MOVIMENTO ARMORIAL 50 ANOS
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Informações complementares
A mostra MOVIMENTO ARMORIAL 50 ANOS surgiu com um compromisso ousado: reapresentar ao público, sobretudo às novas gerações, a proposta singular e desafiadora de Ariano de criar, há pouco mais de cinco décadas, uma arte erudita a partir das mais autênticas e tradicionais manifestações artístico-culturais populares do Nordeste e de outras regiões do país. Concebida para marcar o cinquentenário do Movimento Armorial, comemorado em outubro de 2020, o projeto teve seu lançamento postergado devido à pandemia de Covid-19, e chega em Brasília após ter passado pelo CCBB Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo com enorme sucesso.
Do preto e branco das xilogravuras, passando pelo multicolorido dos ornamentos e fantasias das festas populares e pelas coreografias das danças. Pelos ritmos dos cantos e da música, de sons de rabeca, pífano e viola. Pela sonoridade dos versos dos cordéis e dos cantadores. Todos os caminhos conduzem a uma experiência única. Uma trilha cultural sem fronteiras, como a ideia plantada, lá atrás, por Ariano e que, agora, chega revigorada, pouco mais de 50 anos depois, à exposição.
A exposição oferece ainda outro presente para o público: quem quiser pode fazer o tour pela exposição ouvindo duas horas de musical Armorial acessando o código QR localizado em pontos específicos. A playlist está no Spotify do Banco do Brasil e oferece o espectador mergulhar ainda mais no eclético, múltiplo e fantástico universo do Movimento criado, em 1970, por Ariano Suassuna.
O conceito da exposição MOVIMENTO ARMORIAL 50 ANOS foi traçado pela curadora Denise Mattar, que fez um minucioso trabalho de pesquisa e garimpagem no vastíssimo acervo do Movimento para rememorar - com delicadeza, encanto e graça - a riqueza dos saberes e fazeres culturais impregnados na arte Armorial. A expografia e a arquitetura da exposição ficaram sob a responsabilidade do designer Guilherme Isnard. A consultoria é do artista plástico Manuel Dantas Suassuna (filho de Ariano Suassuna) e do poeta, ficcionista, ensaísta e professor da Universidade Federal de Pernambuco, Carlos Newton Júnior. Já a identidade visual é assinada por Ricardo Gouveia de Melo e Ana Lucas. Por fim, o projeto e a coordenação geral é da produtora Regina Rosa de Godoy, diretora da empresa R. Godoy Marketing e Cultura.
Acessibilidade
A exposição MOVIMENTO ARMORIAL 50 ANOS segue padrões de acessibilidade e inclusão. A mostra conta com audioguia bilíngue e com recursos do aplicativo Musea, plataforma de conteúdo voltado para exposições que permite uma melhor inserção nos conteúdos, com audiodescrição e visita em libras, além de trazer mais informações, como curiosidades e visitas virtuais.
Sobre Denise Mattar
Denise Mattar é uma das mais premiadas curadoras da atualidade. Exerceu o cargo de diretora técnica de instituições culturais, como o Museu da Casa Brasileira (1985-1987), o Museu de Arte Moderna de São Paulo (1987-1989) e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1990-1997). Desde 1997, atua como curadora independente, tendo recebido ao longo dos anos quatro prêmios da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) e dois prêmios ABCA (Associação Brasileira de Críticos de Arte). Aceitou o convite de Regina Godoy para este desafio de retratar o Movimento Armorial, com seus animais fantásticos e toda sua pluralidade.
Sobre Regina Godoy
Idealizadora da mostra Movimento Armorial 50 Anos, Regina Rosa de Godoy marca com esta exposição 30 anos de atuação na gestão e produção cultural e 20 anos da parceria com a curadora Denise Mattar. Especializada na realização de eventos de especial importância para a arte brasileira, viabiliza ações criativas e transformadoras nas mais diversas linguagens, atendendo expressivas Instituições do segmento no país. Em parceria com o CCBB tem realizado ao longo de 15 anos eventos nas áreas de Dança, Música, Teatro, palestras sobre Filosofia e Arte e exposições de arte.

Serviço:
Movimento Armorial 50 Anos
De 18 de outubro de 2022 a 15 de janeiro de 2023
De terça a domingo, das 9h às 21h
Entrada gratuita
Mais informações: 6131087600
CCBB Brasília-DF
Aberto de terça a domingo, das 9h às 21h
SCES Trecho 2 Lt. 22 – Brasília/DF
Evento
Ministério do Turismo apresenta e BB Seguros apresenta e patrocina
MOVIMENTO ARMORIAL 50 ANOS
de 18 de outubro de 2022 a 15 de janeiro de 2023
no CCBB Brasília
Exposição que celebra os 50 anos do Movimento Armorial, liderado por Ariano Suassuna, chega ao Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
"Eu comecei a ficar preocupado com a descaracterização da cultura brasileira. Pensei em reunir um grupo de artistas que atuassem em todas as áreas e que tivessem preocupações semelhantes às minhas, para que nós, juntos, procurássemos uma arte brasileira erudita, fundamentada nas raízes populares da nossa cultura. E, através dessa arte, a gente lutar contra esse tal processo de descaracterização da cultura brasileira”
Ariano Suassuna, em entrevista à Rede Globo Recife, em novembro de 2013
O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília abre ao público, na terça-feira 18 de outubro, a mostra MOVIMENTO ARMORIAL 50 ANOS, exposição que reúne arte, encontros musicais e conversas sobre a arte armorial. Este importante movimento artístico, lançado no Recife, foi criado e liderado pelo dramaturgo, professor, pintor e consagrado escritor Ariano Suassuna (1927-2014). A data de abertura da visitação à exposição, 18 de outubro, coincide com o dia de lançamento do movimento em 1970. O projeto tem patrocínio do Banco do Brasil e BB Seguros, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Com curadoria de Denise Mattar e a coordenação geral de Regina Rosa de Godoy, a exposição ocupará diferentes galerias do CCBB Brasília. Além da exposição, haverá ainda programação especial com espetáculos musicais, exibição de documentário e eventos para debater o legado do movimento armorial. A mostra também oferece atividades interativas e acesso a conteúdos digitais como tour virtual da mostra e playlist em streaming de áudio, além de acessibilidade para todos os públicos.
