Sai da Rede
Programação:
A cantora, compositora, produtora e multinstrumentista Mahmundi é quem abre a programação do Festival (dia 25), quando apresenta parte do repertório de seu álbum de estreia, que leva o nome da artista. Disco produzido por ela e que conta com 10 canções de sua autoria. Na mesma noite, Rico Dalasam apresenta seus raps autorais, lançando em seu disco "Orgunga". Dono de seu próprio estilo e de suas rimas, Rico provou, logo em sua estreia, ser um rapper à altura dos grandes, sendo reconhecido por todos eles em convites para participações. De fora do meio, Gilberto Gil também aprovou.
No domingo (dia 26), segundo dia do Festival, quem abre a noite é Tássia Reis. Letrista, compositora e cantora, Tássia é uma potência criativa de convicções, em seu discurso feminista e libertário, da intolerância à opressão emocional, em canções embaladas por sua voz doce. Em seguida, é a vez da brasiliense Flora Matos. MC, que para André Maleronka, editor-chefe da Vice Brasil, “está entre os artistas mais interessantes que apareceram no país nos tempos recentes”.
A noite do segundo fim de semana do “Sai da Rede” (dia 8), começa com o grupo carioca 13.7, cujas influências vem do rock, blues, samba, vanguarda paulistana, Folk, MPB ou, como eles mesmos dizem: “de tudo que vem de onde não sabemos e ainda assim consegue fazer sentido, fazer sentir”. A segunda surpresa da noite é versatilidade e a musicalidade de Júlia Vargas. Uma aposta de Milton Nascimento, “Júlia Vargas é dona de uma gloriosa voz. Nos últimos anos tenho visto poucas cantoras com tanto potencial como o da Júlia. Ela vai dar muito o que falar ”.
Para a noite de encerramento do Festival (dia 9), Ana Vilela, autora de “Trem-Bala”, que circula em milhares de celulares, através do aplicativo WhatsApp, e alcançou um sucesso impossível de se contar, ao ser interpretada por Gisele Bündchen. E para a despedida do Festival, o carioca Rubel, sucesso no Youtube, com mais de 3,6 milhões de visualizações, apresenta canções de seu álbum autoral e independente Pearl.
Serviço:
Projeto: Festival “Sai da Rede”
Local: Teatro I do CCBB Brasília
Endereço: SCES Trecho 2 – Brasília/DF
Programação:
25/3/2017 - Sab: 20h - Mahmundi e Rico Dalasam
26/3/2017 - Dom: 19h - Tássia Reis e Flora Mattos
8/4/2017 - Sab: 20h - 13.7 e Júlia Vargas
9/4/2017 - Dom: 19h - Ana Vilela e Rubel
Classificação indicativa: Livres para todos os públicos.
Ingressos: R$ 10,00 (meia) e R$ 20,00 (inteira)
Os ingressos começam a ser vendidos dois domingos antes dos shows da semana e podem ser adquiridos na bilheteria do CCBB, de quarta a segunda, das 13h às 21h.
Informações: (61) 3108-7038.
Programação nos demais CCBB’s
Rio de Janeiro, Teatro I
16/3/2017 - Qui: 19h - Carne Doce / Julia Vargas
17/3/2017 - Sex: 19h - Lucas Estrela / Tassia Reis
18/3/2017 - Sab: 19h - Mahmundi / As Bahia e a Cozinha Mineira
19/3/2017 - Dom: 19h - 13.7/ Rubel
São Paulo
15/3/2017 - Qua: 13h - Rubel / 20h - Carne Doce
22/3/2017- Qua: 13h - Lucas Estrela / 20h - Russo Passapusso
29/3/2017 - Qua: 13h - Mahmundi / 20h - As Bahias e a Cozinha Mineira
Belo Horizonte
29/3/2017 - Qua: 20:30h - Carne Doce
30/3/2017 - Qui: 20:30h - As Bahias e a Cozinha Mineira
31/3/2017 - Sex: 20:30h - Rubel
1º/4/2017 - Sab: 20:30h - Flora Mattos
2/4/2017 - Dom: 20h - Tassia Reis / Russo Passapusso
A cantora, compositora, produtora e multinstrumentista Mahmundi é quem abre a programação do Festival (dia 25), quando apresenta parte do repertório de seu álbum de estreia, que leva o nome da artista. Disco produzido por ela e que conta com 10 canções de sua autoria. Na mesma noite, Rico Dalasam apresenta seus raps autorais, lançando em seu disco "Orgunga". Dono de seu próprio estilo e de suas rimas, Rico provou, logo em sua estreia, ser um rapper à altura dos grandes, sendo reconhecido por todos eles em convites para participações. De fora do meio, Gilberto Gil também aprovou.
No domingo (dia 26), segundo dia do Festival, quem abre a noite é Tássia Reis. Letrista, compositora e cantora, Tássia é uma potência criativa de convicções, em seu discurso feminista e libertário, da intolerância à opressão emocional, em canções embaladas por sua voz doce. Em seguida, é a vez da brasiliense Flora Matos. MC, que para André Maleronka, editor-chefe da Vice Brasil, “está entre os artistas mais interessantes que apareceram no país nos tempos recentes”.
