Evento
A CAIXA Cultural Brasília apresenta dias 5, 6 e 7 de junho de 2015:
MAFARO
O Showfilme de André Abujamra:
Músico, multi-instrumentista, cantor, ator, André Abujamra criou show com um pouco de tudo isso. No palco, acompanhado de Du Moreira, no baixo, e de Val Oliveira, na bateria, ele apresenta uma música mundial, interage com projeções, pensadas e dirigidas em parceria com o VJ Scan. Algumas participações virtuais, como as de Zeca Baleiro, Paula Pretta e Luís Caldas, e de outros grandes músicos e artistas nacionais e internacionais, também fazem parte do espetáculo.
Entre instrumentos e equipamentos, André presenteia o público com um espetáculo musical que traz todas as faixas do disco, de mesmo nome lançado em 2010, e tem duração de exatos 57 minutos e 37 segundos. Cada música transporta o ouvinte para mundos díspares como o nordeste brasileiro e o leste europeu, a Jamaica e o Oriente Médio, a Rússia e países da África. O resultado dessa mistura, mostrado ao vivo no palco, tem todo o repertório de sua autoria, como, por exemplo: Mafaro, Lexotan e Logun Edé chau.
Mafaro – que significa “alegria” na língua do Zimbabuê – é o resultado de uma série de viagens que cruzou do leste europeu ao Maranhão. O álbum, lançado em disco em 2010, foi gravado em mais de 12 estúdios diferentes, além de conter sons captados em gravadores portáteis. O show também já viajou o mundo, com shows apresentados em diversos países da Europa, Américas, África e Ásia.
Sobre André Abujamra: O paulistano de quase 49 anos e mais de 30 anos de carreira é conhecido pela sua capacidade de se reinventar e montar e desmontar bandas. Sempre esteve em contato com diversos aspectos de cultura brasileira e de outros países e aprendeu a tocar vários instrumentos. Fez sucesso internacional com seus primeiros trabalhos e, nos anos 80 criou, ao lado de Maurício Pereira, o grupo “Os Mulheres Negras”. Na década de 90 foi a vez da “Banda Karnak”, formada por 13 músicos, duas baterias e um cachorro. Atualmente, mantém carreira solo, ao mesmo tempo em que faz shows com “Os Mulheres Negras”, desde 2012. Outra paixão de André é o cinema. O artista já produziu inúmeras trilhas sonoras e também pensa em lançar seu próprio longa-metragem.
Sobre André´ Abujamra e VJ Scan: Amigos de longa data, Andre´ Abujamra e VJ Scan ja´ realizaram juntos os shows “Infinito de Pe´” e “Retransformafrikando”. Porém, em 2010, o multi artista Abu convidou Scan para uma parceria ao elaborar seu novo trabalho “Mafaro”. O desafio lançado por Andre´, foi fazerem um show totalmente sincronizado com multi-telas de projeção. O show e´ como um filme, em uma narrativa de mundos imaginários sem localização geográfica ou identidade definidas.
Mafaro, de André Abujanra
CAIXA Cultural Brasília, Teatro da CAIXA
SBS Quadra 4 - Edifício anexo à Matriz da Caixa
Brasília-DF
Dias 5, 6 e 7 de junho de 2015.
Sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 19h.
Ingressos: R$ 20,00 e 10,00 (meia).
Classificação: 12 anos
Informações: 32069448
Lotação: 406 lugares
Release do CD, por Leoni:
Mafaro – o mundo mapeado por Andre Abujamra
Cuidado! Você está entrando em um mundo que tem pontos de contato com o que nós habitamos e que, por isso, é muito perigoso e enganador – mas que é fascinante. Nem tão aos poucos assim, quem se arrisca nessa viagem por Mafaro – 3º disco solo de Andre Abujamra -, que quer dizer Alegria na língua do Zimbabwe, se dá conta de que, nesse mundo, os Bálcãs fazem fronteira com a África, que virando uma esquina numa rua perdida na Jamaica você acaba no Nordeste do Brasil ou no Oriente Médio. Tudo é igual, mas diferente. O que recria fronteiras e continentes é a língua universal da música, que o artista usa com total liberdade.
