Sementes
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Sobre Edson Beserra:
Edson Beserra atuou como bailarino em algumas das principais companhias de dança do País, como Grupo Corpo Cia de Dança, a Cia de Dança Deborah Colker e a Quasar Cia de Dança. Em 2011, fundou o coletivo de produção e criação Composto de Ideias e, desde então, atua como coreógrafo, professor, diretor e bailarino. Seus projetos de criação e circulação em dança foram aprovados nos editais da OI, Caixa Cultural, FAC/DF, Funarte e O Boticário na Dança e vem sendo apresentados em Festivais por todo o Brasil. Como produtor e gestor atuou em festivais como Satélite 061 24h no ar, a Mostra CCBB Em Cartaz e Dança França Brasil, além diversas temporadas de espetáculos de dança e projetos apoiados pelo FAC e Funarte. Também foi ator, diretor e criador do espetáculo Liberdade Assistida, contemplado pelo Prêmio Afro 2017. Atualmente, além de estar em circulação com o espetáculo O Homem na Prancha, também está em criação de O Vazio é cheio de coisa, para Cia Nós no Bambu, que tem estreia prevista para outubro de 2018. Na montagem, Edson assina direção, coreografia e concepção geral.
Ficha Técnica:
Direção, concepção, coreografia e intérprete: Edson Beserra
Assistência de Direção: Marcos Buiati
Figurino: Moema Carvalho
Iluminação: Emmanuel Queiroz
Sonoplastia: Kiko Barretto
Produção: Composto de Ideias

Serviço: O Homem na Prancha
Datas: 22 de setembro de 2018(sábado) às 20:00
Haverá bate-papo com o artista após a sessão de estreia
23 de setembro de 2018(domingo) - Duas sessões: às 17:00 e 20:00
Local: SESC Garagem (SEPS 713/913 - Asa Sul)
Brasília-DF
Informações: (61) 3445-4401
Entrada franca
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 40 minutos.
Evento
Solo do bailarino Edson Beserra se inspira em pintura de William Turner e conto de Guy de Maupassant
22 e 23 de setembro de 2018
Teatro SESC Garagem
Entrada franca
O Homem na Prancha
Edson Beserra estreia o espetáculo "O Homem na Prancha" em Brasília nos dias 22 e 23 de setembro (sábado e domingo) no Teatro SESC Garagem (713/913 Sul) com entrada franca. O bailarino brasiliense que já integrou importantes companhias de dança brasileira mergulha em um resgate ancestral onde se inspira no quadro "Navio Negreiro" do pintor inglês William Turner, e no conto "O Horla" do francês Guy de Maupassant.
A opção pelo cenário fantasmagórico tem como referências tanto as obras que são a gênese do trabalho quanto a busca biográfica do multiartista, que além de intérprete, assina a direção, concepção e coreografia do espetáculo. Edson Beserra conta com a assistência de direção de Marcos Buiati. O espetáculo estreou no Rio de Janeiro, passou por São Paulo, e depois de estrear em Brasília, vai circular por outras cidades brasileiras. A circulação é patrocinada pelo Fundo de Apoio a Cultura do DF (FAC-DF) e conta com o apoio do SESC.
A confluência dos movimentos da água e do vento, assim como da incidência de luz foram os motes dramatúrgicos para a construção do vocabulário coreográfico de "O Homem na Prancha". As pinceladas impressionistas de Turner aparecem em cena por meio dos movimentos diluídos da água e das nuvens provocados pela ação do vento. As inquietações da personagem central do conto de Guy se desenvolvem com a sensação de uma presença não-física que o perturba, presença esta que é percebida pela queda de temperatura provocada pelo vento. No palco, Edson se inspira nesse vento para também apresentar uma construção do seu vocabulário de movimentos.
Edson Beserra aproxima a criação artística pelo processo autobiográfico. O "Navio Negreiro" de Turner o fez mergulhar em busca de sua ancestralidade onde encontrou em seus movimentos o seu corpo negro, aquele que alia ao corpo que vê nos terreiros de Candomblé. “Peço uma licença poética à falange de marinheiros da Umbanda. Os marinheiros são espíritos que dedicaram suas vidas aos oceanos, vinculadas ao trabalho em embarcações. A manifestação física destes espíritos se caracteriza pela sensação figurativa de estar em alto mar. O cambalear natural das ondas é predicado marcante no comportamento dos que os incorporam e serviu para mim como norteador da sensação de estar em alto mar”, revela. “O homem na prancha é o estado latente do homem que não sabe se lança-se ao desconhecido ou não”, completa o bailarino.
Toda a atmosfera fantasmagórica da obra de Maupassant, bem como as cores da obra de Turner, são reforçadas pela iluminação de Emmanuel Queiroz. Em "O Homem na Prancha", a luz não é só uma alegoria cênica e assume um papel de protagonista ao lado do movimento.