A noite do segundo fim de semana do “Sai da Rede” (dia 8), começa com o grupo carioca 13.7, cujas influências vem do rock, blues, samba, vanguarda paulistana, Folk, MPB ou, como eles mesmos dizem: “de tudo que vem de onde não sabemos e ainda assim consegue fazer sentido, fazer sentir”. A segunda surpresa da noite é versatilidade e a musicalidade de Júlia Vargas. Uma aposta de Milton Nascimento, “Júlia Vargas é dona de uma gloriosa voz. Nos últimos anos tenho visto poucas cantoras com tanto potencial como o da Júlia. Ela vai dar muito o que falar ”.
Para a noite de encerramento do Festival (dia 9), Ana Vilela, autora de “Trem-Bala”, que circula em milhares de celulares, através do aplicativo WhatsApp, e alcançou um sucesso impossível de se contar, ao ser interpretada por Gisele Bündchen. E para a despedida do Festival, o carioca Rubel, sucesso no Youtube, com mais de 3,6 milhões de visualizações, apresenta canções de seu álbum autoral e independente Pearl.
Serviço:
Projeto: Festival “Sai da Rede”
Local: Teatro I do CCBB Brasília
Endereço: SCES Trecho 2 – Brasília/DF
Programação:
25/3/2017 - Sab: 20h - Mahmundi e Rico Dalasam
26/3/2017 - Dom: 19h - Tássia Reis e Flora Mattos
8/4/2017 - Sab: 20h - 13.7 e Júlia Vargas
9/4/2017 - Dom: 19h - Ana Vilela e Rubel
Classificação indicativa: Livres para todos os públicos.
Ingressos: R$ 10,00 (meia) e R$ 20,00 (inteira)
Os ingressos começam a ser vendidos dois domingos antes dos shows da semana e podem ser adquiridos na bilheteria do CCBB, de quarta a segunda, das 13h às 21h.
Informações: (61) 3108-7038.
Programação nos demais CCBB’s
Rio de Janeiro, Teatro I
16/3/2017 - Qui: 19h - Carne Doce / Julia Vargas
17/3/2017 - Sex: 19h - Lucas Estrela / Tassia Reis
18/3/2017 - Sab: 19h - Mahmundi / As Bahia e a Cozinha Mineira
19/3/2017 - Dom: 19h - 13.7/ Rubel
São Paulo
15/3/2017 - Qua: 13h - Rubel / 20h - Carne Doce
22/3/2017- Qua: 13h - Lucas Estrela / 20h - Russo Passapusso
29/3/2017 - Qua: 13h - Mahmundi / 20h - As Bahias e a Cozinha Mineira
Belo Horizonte
29/3/2017 - Qua: 20:30h - Carne Doce
30/3/2017 - Qui: 20:30h - As Bahias e a Cozinha Mineira
31/3/2017 - Sex: 20:30h - Rubel
1º/4/2017 - Sab: 20:30h - Flora Mattos
2/4/2017 - Dom: 20h - Tassia Reis / Russo Passapusso
Evento
O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília apresenta a 4ª Ed. do Festival
Sai da Rede
Um panorama plural com representantes das novas vertentes da música brasileira, que, através da internet e seus canais de comunicação e compartilhamento, ganham o mundo e conquistam um número incontável de seguidores.
Nas noites dos dias 25 e 26 de março e 8 e 9 de abril de 2017, o palco do Teatro I do CCBB Brasília recebe oito projetos musicais contemporâneos e totalmente distintos. Os artistas convidados, todos jovens, surfam com naturalidade através dos inúmeros canais de interação e divulgação, disponíveis na internet, assim como fazem uso das várias ferramentas de produção disponíveis na atualidade. De maneira que o “Sai da Rede” se apresenta como uma oportunidade para apreciar, ao vivo, artistas que têm realizado uma produção plural, a partir de criações coletivas ou individuais. O festival também ganha edições nos demais CCBB’s: Em São Paulo, nos dias 15, 22 e 29 de março; no Rio de Janeiro, de 16 a 19 de abril; e em BH, de 29 de março a 2 de abril.
A maioria dos artistas desta nova geração da música popular brasileira, a exemplo dos que participam desta 4ª Edição do “Sai da Rede” - Mahmundi, Rico Dalasam, Tássia Reis, Flora Matos, 13.7, Júlia Vargas, Ana Vilela e Rubel - ao mesmo tempo em que compõem e interpretam seus trabalhos, registram suas produções em estúdios, por vezes montados em casa, porém, com equipamentos profissionais, o que para Pedro Seiler, um dos curadores do Festival, “se deve muito às facilidades de gravação, por conta das tecnologias avançadas e de baixo custo”. E, uma vez conectados e inseridos no imenso universo da internet, “há, entre eles, uma grande comunicação e, não raramente, tocam ou criam e compõem juntos, mesmo morando em diferentes cidades”, observa Pedro.