Aviso aos diletantes: não tentem fazer isso em casa. Não vai dar certo e pode ter consequências esteticamente desastrosas. Até porque, que outro artista é capaz de dominar tantos idiomas musicais e tantos instrumentos para falá-los? No disco Abujamra toca guitarra, violão, baixo, percussão, samplers, acordeon, imbira, sintetizadores e bandolim. Além de cantar e fazer arranjos de metais e de orquestra!
As longas introduções instrumentais como as de Daunloudaram, Uma a Uma e Origem dão logo a certeza de que esse não é um disco pop. Pelo menos, não no reducionista mundo pop de hoje. Em primeiro lugar, a voz é usada como mais um instrumento - muito longe de ser o principal - e as letras são só mais uma entre diversas peças desse quebra-cabeça multicultural. Depois, a instrumentação sofisticada indica um artista originalíssimo que domina diversos idiomas musicais que não evita em usar – mesmo que isso o torne inclassificável. Mas não há nenhuma afetação intelectual. É um trabalho divertidíssimo.
Outra grande diferença é o formato das músicas. Em muitas delas as partes são costuradas como numa suíte, poderiam ser canções independentes com seus arranjos e melodias inteiramente distintos. Mas, coladas, fazem todo sentido. A produção caprichadíssima de Sérgio Soffiatti ajuda a realçar essa metralhadora de criatividade.
Origem, que abre o disco, tem um clima celta misturado a um tema empolgante como o da série Hawaii 5-0, tudo modernizado. Pensando melhor é Black Rio tocando na corte do Rei Arthur. Mas tem uma hora que vai todo mundo para o Oriente Médio. Isso acontece logo antes de invocar todos os orixás em português e inglês. África na veia! A letra de Imaginação, list-song de imagens surreais, define de raspão o que é escutar Mafaro: “O mundo de dentro da gente é maior que o mundo de fora da gente / O mundo de dentro da gente é o espaço sideral.” No caso do Abu, é verdade. É tudo fruto da sua imaginação sem âncoras. O mundo real é só o ponto de partida. O dele é muito mais exuberante.
Lexotan é latina e brasileira. Com a participação do Zeca Baleiro, fala de como a tristeza parece mais profunda que a alegria e ecoa Leminski – “um homem com uma dor / é muito mais elegante”. Talvez seja o mais próximo de uma canção convencional em todo o trabalho. Será um single?
A Pedra Tem Vida começa no Norte da África, mas, como sempre, os ventos musicais levam a música para outras paragens, como se não houvesse distância nem fronteiras a serem cruzadas. Mas esse é olhar que domina Mafaro, sempre inesperado: “Preste atenção nas coisas que não chamam atenção”.
Uma a Uma é instrumental durante quase 3 minutos e alterna tantos climas e linguagens que de nada adiantaria um mapa para percorrer essas terras musicais. Começa com uma guitarra que lembra Radiohead, mas em alguns segundos os metais e a levada conduzem para uma explosão de outras referências que vão desembocar num vocalise de sabor árabe. Ouvir esse disco não é para amadores. A música se desconstrói e reconstrói até chegar perto do fim quando aparece a letra - mínima e inspiradíssima -, desconstruindo agora a vida em pequenas partículas, uma a uma.
O Amor começa com locução de Evandro Mesquita sobre as dificuldades dos relacionamentos - com frases brilhantes como “Que o amor, esse é difícil / cai em pingos de piano na minha sopa”- emoldurada por cordas clássicas. Mas acaba desembocando em algum lugar plebeu da Europa Oriental. O amor, é complicado esse assunto, tanto no Rio quanto no Velho Mundo. A letra, outra list-song tipicamente “abujâmrica”, é bem humorada mas angustiada. E que arranjo de metais! E de cordas! Grandiosos como o tema abordado.