Como destaque, o público poderá conferir cerca de 140 obras de arte de artistas importantes para o Movimento Armorial, como Ariano Suassuna, Francisco Brennand, Gilvan Samico, Aluísio Braga, Zélia Suassuna e Lourdes Magalhaes. A grande maioria das obras nunca havia saído do Recife.
“A exposição é fiel à proposta de Ariano Suassuna, apresentando às novas gerações o trabalho pioneiro e engajado do autor, mostrando como ele propunha uma volta às raízes brasileiras, com profundo respeito à diversidade e às tradições, mas apresentando tudo de forma mágica, lúdica e plena de humor — um humor que faz pensar”, afirma a curadora Denise Mattar.
Sobre a exposição
Organizada em núcleos, a mostra toma conta do térreo e do subsolo da Galeria I e da Galeria II do CCBB Brasília. Para cada galeria foi definida uma expografia exclusiva, que trazem à tona a diversidade, as tradições e as mais representativas raízes da cultura popular nordestina, tal qual idealizado por Ariano Suassuna.
A imersão do visitante no fascinante universo da arte Armorial começa no piso térreo da Galeria I, onde será apresentada a chamada Fase Experimental (1970-1974), que marcou o início do movimento lançado no dia 18 de outubro de 1970, com uma exposição de artes plásticas e a apresentação da Orquestra Armorial. Entre os artistas plásticos desse período estão representados, nesta exposição: Aluísio Braga, Fernando Lopes da Paz, Miguel dos Santos, Fernando Barbosa e Lourdes Magalhães.
Ainda na Galeria I, apresentam-se os figurinos criados pelo artista plástico pernambucano Francisco Brennand (1927-2019) para o filme A Compadecida (1969), primeiro longa-metragem dirigido por George Jonas, baseado na consagrada peça O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. Além de 12 desenhos realizados em nanquim aquarelado, são apresentados também figurinos dos cinco principais personagens da história.
A indumentária da Compadecida é original. Já os figurinos do Palhaço, Diabo, João Grilo, e Emanoel - o Cristo Negro, foram recriados, especialmente para a exposição, pela figurinista Flávia Rossette. Na galeria, o público também poderá ver cenas do filme, que reunia um elenco de famosos atores da época, como Antonio Fagundes e Armando Bógus, além de fotos da filmagem, realizada em Brejo da Madre de Deus, Pernambuco.
A Galeria I apresenta, também, um ambiente de destaque para a obra de Gilvan Samico (1928-2013), alinhado, desde os anos 1970 até 2013, aos princípios do Movimento Armorial. Muito conhecido por suas xilogravuras, o artista também é representado na exposição por pinturas. Neste módulo é também resgatado o trabalho musical da Orquestra e do Quinteto Armorial, grupos que atuaram com grande sucesso, desenvolvendo uma música erudita com influência popular.
O premiado Quinteto Armorial teve como integrantes figuras consagradas da música nordestina, como o maestro, violonista e compositor Antônio José Madureira e o multiartista Antônio Carlos Nóbrega. O grupo gravou quatro LPs, discografia que a exposição revisita com capas de discos, além de fotos e instrumentos musicais.
No subsolo da Galeria I, visitantes apreciam o núcleo Ariano Suassuna, Vida e Obra, que traz uma completa cronologia ilustrada, capas de livros, manuscritos do autor e vídeo de suas famosas aulas-espetáculos. Um mergulho cultural no fértil imaginário criativo do mestre do Movimento Armorial. Neste espaço, ganha também destaque o alfabeto sertanejo, criado com base na pesquisa Ferros do Cariri, uma Heráldica Sertaneja.
Também no subsolo, o núcleo Armorial - Hoje e Sempre reúne produções para cinema e TV, realizadas a partir das peças teatrais de Suassuna, como a Farsa da Boa Preguiça, A Pedra do Reino, O Auto da Compadecida, e o espetáculo Lunário Perpétuo de Antônio Nóbrega.
Na Galeria II do CCBB Brasília, o visitante é recebido pela Onça Caetana, elemento cenográfico inspirado nos desenhos de Suassuna, que é a anfitriã da exposição. Nesse ambiente, o público se encantará com o módulo Armorial – Referências, que contempla a beleza das xilogravuras, assinadas, entre outros, por J. Borges, Mestre Noza e Mestre Dila. Há também a Cidade de Cordel, criada especialmente para a exposição por Pablo Borges, filho de J. Borges. E, ao fim da exposição, o visitante encontrará referências a folguedos populares como o Maracatu, o Reisado e o Cavalo-Marinho, a partir da reunião de objetos como máscaras, trajes, fotos, vídeos, estandartes e adereços.
Importante lembrar que a mostra conta com obras de colecionadores particulares, de artistas e de instituições como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM), a Oficina Brennand, Manuel Dantas Suassuna, Diogo Cantareli, Maria Paula Costa Rêgo, J. Borges, Lourdinha Vasconcelos, entre outros.