Ao se considerar que a internet e as ferramentas tecnológicas disponíveis são peças-chave na engrenagem da produção musical nos dias de hoje, desde a criação à comercialização, Amanda Menezes, produtora executiva do Festival e também curadora, destaca: “a música contemporânea ganha registros em gravações profissionais com qualidade cada vez mais apurada e, fruto do acesso livre à informação, alcança um público global”. O público vem se adaptando rapidamente a esta nova forma de descobrir, ouvir, comprar e tocar música, e “as mídias sociais e os sites especializados têm se mostrado fundamentais para sua difusão, atuando com papéis claros dentro dessa enorme produção”, avalia Amanda.
“Um dos aspectos mais interessante deste projeto é ser extremamente contemporâneo. Com isso, as temáticas abordadas pelos artistas são sempre atualíssimas. Na edição deste ano a programação é muito diversificada, mas as discussões sobre empoderamento feminino, liberdade de gênero, luta pela igualdade social estarão muito presentes”, Comenta Amanda.
As edições anteriores do Sai da Rede:
Em 2011, 2012 e 2013, a realização das edições anteriores do Festival “Sai da Rede”, confirmou a demanda e a relevância da iniciativa. Na edição de 2011, os nove diferentes shows realizados lotaram o Teatro I do CCBB Brasília, com direito a show extra de Tulipa Ruiz. Em 2012, o festival teve seu público e formato ampliados já que se optou pela realização do evento ao ar livre, gratuitamente, na praça do Patriarca, em São Paulo, elevando a presença de um público estimado em média de 2,5 mil pessoas por dia. Em 2013, o projeto alcançou grande sucesso, atraindo um público neófito ao CCBB do Rio de Janeiro.
Mahmundi
Cantora, compositora, produtora e multinstrumentista Mahmundi, codinome de Marcela Vale, se estabelece como uma das grandes artistas da nova geração da música brasileira. Lançou seu primeiro álbum “Mahmundi” (Stereomono/Skol Music) em março de 2016, que lhe rendeu excelentes críticas da imprensa especializada e vários prêmios e indicações, a exemplo do Prêmio Revelação, pela APCA (Associação Brasileira dos Críticos de Arte) e seu álbum consta nas listas de “melhores do ano” dos sites de música mais importantes do país.
Produzido por ela mesma, “Mahmundi” traz 10 músicas autorais pops, como “Hit”, “Calor do Amor” e “Eterno Verão”. Diferente do que se vê lançado no Brasil, a música de Mahmundi é dançante, pop e com tempero dos anos 80. Por isso mesmo recebeu elogios de Ed Motta, Zeca Camargo, Nelson Motta, Daniel Ganjaman e muitos outros músicos e formadores de opinião.
Assisti-la ao vivo é uma experiência ainda melhor. Acompanhada por baixo, bateria e teclado, ela se reveza na guitarra e no teclado e comanda o show com maestria. Sempre apresenta o repertório do disco novo e músicas surpresas.
“As 10 faixas são impactantes e mostram uma voz potente e madura. As canções são pops, de letras fáceis e virtuosas, como há tempos não se via na voz de nenhuma outra cantora nacional”, João Paulo Carvalho, Caderno 2, Estado de S. Paulo
Rico Dalasam
"Negros, gays, rappers: quantos no Brasil? Deve haver vários tantos". Os versos de "Dalasam", faixa do primeiro disco do paulistano, fala sobre seu lugar: negro, gay, rapper. Nasce deles, inclusive, o título de seu álbum de estreia: "Orgunga" (independente), com pouco mais de um ano na praça e muito barulho. "Esse disco conta a história dos meus maiores orgulhos, eu olho com mais grandeza dentro do país em que vivo. 'Orgunga' é uma transição do EP. Eu não sou uma outra coisa, eu sou a continuação dele, com mais estrutura e sem medos”, conta Dalasam. Dono de seu próprio estilo e de suas rimas, Rico provou, logo em sua estreia, ser um rapper à altura dos grandes, sendo reconhecido por todos eles em convites para participações. De fora do meio, Gilberto Gil também aprovou.
Por entre as nove faixas de "Orgunga" - todas autorais -, Rico fala de amor, como em "Drama", produção de Pifo. Também navega pelo rock em "Relógios", produzida por Xuxa Levy. E fecha com "Vambora", com assinatura de Duani. Phillip Neo, comparece em "Dalasam", "Esse Close Eu Dei" e "Nortes". E Mahal Pita, do Baiana System, em "Mili Mili".
Quem é o Dalasam?, interpela ele em faixa homônima. "Dalasam é uma geração de pessoas, é bom elas entenderem que existe e vai existir sempre um Dalasam perto dela", diz. Um homem - negro, gay, rapper - de múltiplas facetas, muitos talentos e uma cabeça efervescente, que não para de pensar novas rimas para os próximos capítulos ("Devo ter mais de 300", ele revela).
