"Relicário"
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Sinopse:
Uma poesia cênica sobre a memória, Relicário retrata um casal no quarto esquecido de sua casa. A cada caixa aberta eles se veem diante de suas relíquias pessoais, trazidas pelo poder recordativo da música e metaforizadas na água, passando a experimentar tudo como se fosse a primeira vez.

Serviço: Espetáculo "Relicário"
Datas e locais:
21/03/2018 - Guará-DF, Creche Sorriso de Maria
28/03/2018 - Guará-DF (Lúcio Costa), Creche Tia Joana
04/04/2018 - Guará-DF, Creche Comunitária QE 38
11/04/2018 - Guará-DF (Lúcio Costa), Creche Lobo Guará
19/04/2018 - Areal-DF, Creche Cantinho da Paz II
25/04/2018 - Areal-DF, CEPI Rosa do Cerrado
02/05/2018 - Águas Claras-DF, Creche Jequitibá
09/05/2018 - Taguatinga-DF, Escolinha Beija Flor
16/05/2018 - Taguatinga-DF, Creche Cantinho da Paz I
23/05/2018 - Taguatinga-DF, Creche Flor de Liz
Informações: (61) 98126-4276 e 98268-9806
Classificação etária: De 0 a 6 anos
Duração: 30 minutos
Evento
"Relicário"
De 21 de março a 23 de maio de 2018
Guará, Areal, Águas Claras e Taguatinga
"Relicário" vai circular por creches e centros de ensino infantis, públicos e conveniados, entre os meses de março e maio. As apresentações serão no Guará, Águas Claras, Areal e Taguatinga. O espetáculo foi pensado para dialogar com os bebês sobre o que vivenciam e para resgatar nos adultos o que já vivenciaram. A narrativa da obra, inspirada no cotidiano de portadores de Alzheimer, traz o dinamismo da memória e do esquecimento como um provocador do reencontro com o primeiro olhar presente na infância.
“Todos nós, quando crianças, possuíamos um olhar germinador, capaz de despertar novos significados e funções às coisas. Esse olhar, próprio das miudezas, é esquecido por aquele que cresce. E se, esquecer nada mais é que guardar um segredo até mesmo de nós, aquele que se recorda promove um reencontro com a sua infância, faz um resgate ao primeiro olhar. É assim que nasce Relicário: como um convite aos segredos, aos ressignificados, ao olhar talvez esquecido na mente daquele que pensa, mas ainda latente no coração daquele que sonha”. Conta Gabriel Guirá, autor do conto homônimo que inspirou a narrativa.
Os atores Gabriel Guirá e Hyandra Ello fazem uso da música uso da música, cujo potencial recordativo é visto como um aliado do portador do Alzheimer, e também do teatro de objetos, duas linguagens com as quais retratam o descobrimento dos sons, o desenvolvimento da fala, a experimentação dos sentidos e a construção e resgate da memória afetiva protagonizados pelas personagens.
“Estar em cena para bebês e crianças exige sinceridade em tempo real, pois é um público que não está preocupado com uma dramaturgia linear e sim com a emoção verdadeira construída a cada instante. O tempo lento e delicado do Relicário, me trouxe reflexão sobre o ritmo de vida que temos nos dias atuais e como as crianças, muitas vezes inseridas nesse contexto, perdem a importância dos espaços do silêncio, do nada, da contemplação… Penso na riqueza da possibilidade de sair um pouco do excesso de informações e poder vivenciar 'o simples'". Revela Hyandra Ello.
O elemento água ganha destaque no cenário e na música. Os objetos de cena remetem a situações cotidianas e assumem o sentido poético que permeia todo o espetáculo.
Os bebês criam constantemente referências e, consequentemente, memórias a partir de associações. "A dramaturgia de Relicário foi inspirada em um conto autoral e desenvolvida a partir de experimentações do teatro de objetos e do estudo da fonética, até finalmente chegarmos na essência de sentimentos e sensações compartilhadas em cena.” Destaca Gabriel Guirá. "Os bebês nascem com capacidade infinita de ressignificação. Por isso damos importância ao que criamos juntos, em cena, em um diálogo que se dá pelo que propomos como poesia gestual.” Convida Hyandra Ello.
"Relicário" tem Patrocínio do FAC – Fundo de Apoio à Cultura, da Secretaria de Cultura do Distrito Federal.
Sobre Gabriel Guirá:
Como ator Gabriel Guirá trabalha há mais de dez anos com espetáculos infantis e contação de histórias, como poeta recebeu prêmios nacionais e internacionais por meio dos quais já teve seu trabalho exposto no Museu da Língua Portuguesa (SP), além de atuar também como designer gráfico na promoção cultural.
Sobre Hyandra Ello:
Hyandra Ello é atriz e produtora cultural, tem experiência em diversas áreas no teatro e no cinema, viajou com espetáculos para vários Estados do Brasil e também para Perú e Argentina. Pesquisa teatro físico e outras técnicas de interpretação. Fez a direção de cena e de arte da Ópera Fidelio, de Beethoven, em 2017. Bacharel em Artes Cênicas pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, atua na área há mais de dez anos.
Conheceram-se ao integrarem o Grupo de Teatro Carlitos, até então dirigido por Raquel Lima, em 2013. Desde então pensavam em fazer algo juntos. Uniram as respectivas experiências com teatro para bebês: ela com o ator, diretor e palhaço José Reino; ele com uma oficina de Sandra Vargas (do Grupo Sobrevento SP) e com a paternidade. Os dois também interagiram com o Festival Primeiro Olhar - Festival Internacional de Teatro para a Primeira Infância, promovido pelo grupo La Casa Incerta. Criaram o Relicário colocando o que têm em comum em cena: a visão de mundo e a vontade de preencher o espetáculo com sensibilidade, sentimentos, gestos, objetos e as dramaturgias possíveis de cada um.
Sobre o espetáculo:
“Relicário” é um espetáculo teatral direcionado para bebês e crianças (0 a 6 anos). Sua dramaturgia tem como base o encontro entre as experiências da infância - quando bebês e crianças descobrem o seu olhar perante o novo - e as experiências da terceira idade - quando os idosos redescobrem um novo olhar perante tudo.
Um espetáculo sobre a relação com o relicário pessoal: Pedaços preciosos da gente que ficam guardados feito segredos em objetos, símbolos, músicas, pessoas. Segredos que quando se revelam trazem consigo a descoberta da memória, do corpo, da fala, das emoções, de nós mesmos, do outro.
O público é convidado a subir a bordo de um barquinho que navega pela história de dois personagens, desvendar junto a eles preciosos segredos enterrados nas margens de um rio, e, enfim, mergulhar em um olhar poético próprio da infância, mas que inunda a tudo e a todos quando o olho de um bebê se abre.