Preto e Branco
Exposição "Athos em Preto e Branco"
Visitação: até dezembro de 2015, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e sábado, das 10h às 17h
Informações: (61) 3322-7801
Escolas e grupos: agendar visita pelo e-mail fundathos@fundathos.org.br
Entrada gratuita
Visitação: até dezembro de 2015, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e sábado, das 10h às 17h
Informações: (61) 3322-7801
Escolas e grupos: agendar visita pelo e-mail fundathos@fundathos.org.br
Entrada gratuita
Evento
Athos Bulcão em preto e branco
Nova exposição da Fundação Athos Bulcão apresenta ao público fotomontagens produzidas pelo artista na década de 1950
Athos Bulcão foi um artista plural. Trabalhou com técnicas tão distintas como pintura, desenhos, azulejos, relevos, esculturas e gravuras. O que muitos dos admiradores de suas obras públicas não sabem é que, durante a década de 1950, Athos flertou com a fotomontagem e o surrealismo e produziu uma série inusitada de colagens. Uma mostra com 26 dessas obras integra a exposição “Athos em preto e branco”, em cartaz na AB Galeria, na sede da Fundação Athos Bulcão.
O método do artista consistia em procurar e recortar imagens de revistas da época, colando-as em um fundo comum e fotografando a nova cena composta. Nesse jogo, fazia associações inusitadas entre cabeças, corpos, edifícios, animais e paisagens diversas, mas mantendo a lógica da imagem fotográfica, em relação à luz, tons, proporções e perspectiva. Valéria Cabral, secretária executiva da Fundação Athos Bulcão, chama a atenção do público a observar as obras com atenção. “Pelo tratamento dado à imagem, a fotografia parece normal, exceto pelo fato de que a cabeça não combina com o corpo, e os elementos ao redor, não combinam com o espaço”.
O resultado são imagens fantásticas, que combinam rostos de famosos, corpos nus, cavalos e hipopótamos, em espaços tão diversos como um salão de bailes, ruas ou plantações. Títulos como A invasão dos marcianos, O susto, Entardecer no Planalto ou A inundação de um sonho, reforçam o caráter poético e onírico das fotomontagens.
Os trabalhos foram desenvolvidos logo que Athos voltou de um período de estudos na Europa, e tentava encontrar sua identidade como artista. Muito inspirado pelo cinema de Sergei Eisenstein e do alemão Friedrich Murnau, ele afirma em entrevistas que essa produção representou um exercício de enquadramento, preparando habilidades que viria a aplicar em seus trabalhos futuros em arquitetura.
Pouco conhecida, a série de fotomontagens integra o acervo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, que cedeu à Fundação Athos Bulcão o direito de realizar cópias para complementar o acervo da instituição. Segundo Valéria Cabral, as fotomontagens são um retrato fiel da inquietude do espírito artístico de Athos. “A exposição revela uma face menos conhecida do artista, mas ainda assim muito importante, pois o entendimento de sua obra requer a consciência das múltiplas faces de sua trajetória”, completa.
Escolas e grupos podem agendar visita mediada pelo e-mail fundathos@fundathos.org.br.
A Fundação Athos Bulcão fica na CLS 404 Bloco D loja 01, Brasília – DF.
Visitação da exposição: de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e sábado, das 10h às 17h, até dezembro de 2015.
Nova exposição da Fundação Athos Bulcão apresenta ao público fotomontagens produzidas pelo artista na década de 1950
Athos Bulcão foi um artista plural. Trabalhou com técnicas tão distintas como pintura, desenhos, azulejos, relevos, esculturas e gravuras. O que muitos dos admiradores de suas obras públicas não sabem é que, durante a década de 1950, Athos flertou com a fotomontagem e o surrealismo e produziu uma série inusitada de colagens. Uma mostra com 26 dessas obras integra a exposição “Athos em preto e branco”, em cartaz na AB Galeria, na sede da Fundação Athos Bulcão.
O método do artista consistia em procurar e recortar imagens de revistas da época, colando-as em um fundo comum e fotografando a nova cena composta. Nesse jogo, fazia associações inusitadas entre cabeças, corpos, edifícios, animais e paisagens diversas, mas mantendo a lógica da imagem fotográfica, em relação à luz, tons, proporções e perspectiva. Valéria Cabral, secretária executiva da Fundação Athos Bulcão, chama a atenção do público a observar as obras com atenção. “Pelo tratamento dado à imagem, a fotografia parece normal, exceto pelo fato de que a cabeça não combina com o corpo, e os elementos ao redor, não combinam com o espaço”.
O resultado são imagens fantásticas, que combinam rostos de famosos, corpos nus, cavalos e hipopótamos, em espaços tão diversos como um salão de bailes, ruas ou plantações. Títulos como A invasão dos marcianos, O susto, Entardecer no Planalto ou A inundação de um sonho, reforçam o caráter poético e onírico das fotomontagens.
Os trabalhos foram desenvolvidos logo que Athos voltou de um período de estudos na Europa, e tentava encontrar sua identidade como artista. Muito inspirado pelo cinema de Sergei Eisenstein e do alemão Friedrich Murnau, ele afirma em entrevistas que essa produção representou um exercício de enquadramento, preparando habilidades que viria a aplicar em seus trabalhos futuros em arquitetura.
Pouco conhecida, a série de fotomontagens integra o acervo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, que cedeu à Fundação Athos Bulcão o direito de realizar cópias para complementar o acervo da instituição. Segundo Valéria Cabral, as fotomontagens são um retrato fiel da inquietude do espírito artístico de Athos. “A exposição revela uma face menos conhecida do artista, mas ainda assim muito importante, pois o entendimento de sua obra requer a consciência das múltiplas faces de sua trajetória”, completa.
Escolas e grupos podem agendar visita mediada pelo e-mail fundathos@fundathos.org.br.
A Fundação Athos Bulcão fica na CLS 404 Bloco D loja 01, Brasília – DF.
Visitação da exposição: de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e sábado, das 10h às 17h, até dezembro de 2015.