Adoro Tem Luz na Cauda da Flecha, um reggae sobre Oxossi. A letra, incompreensível para mim, ajuda a levar a viagem ainda mais para longe. Dá para ser estrangeiro sem sair do Brasil. E ainda tem o auxílio luxuoso de Luis Caldas!
Logun Edé tem instrumentação muito econômica, especialmente para os padrões do Mafaro. E fala de viver na alegria. As cordas do fim são lindas. Daunloudaram é de uma riqueza instrumental impressionante, cheia de contracantos, e aborda o atualíssimo tema da música circular gratuita e livremente pela internet e das consequências para a nossa profissão.
Como definir Abuxiscuruma? Não sei, mas é bom demais. O rapper Xis, Curumim e André Abujamra juntos. Divirta-se.
Duvião tem o olhar infantil preservado por um artista que, como todos, vive dentro de um avião para chegar nos quatro cantos desse país.
Mafaro, delicada exaltação da felicidade - e africana já no nome -, abandona o continente negro no meio da canção para um rap em inglês “estrangeiro” com acompanhamento de cordas e percussão que soam como trilha de um filme de suspense. E volta para a África para encerrar o disco como se o mundo fosse tão pequeno quanto é enorme a criatividade de André Abujamra.
Apesar de sermos artistas muito diferentes, alguns temas nos são comuns e nos aproximam, como a reflexão sobre o que é a felicidade (Mafaro, Lexotan, Logun Edé) ou sobre como o mundo depende muito da nossa forma de olhá-lo (A Pedra Tem Vida, Duvião). Mas é como ouvinte que tenho a maior conexão com o trabalho do Abu. Os artistas que eu mais admiro são os que encontram uma voz pessoal e conseguem criar um universo musical próprio. E, nesse ponto, é difícil superá-lo e a seu Mafaro. Grande disco para os que se arriscarem a fazer a viagem sem olhar pra trás.
MAFARO
O Showfilme de André Abujamra:
Músico, multi-instrumentista, cantor, ator, André Abujamra criou show com um pouco de tudo isso. No palco, acompanhado de Du Moreira, no baixo, e de Val Oliveira, na bateria, ele apresenta uma música mundial, interage com projeções, pensadas e dirigidas em parceria com o VJ Scan. Algumas participações virtuais, como as de Zeca Baleiro, Paula Pretta e Luís Caldas, e de outros grandes músicos e artistas nacionais e internacionais, também fazem parte do espetáculo.
Entre instrumentos e equipamentos, André presenteia o público com um espetáculo musical que traz todas as faixas do disco, de mesmo nome lançado em 2010, e tem duração de exatos 57 minutos e 37 segundos. Cada música transporta o ouvinte para mundos díspares como o nordeste brasileiro e o leste europeu, a Jamaica e o Oriente Médio, a Rússia e países da África. O resultado dessa mistura, mostrado ao vivo no palco, tem todo o repertório de sua autoria, como, por exemplo: Mafaro, Lexotan e Logun Edé chau.
Mafaro – que significa “alegria” na língua do Zimbabuê – é o resultado de uma série de viagens que cruzou do leste europeu ao Maranhão. O álbum, lançado em disco em 2010, foi gravado em mais de 12 estúdios diferentes, além de conter sons captados em gravadores portáteis. O show também já viajou o mundo, com shows apresentados em diversos países da Europa, Américas, África e Ásia.
