ganzá (Quinteto Abanã)
Local: Auditório 02 do Museu Nacional
25/7, quinta-feira
9h Mulheres em situação de prisão
14h A mulher na capoeira
16h Mulheres Negras contam sua história
Local: Auditório 02 do Museu Nacional
19h Roda de Capoeira
Local: Em frente ao Museu Nacional
26/7, sexta-feira
10h Quilombo das Américas
14h Moda Afro e empreendedorismo
Local: Auditório 02 do Museu Nacional
18h Roda de break
21h Las Krudas (Cuba)
22h Karol Conka+Nave (Curitiba)
23h Playing for Change (EUA)
0h Jam do Museu (DF)
Local: Área Externa do Museu Nacional
27/7, sábado
10h Basquete de Rua com CUFA/DF
10h Skate com CUFA/DF
14h Vivência em Capoeira Angola para crianças, com Projeto Tem Dendê
19h Desfile infantil com Santinha Afro Fashion (DF)
19h20 Show infantil MC Sofia (SP)
20h Desfile GeoD, by Samantha-J (Nigéria/Inglaterra)
Banda Funkeando ao vivo durante os desfiles (DF)
21h DJ Chokolaty (DF)
23h Dj Donna (DF)
1h Black Alien (RJ)
Local: Área externa do Museu Nacional
Para palestras, debates, oficinas e debates, os interessados precisam se inscrever através do www.afrolatinas.com.br
A programação do Festival tem classificação indicativa livre para todos os públicos e é gratuita, exceto o show de Mariene de Castro, dia 19/07, que tem bilheteria a R$ 20,00 a inteira. Ingressos disponíveis para venda a partir das 16h, no dia do show, na bilheteria do Teatro.
Os ingressos, para as atrações gratuitas, começam a ser distribuídos duas horas antes, no dia de cada apresentação.
Arte e Cultura Negra – memória afrodescendente e políticas públicas
Ativista e filósofa, Sueli Carneiro, afirmou que tudo o que existe de mais popular e erudito no Brasil diz respeito à cultura negra, levantando questões, que servirão como ganchos para debates, como, De que forma está tratada esta cultura em termos de políticas públicas? Como propor e garantir que os saberes orais e ancestrais sejam considerados nos editais, chamadas públicas e outras linhas de fomento e incentivo? Como garantir que as manifestações negras sejam vistas além da folclorização e do exotismo? Que pesquisas temos, com indicadores relacionados à economia da cultura afro-brasileira e afro-latina? Como esta cadeia promove, formaliza e agrega gestores culturais e artistas negros? Qual a melhor forma de inseri-los no mercado e tirá-los da informalidade? Quais programas e projetos preveem capacitação nas áreas relacionadas à cadeia produtiva da cultura? Que linhas de crédito há para empreendedoras e empreendedores negros que trabalham com cultura negra?
A Lei nº 10.639/2003 exige que escolas brasileiras de ensino fundamental e médio incluíssem no currículo a história e cultura afro-brasileira. Diante desta lei, o projeto propõe, diálogo entre cultura e educação, por meio de debates, oficinas, rodas de conversa e apresentações artísticas.
Mulheres negras ainda não ocupam proporcionalmente os espaços de representação política, tem pouco acesso às políticas públicas, informação e tecnologias e estão vulneráveis a violência e abusos. Neste sentido a organização está comprometida com as diretrizes do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres no que se refere aos eixos abaixo:
Capítulo 2: Educação inclusiva, não-sexista, não-racista, não-homofóbica e não-lesbofóbica;
Capítulo 3: Saúde das mulheres, direitos sexuais e direitos reprodutivos;
Capítulo 5: Participação das mulheres nos espaços de poder e decisão;
Capítulo 7: Direito a terra, moradia digna e infra-estrutura social nos meios rural e urbano, considerando as comunidades tradicionais;
Capítulo 8: Cultura, Comunicação e Mídia igualitárias, democráticas e não discriminatórias;
Capítulo 9: Enfrentamento do racismo, sexismo e lesbofobia; e
Capítulo 10: Enfrentamento das desigualdades geracionais que atingem as mulheres, com especial atenção às jovens.
Histórico
O projeto foi criado em 2008 para dar visibilidade ao dia 25 de julho, que tem ganhado força como uma espécie de 8 de marco da mulher negra. Tendo se tornado o maior festival de mulheres negras do Brasil, Latinidades cumpre um papel de grande importância para a visibilização da data e dos temas relacionados à pauta de gênero e raça.
Anualmente, o projeto aborda temáticas que se desdobram em oficinas e mesas de debate com especialistas de todo o país, bem como convidadas e convidados de outros paíes. O resultado das experiências e falas dessas e desses especialistas resulta em uma publicação-referência, produzida em parceria com o Ipea.
Latinidades agrega, desde sua primeira edição, além dos debates, oficinas, rodas de conversa, shows musicais, intervenções poéticas e teatrais, literatura, moda, culinária, feira de afro-negócios, artes plásticas e cinema.
Em 2008 ocorreu a primeira edição, na Casa Roxa, sede da Associação Lésbica Feminista Corturno de Vênus, na Região Administrativa do Guará, Distrito Federal. Em 2009 foi realizado evento, sob o tema Mulheres Negras na Comunicação, no Sindicato dos Urbanitários do Brasil e na Praça Zumbi dos Palmares. Em 2010, em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea, foi realizado, na Esplanada dos Ministérios, no formato de três dias de seminários e um de apresentações artísticas, sob o tema Censo, o qual deu origem à publicação Latinidades – Censo e Políticas públicas para as Mulheres Negras. A programação agregou desfile de moda baseado nas vestimentas de santo, feira de afro-negócios, seminários e debates. O tema do festival no ano de 2011 foi Mulheres Negras no Mercado de Trabalho e também esteve inserido no contexto da programação da II Conferência do Desenvolvimento – CODE, promovida pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada – Ipea. Em 2012, o tema foi Juventude Negra e reuniu, ao longo de uma semana, 50 mil pessoas que conferiram e participaram de dez shows, três performances teatrais, cinco lançamentos literários, Feira Preta (com 20 stands de cinco estados brasileiros), além de painéis de debates e discussões que geraram uma publicação sobre o mesmo tema.