Tássia Reis, letrista, compositora e cantora, é uma potência criativa de convicções, em seu discurso feminista e libertário, nas mais diversas vertentes, da intolerância à opressão emocional, dispara canções sublimes, embaladas por sua doce voz em gêneros abertos, do rap ao reggae. Aos 20 anos, gravou a canção “Meu Rapjazz”. O videoclipe viralizou, alcançando 10 mil views logo no dia do lançamento, o que impulsionou sua carreira como artista e um ano depois lançou seu primeiro EP, “Outra Esfera”. Cantou com Marcelo D2, gravou com Izzy Gordon, fez shows com a banda de jazzrap Mental Abstrato, foi para o universo das rimas femininas no projeto “Rimas e Melodias”, entrou para a discussão de gêneros e sua posição política a levou a novas composições, que culminam no seu EP. Intensa talvez seja a palavra que define o trabalho. Intensa é “Outra Esfera”. Intensa é Tássia. Dentro de toda sua suavidade.
Criada em uma família de artistas, Flora Matos, já aos quatro anos de idade ganhou os palcos em participação no show da banda "Acarajazz", de seu pai, o compositor Renato Matos. Aos 17, no ano de 2006, recebeu o Prêmio de Melhor Cantora do ano, em um festival na capital do país. Lançou-se ao desafio de uma primeira turnê internacional aos 19 anos, passando por Paris, Angers (Le Chabada), Le Mans, Lisboa, Porto, Bolonga, Olivetto e Napoli. Flora também já rodou o Brasil em shows, participações especiais e grandes festivais. O videoclipe independente "Pretin", alcançou a lista dos Top 10 da MTV, o que levou a musica à indicação de "Hit do Ano" no VMB2011. A MC está em fase de produção independente e finalização do seu primeiro álbum.
Para André Maleronka, editor-chefe da Vice Brasil, “Flora está entre os artistas mais interessantes que apareceram no país nos tempos recentes para muito além de nichos de estilos. Está, inclusive, entre os melhores MCs daqui – independente de gênero e deixando na poeira esse papinho de ‘universo dominado por homens’”. Sobre sua performance ao vivo, Maleronka avisa, “Ela quebra, você tem que ver. Porque ali no palco ela tem o lance daquela pessoa legal que todo mundo conheceu uma dia. Aquela amizade boa de cultivar. Quer dizer, Flora encanta não só pela simplicidade daquela sua amiga mais sagaz, mas por encarnar, enquanto artista, uma persona ampla, multifacetada. Que deseja, se irrita e também pede ombro. Tipo gente de verdade”.
13.7
Os parceiros de banda e vida - Pedro Fonseca, no seu teclado incendiário, Miguel Dias, com o baixo de pulsar forte e que aponta os caminhos, as percussões furiosas de Lucas Videla e a dupla de vozes e violões João Mantuano e Chico Chico, mais um punhado de irresistíveis canções, se reconhece pelo curioso nome de “13.7”, cujas influências estão soltas por aí, no rock, no blues, na estrada, no samba, na vanguarda paulistana, na Bahia ou Pernambuco, no folk ou na MPB, numa esquina escura, no estilhaço do espelho, ou “em tudo que vem de onde não sabemos e ainda assim consegue fazer sentido, fazer sentir”, dizem os músicos.
Dois Varguinhas é o projeto de dois irmãos que quando se encontram fazem o que mais gostam: cantar e tocar. Nascidos em berço musical, já desde pequenos atinavam para esse lado, sempre atentos às melodias e ritmos que ouviam.
Júlia Vargas, cantora e percussionista, dona da voz, (agora lançando o seu segundo disco de estúdio, o Pop Banana) já emplaca seu nome na cena musical carioca, está entre as cantoras da nova MPB de maior destaque do atual cenário musical.
Ivo Vargas, cantor e compositor, (inicia a gravação de seu primeiro disco, marco do começo de sua carreira como compositor) vem com uma bagagem da música de rua, sua verdadeira escola.
A parceria é da vida! Irmãos com o mesmo sonho, na mesma caminhada, resolvem se juntar para trazer ao palco a mesma energia que está presente nos encontros em família. O show propõe muita musicalidade e versatilidade. Com canções que variam de estilos e propostas aproveitando bem a riqueza de repertório que os dois juntos já desenvolveram. Clássicos de grandes ícones da Música Popular Brasileira como Milton Nascimento, Rita Lee, Secos e Molhados, que caem como roupa sob medida nas vozes de Júlia e Ivo, além de cantarem composições de Ivo Vargas e músicas de amigos e parceiros como Claos Mózi, Chico Chico, Carlos Posada, entre outros.