Sobre André Abujamra: O paulistano de quase 49 anos e mais de 30 anos de carreira é conhecido pela sua capacidade de se reinventar e montar e desmontar bandas. Sempre esteve em contato com diversos aspectos de cultura brasileira e de outros países e aprendeu a tocar vários instrumentos. Fez sucesso internacional com seus primeiros trabalhos e, nos anos 80 criou, ao lado de Maurício Pereira, o grupo “Os Mulheres Negras”. Na década de 90 foi a vez da “Banda Karnak”, formada por 13 músicos, duas baterias e um cachorro. Atualmente, mantém carreira solo, ao mesmo tempo em que faz shows com “Os Mulheres Negras”, desde 2012. Outra paixão de André é o cinema. O artista já produziu inúmeras trilhas sonoras e também pensa em lançar seu próprio longa-metragem.
Sobre André´ Abujamra e VJ Scan: Amigos de longa data, Andre´ Abujamra e VJ Scan ja´ realizaram juntos os shows “Infinito de Pe´” e “Retransformafrikando”. Porém, em 2010, o multi artista Abu convidou Scan para uma parceria ao elaborar seu novo trabalho “Mafaro”. O desafio lançado por Andre´, foi fazerem um show totalmente sincronizado com multi-telas de projeção. O show e´ como um filme, em uma narrativa de mundos imaginários sem localização geográfica ou identidade definidas.
Mafaro, de André Abujanra
CAIXA Cultural Brasília, Teatro da CAIXA
SBS Quadra 4 - Edifício anexo à Matriz da Caixa
Brasília-DF
Dias 5, 6 e 7 de junho de 2015.
Sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 19h.
Ingressos: R$ 20,00 e 10,00 (meia).
Classificação: 12 anos
Informações: 32069448
Lotação: 406 lugares
Release do CD, por Leoni:
Mafaro – o mundo mapeado por Andre Abujamra
Cuidado! Você está entrando em um mundo que tem pontos de contato com o que nós habitamos e que, por isso, é muito perigoso e enganador – mas que é fascinante. Nem tão aos poucos assim, quem se arrisca nessa viagem por Mafaro – 3º disco solo de Andre Abujamra -, que quer dizer Alegria na língua do Zimbabwe, se dá conta de que, nesse mundo, os Bálcãs fazem fronteira com a África, que virando uma esquina numa rua perdida na Jamaica você acaba no Nordeste do Brasil ou no Oriente Médio. Tudo é igual, mas diferente. O que recria fronteiras e continentes é a língua universal da música, que o artista usa com total liberdade.
Aviso aos diletantes: não tentem fazer isso em casa. Não vai dar certo e pode ter consequências esteticamente desastrosas. Até porque, que outro artista é capaz de dominar tantos idiomas musicais e tantos instrumentos para falá-los? No disco Abujamra toca guitarra, violão, baixo, percussão, samplers, acordeon, imbira, sintetizadores e bandolim. Além de cantar e fazer arranjos de metais e de orquestra!
As longas introduções instrumentais como as de Daunloudaram, Uma a Uma e Origem dão logo a certeza de que esse não é um disco pop. Pelo menos, não no reducionista mundo pop de hoje. Em primeiro lugar, a voz é usada como mais um instrumento - muito longe de ser o principal - e as letras são só mais uma entre diversas peças desse quebra-cabeça multicultural. Depois, a instrumentação sofisticada indica um artista originalíssimo que domina diversos idiomas musicais que não evita em usar – mesmo que isso o torne inclassificável. Mas não há nenhuma afetação intelectual. É um trabalho divertidíssimo.
Outra grande diferença é o formato das músicas. Em muitas delas as partes são costuradas como numa suíte, poderiam ser canções independentes com seus arranjos e melodias inteiramente distintos. Mas, coladas, fazem todo sentido. A produção caprichadíssima de Sérgio Soffiatti ajuda a realçar essa metralhadora de criatividade.
Origem, que abre o disco, tem um clima celta misturado a um tema empolgante como o da série Hawaii 5-0, tudo modernizado. Pensando melhor é Black Rio tocando na corte do Rei Arthur. Mas tem uma hora que vai todo mundo para o Oriente Médio. Isso acontece logo antes de invocar todos os orixás em português e inglês. África na veia! A letra de Imaginação, list-song de imagens surreais, define de raspão o que é escutar Mafaro: “O mundo de dentro da gente é maior que o mundo de fora da gente / O mundo de dentro da gente é o espaço sideral.” No caso do Abu, é verdade. É tudo fruto da sua imaginação sem âncoras. O mundo real é só o ponto de partida. O dele é muito mais exuberante.
Lexotan é latina e brasileira. Com a participação do Zeca Baleiro, fala de como a tristeza parece mais profunda que a alegria e ecoa Leminski – “um homem com uma dor / é muito mais elegante”. Talvez seja o mais próximo de uma canção convencional em todo o trabalho. Será um single?
A Pedra Tem Vida começa no Norte da África, mas, como sempre, os ventos musicais levam a música para outras paragens, como se não houvesse distância nem fronteiras a serem cruzadas. Mas esse é olhar que domina Mafaro, sempre inesperado: “Preste atenção nas coisas que não chamam atenção”.
Uma a Uma é instrumental durante quase 3 minutos e alterna tantos climas e linguagens que de nada adiantaria um mapa para percorrer essas terras musicais. Começa com uma guitarra que lembra Radiohead, mas em alguns segundos os metais e a levada conduzem para uma explosão de outras referências que vão desembocar num vocalise de sabor árabe. Ouvir esse disco não é para amadores. A música se desconstrói e reconstrói até chegar perto do fim quando aparece a letra - mínima e inspiradíssima -, desconstruindo agora a vida em pequenas partículas, uma a uma.
O Amor começa com locução de Evandro Mesquita sobre as dificuldades dos relacionamentos - com frases brilhantes como “Que o amor, esse é difícil / cai em pingos de piano na minha sopa”- emoldurada por cordas clássicas. Mas acaba desembocando em algum lugar plebeu da Europa Oriental. O amor, é complicado esse assunto, tanto no Rio quanto no Velho Mundo. A letra, outra list-song tipicamente “abujâmrica”, é bem humorada mas angustiada. E que arranjo de metais! E de cordas! Grandiosos como o tema abordado.
Adoro Tem Luz na Cauda da Flecha, um reggae sobre Oxossi. A letra, incompreensível para mim, ajuda a levar a viagem ainda mais para longe. Dá para ser estrangeiro sem sair do Brasil. E ainda tem o auxílio luxuoso de Luis Caldas!
Logun Edé tem instrumentação muito econômica, especialmente para os padrões do Mafaro. E fala de viver na alegria. As cordas do fim são lindas. Daunloudaram é de uma riqueza instrumental impressionante, cheia de contracantos, e aborda o atualíssimo tema da música circular gratuita e livremente pela internet e das consequências para a nossa profissão.
Como definir Abuxiscuruma? Não sei, mas é bom demais. O rapper Xis, Curumim e André Abujamra juntos. Divirta-se.
Duvião tem o olhar infantil preservado por um artista que, como todos, vive dentro de um avião para chegar nos quatro cantos desse país.
Mafaro, delicada exaltação da felicidade - e africana já no nome -, abandona o continente negro no meio da canção para um rap em inglês “estrangeiro” com acompanhamento de cordas e percussão que soam como trilha de um filme de suspense. E volta para a África para encerrar o disco como se o mundo fosse tão pequeno quanto é enorme a criatividade de André Abujamra.
Apesar de sermos artistas muito diferentes, alguns temas nos são comuns e nos aproximam, como a reflexão sobre o que é a felicidade (Mafaro, Lexotan, Logun Edé) ou sobre como o mundo depende muito da nossa forma de olhá-lo (A Pedra Tem Vida, Duvião). Mas é como ouvinte que tenho a maior conexão com o trabalho do Abu. Os artistas que eu mais admiro são os que encontram uma voz pessoal e conseguem criar um universo musical próprio. E, nesse ponto, é difícil superá-lo e a seu Mafaro. Grande disco para os que se arriscarem a fazer a viagem sem olhar pra trás.