“Júlia Vargas é dona de uma gloriosa voz. Nos últimos anos tenho visto poucas cantoras com tanto potencial como o da Júlia. Ela vai dar muito o que falar ”, Milton Nascimento
“Júlia sabe se defender, a pesar da pouca idade. Indica, claro, uma maturidade precoce que lhe é muito útil já agora e será ainda mais no futuro. Minha cotação para ela (que já considero afilhada) é bonequinho em pé aplaudindo. Podem checar”,
Ivan Lins
A cantora e compositora Ana Vilela conquistou seus primeiros fãs por meio de sua composição “Trem-Bala”, que circula em milhares de celulares, através do aplicativo WhatsApp. Canção que chegou aos ouvidos de Gisele Bündchen. Encantada, a Uber Model gravou a música em um cenário paradisíaco o que rapidamente alçou um sucesso estrondoso, com milhões de visualizações e milhares de comentários.
Ana Iniciou seus dedilhados no violão aos 12 anos, porém, sua veia de compositora aflorou já aos 14. Ainda desconhecida em grandes palcos, ela tem seu público cativo em apresentações amadoras nos shoppings de Londrina, sua cidade natal, e teve a oportunidade de participar de um grande evento ao lado de outras bandas, também em Londrina.
Após o sucesso de sua música, Ana gravou uma participação especial no Programa Caldeirão do Huck, da TV Globo, o que lhe rendeu inúmeros outros convites para programas veiculados nacionalmente.
Rubel, por José Flávio Júnior
Sem padrinho famoso. Sem herdar público por ter pertencido a alguma banda renomada. Sem investimento de gravadora ou apoio da grande mídia. Como explicar o patamar atingido por Rubel e seu único álbum, Pearl, em 2016? A tarefa não é das mais simples, pois o cantor e compositor do Rio de Janeiro não protagonizou nenhuma das histórias mais comuns de início de carreira. E, hoje, aos 25 anos, ele é um dos nomes mais promissores da cena brasileira, capaz de reunir plateias de mil pessoas nas principais capitais do país, contando somente com o boca a boca na internet e, claro, a força de suas canções, que transitam entre o folk e a MPB.
Uma marca inegável de seu sucesso até aqui pode ser auferida no YouTube. Até o fim de agosto, o videoclipe para a música “Quando Bate Aquela Saudade”, dirigido por ele mesmo, contava com cerca de 3,6 milhões de visualizações. É verdade que quando o clipe foi para o ar, ainda em 2015, Rubel já havia se apresentado para mais de 700 pessoas numa terça-feira chuvosa no projeto Prata da Casa, do Sesc Pompeia, sob curadoria do produtor Carlos Eduardo Miranda. Ou seja, ele já era um fenômeno. Mas “Quando Bate Aquela Saudade” confirmou o movimento.
Acontece que a romântica faixa não resume Pearl, mais triste e contemplativo do que ela. Lançado na internet oficialmente – e despretensiosamente – em 2013, o trabalho reúne sete composições e tem a duração de discos clássicos dos anos 70. Todo acústico, é guiado por violão, bandolim, banjo e acordeão, e foi gravado num home studio em Austin, Texas. Rubel acredita não ter gastado nem 300 dólares no processo todo. À época, ele concluía seus estudos de cinema, sua outra paixão. Após colocar o filho no mundo, partiu novamente para os Estados Unidos para trabalhar com a sétima arte e observou o álbum lentamente cair no gosto dos fãs. Rolou uma identificação com aquelas letras tão pessoais, com aquela sonoridade singela, delicada.
De volta ao Rio de vez, Rubel montou uma banda para verdadeiramente trabalhar Pearl ao vivo. E aí o registro ganhou um novo punch, com Rubel caindo na estrada acompanhado por violão, banjo, acordeão, guitarra, bateria, trompete, baixo acústico e teclado. Além de executar os sete temas de Pearl, ele adicionou ao repertório as inéditas “Partilhar” (cuja performance no Sofar Sounds acabou se tornando a mais assistida da série – confira no YouTube) e “Mantra”. Dependendo da noite, versões de “Esotérico” (Gilberto Gil) e “Tocando em Frente” (Renato Teixeira) ganham o setlist.
Caetano Veloso, Jorge Ben Jor, Bob Dylan, Bon Iver e Fleet Foxes são outros artistas que fascinam Rubel, o que só reforça que ele se sente mais confortável no terreno da MPB clássica e do folk rock – tanto tradicional quanto contemporâneo. Mas o segundo disco poderá trazer surpresas. Já em fase de concepção, Rubel prevê que o sucessor de Pearl chegue ao mercado no primeiro semestre de 2017.
Só que seu álbum de estreia ainda tem muito para dar. O músico segue na estrada com sua banda, agora com o suporte da Agência de Música (Mallu Magalhães, Marcelo Camelo, Banda do Mar, Filipe Catto), e finaliza o videoclipe em animação para a faixa “Ben”, que não foi escrita para o ídolo Jorge, mas para o sobrinho de mesmo nome. Já “O Velho e o Mar” ganhou clipe no meio do ano e, em dois meses, ultrapassou a marca de 100 mil visualizações.
Vale dizer ainda que Rubel também dirige clipes para outros artistas (fez o de “O Peso do Meu Coração”, do cantor e compositor carioca Qinho) e já escreveu e dirigiu dois curtas, sendo um documentário e outro de ficção. Um talento em plena ebulição, portanto. E agora não mais restrito ao boca a boca da internet.
Sai da Rede
Um panorama plural com representantes das novas vertentes da música brasileira, que, através da internet e seus canais de comunicação e compartilhamento, ganham o mundo e conquistam um número incontável de seguidores.
Nas noites dos dias 25 e 26 de março e 8 e 9 de abril de 2017, o palco do Teatro I do CCBB Brasília recebe oito projetos musicais contemporâneos e totalmente distintos. Os artistas convidados, todos jovens, surfam com naturalidade através dos inúmeros canais de interação e divulgação, disponíveis na internet, assim como fazem uso das várias ferramentas de produção disponíveis na atualidade. De maneira que o “Sai da Rede” se apresenta como uma oportunidade para apreciar, ao vivo, artistas que têm realizado uma produção plural, a partir de criações coletivas ou individuais. O festival também ganha edições nos demais CCBB’s: Em São Paulo, nos dias 15, 22 e 29 de março; no Rio de Janeiro, de 16 a 19 de abril; e em BH, de 29 de março a 2 de abril.
A maioria dos artistas desta nova geração da música popular brasileira, a exemplo dos que participam desta 4ª Edição do “Sai da Rede” - Mahmundi, Rico Dalasam, Tássia Reis, Flora Matos, 13.7, Júlia Vargas, Ana Vilela e Rubel - ao mesmo tempo em que compõem e interpretam seus trabalhos, registram suas produções em estúdios, por vezes montados em casa, porém, com equipamentos profissionais, o que para Pedro Seiler, um dos curadores do Festival, “se deve muito às facilidades de gravação, por conta das tecnologias avançadas e de baixo custo”. E, uma vez conectados e inseridos no imenso universo da internet, “há, entre eles, uma grande comunicação e, não raramente, tocam ou criam e compõem juntos, mesmo morando em diferentes cidades”, observa Pedro.
Ao se considerar que a internet e as ferramentas tecnológicas disponíveis são peças-chave na engrenagem da produção musical nos dias de hoje, desde a criação à comercialização, Amanda Menezes, produtora executiva do Festival e também curadora, destaca: “a música contemporânea ganha registros em gravações profissionais com qualidade cada vez mais apurada e, fruto do acesso livre à informação, alcança um público global”. O público vem se adaptando rapidamente a esta nova forma de descobrir, ouvir, comprar e tocar música, e “as mídias sociais e os sites especializados têm se mostrado fundamentais para sua difusão, atuando com papéis claros dentro dessa enorme produção”, avalia Amanda.
“Um dos aspectos mais interessante deste projeto é ser extremamente contemporâneo. Com isso, as temáticas abordadas pelos artistas são sempre atualíssimas. Na edição deste ano a programação é muito diversificada, mas as discussões sobre empoderamento feminino, liberdade de gênero, luta pela igualdade social estarão muito presentes”, Comenta Amanda.
As edições anteriores do Sai da Rede:
Em 2011, 2012 e 2013, a realização das edições anteriores do Festival “Sai da Rede”, confirmou a demanda e a relevância da iniciativa. Na edição de 2011, os nove diferentes shows realizados lotaram o Teatro I do CCBB Brasília, com direito a show extra de Tulipa Ruiz. Em 2012, o festival teve seu público e formato ampliados já que se optou pela realização do evento ao ar livre, gratuitamente, na praça do Patriarca, em São Paulo, elevando a presença de um público estimado em média de 2,5 mil pessoas por dia. Em 2013, o projeto alcançou grande sucesso, atraindo um público neófito ao CCBB do Rio de Janeiro.
Mahmundi
Cantora, compositora, produtora e multinstrumentista Mahmundi, codinome de Marcela Vale, se estabelece como uma das grandes artistas da nova geração da música brasileira. Lançou seu primeiro álbum “Mahmundi” (Stereomono/Skol Music) em março de 2016, que lhe rendeu excelentes críticas da imprensa especializada e vários prêmios e indicações, a exemplo do Prêmio Revelação, pela APCA (Associação Brasileira dos Críticos de Arte) e seu álbum consta nas listas de “melhores do ano” dos sites de música mais importantes do país.
Produzido por ela mesma, “Mahmundi” traz 10 músicas autorais pops, como “Hit”, “Calor do Amor” e “Eterno Verão”. Diferente do que se vê lançado no Brasil, a música de Mahmundi é dançante, pop e com tempero dos anos 80. Por isso mesmo recebeu elogios de Ed Motta, Zeca Camargo, Nelson Motta, Daniel Ganjaman e muitos outros músicos e formadores de opinião.
Assisti-la ao vivo é uma experiência ainda melhor. Acompanhada por baixo, bateria e teclado, ela se reveza na guitarra e no teclado e comanda o show com maestria. Sempre apresenta o repertório do disco novo e músicas surpresas.
“As 10 faixas são impactantes e mostram uma voz potente e madura. As canções são pops, de letras fáceis e virtuosas, como há tempos não se via na voz de nenhuma outra cantora nacional”, João Paulo Carvalho, Caderno 2, Estado de S. Paulo
Rico Dalasam
"Negros, gays, rappers: quantos no Brasil? Deve haver vários tantos". Os versos de "Dalasam", faixa do primeiro disco do paulistano, fala sobre seu lugar: negro, gay, rapper. Nasce deles, inclusive, o título de seu álbum de estreia: "Orgunga" (independente), com pouco mais de um ano na praça e muito barulho. "Esse disco conta a história dos meus maiores orgulhos, eu olho com mais grandeza dentro do país em que vivo. 'Orgunga' é uma transição do EP. Eu não sou uma outra coisa, eu sou a continuação dele, com mais estrutura e sem medos”, conta Dalasam. Dono de seu próprio estilo e de suas rimas, Rico provou, logo em sua estreia, ser um rapper à altura dos grandes, sendo reconhecido por todos eles em convites para participações. De fora do meio, Gilberto Gil também aprovou.
Por entre as nove faixas de "Orgunga" - todas autorais -, Rico fala de amor, como em "Drama", produção de Pifo. Também navega pelo rock em "Relógios", produzida por Xuxa Levy. E fecha com "Vambora", com assinatura de Duani. Phillip Neo, comparece em "Dalasam", "Esse Close Eu Dei" e "Nortes". E Mahal Pita, do Baiana System, em "Mili Mili".
Quem é o Dalasam?, interpela ele em faixa homônima. "Dalasam é uma geração de pessoas, é bom elas entenderem que existe e vai existir sempre um Dalasam perto dela", diz. Um homem - negro, gay, rapper - de múltiplas facetas, muitos talentos e uma cabeça efervescente, que não para de pensar novas rimas para os próximos capítulos ("Devo ter mais de 300", ele revela).
Tássia Reis, letrista, compositora e cantora, é uma potência criativa de convicções, em seu discurso feminista e libertário, nas mais diversas vertentes, da intolerância à opressão emocional, dispara canções sublimes, embaladas por sua doce voz em gêneros abertos, do rap ao reggae. Aos 20 anos, gravou a canção “Meu Rapjazz”. O videoclipe viralizou, alcançando 10 mil views logo no dia do lançamento, o que impulsionou sua carreira como artista e um ano depois lançou seu primeiro EP, “Outra Esfera”. Cantou com Marcelo D2, gravou com Izzy Gordon, fez shows com a banda de jazzrap Mental Abstrato, foi para o universo das rimas femininas no projeto “Rimas e Melodias”, entrou para a discussão de gêneros e sua posição política a levou a novas composições, que culminam no seu EP. Intensa talvez seja a palavra que define o trabalho. Intensa é “Outra Esfera”. Intensa é Tássia. Dentro de toda sua suavidade.
Criada em uma família de artistas, Flora Matos, já aos quatro anos de idade ganhou os palcos em participação no show da banda "Acarajazz", de seu pai, o compositor Renato Matos. Aos 17, no ano de 2006, recebeu o Prêmio de Melhor Cantora do ano, em um festival na capital do país. Lançou-se ao desafio de uma primeira turnê internacional aos 19 anos, passando por Paris, Angers (Le Chabada), Le Mans, Lisboa, Porto, Bolonga, Olivetto e Napoli. Flora também já rodou o Brasil em shows, participações especiais e grandes festivais. O videoclipe independente "Pretin", alcançou a lista dos Top 10 da MTV, o que levou a musica à indicação de "Hit do Ano" no VMB2011. A MC está em fase de produção independente e finalização do seu primeiro álbum.
Para André Maleronka, editor-chefe da Vice Brasil, “Flora está entre os artistas mais interessantes que apareceram no país nos tempos recentes para muito além de nichos de estilos. Está, inclusive, entre os melhores MCs daqui – independente de gênero e deixando na poeira esse papinho de ‘universo dominado por homens’”. Sobre sua performance ao vivo, Maleronka avisa, “Ela quebra, você tem que ver. Porque ali no palco ela tem o lance daquela pessoa legal que todo mundo conheceu uma dia. Aquela amizade boa de cultivar. Quer dizer, Flora encanta não só pela simplicidade daquela sua amiga mais sagaz, mas por encarnar, enquanto artista, uma persona ampla, multifacetada. Que deseja, se irrita e também pede ombro. Tipo gente de verdade”.
13.7
Os parceiros de banda e vida - Pedro Fonseca, no seu teclado incendiário, Miguel Dias, com o baixo de pulsar forte e que aponta os caminhos, as percussões furiosas de Lucas Videla e a dupla de vozes e violões João Mantuano e Chico Chico, mais um punhado de irresistíveis canções, se reconhece pelo curioso nome de “13.7”, cujas influências estão soltas por aí, no rock, no blues, na estrada, no samba, na vanguarda paulistana, na Bahia ou Pernambuco, no folk ou na MPB, numa esquina escura, no estilhaço do espelho, ou “em tudo que vem de onde não sabemos e ainda assim consegue fazer sentido, fazer sentir”, dizem os músicos.
Dois Varguinhas é o projeto de dois irmãos que quando se encontram fazem o que mais gostam: cantar e tocar. Nascidos em berço musical, já desde pequenos atinavam para esse lado, sempre atentos às melodias e ritmos que ouviam.
Júlia Vargas, cantora e percussionista, dona da voz, (agora lançando o seu segundo disco de estúdio, o Pop Banana) já emplaca seu nome na cena musical carioca, está entre as cantoras da nova MPB de maior destaque do atual cenário musical.
Ivo Vargas, cantor e compositor, (inicia a gravação de seu primeiro disco, marco do começo de sua carreira como compositor) vem com uma bagagem da música de rua, sua verdadeira escola.
A parceria é da vida! Irmãos com o mesmo sonho, na mesma caminhada, resolvem se juntar para trazer ao palco a mesma energia que está presente nos encontros em família. O show propõe muita musicalidade e versatilidade. Com canções que variam de estilos e propostas aproveitando bem a riqueza de repertório que os dois juntos já desenvolveram. Clássicos de grandes ícones da Música Popular Brasileira como Milton Nascimento, Rita Lee, Secos e Molhados, que caem como roupa sob medida nas vozes de Júlia e Ivo, além de cantarem composições de Ivo Vargas e músicas de amigos e parceiros como Claos Mózi, Chico Chico, Carlos Posada, entre outros.
“Júlia Vargas é dona de uma gloriosa voz. Nos últimos anos tenho visto poucas cantoras com tanto potencial como o da Júlia. Ela vai dar muito o que falar ”, Milton Nascimento
“Júlia sabe se defender, a pesar da pouca idade. Indica, claro, uma maturidade precoce que lhe é muito útil já agora e será ainda mais no futuro. Minha cotação para ela (que já considero afilhada) é bonequinho em pé aplaudindo. Podem checar”,
Ivan Lins
A cantora e compositora Ana Vilela conquistou seus primeiros fãs por meio de sua composição “Trem-Bala”, que circula em milhares de celulares, através do aplicativo WhatsApp. Canção que chegou aos ouvidos de Gisele Bündchen. Encantada, a Uber Model gravou a música em um cenário paradisíaco o que rapidamente alçou um sucesso estrondoso, com milhões de visualizações e milhares de comentários.
Ana Iniciou seus dedilhados no violão aos 12 anos, porém, sua veia de compositora aflorou já aos 14. Ainda desconhecida em grandes palcos, ela tem seu público cativo em apresentações amadoras nos shoppings de Londrina, sua cidade natal, e teve a oportunidade de participar de um grande evento ao lado de outras bandas, também em Londrina.
Após o sucesso de sua música, Ana gravou uma participação especial no Programa Caldeirão do Huck, da TV Globo, o que lhe rendeu inúmeros outros convites para programas veiculados nacionalmente.
Rubel, por José Flávio Júnior
Sem padrinho famoso. Sem herdar público por ter pertencido a alguma banda renomada. Sem investimento de gravadora ou apoio da grande mídia. Como explicar o patamar atingido por Rubel e seu único álbum, Pearl, em 2016? A tarefa não é das mais simples, pois o cantor e compositor do Rio de Janeiro não protagonizou nenhuma das histórias mais comuns de início de carreira. E, hoje, aos 25 anos, ele é um dos nomes mais promissores da cena brasileira, capaz de reunir plateias de mil pessoas nas principais capitais do país, contando somente com o boca a boca na internet e, claro, a força de suas canções, que transitam entre o folk e a MPB.
Uma marca inegável de seu sucesso até aqui pode ser auferida no YouTube. Até o fim de agosto, o videoclipe para a música “Quando Bate Aquela Saudade”, dirigido por ele mesmo, contava com cerca de 3,6 milhões de visualizações. É verdade que quando o clipe foi para o ar, ainda em 2015, Rubel já havia se apresentado para mais de 700 pessoas numa terça-feira chuvosa no projeto Prata da Casa, do Sesc Pompeia, sob curadoria do produtor Carlos Eduardo Miranda. Ou seja, ele já era um fenômeno. Mas “Quando Bate Aquela Saudade” confirmou o movimento.
Acontece que a romântica faixa não resume Pearl, mais triste e contemplativo do que ela. Lançado na internet oficialmente – e despretensiosamente – em 2013, o trabalho reúne sete composições e tem a duração de discos clássicos dos anos 70. Todo acústico, é guiado por violão, bandolim, banjo e acordeão, e foi gravado num home studio em Austin, Texas. Rubel acredita não ter gastado nem 300 dólares no processo todo. À época, ele concluía seus estudos de cinema, sua outra paixão. Após colocar o filho no mundo, partiu novamente para os Estados Unidos para trabalhar com a sétima arte e observou o álbum lentamente cair no gosto dos fãs. Rolou uma identificação com aquelas letras tão pessoais, com aquela sonoridade singela, delicada.
De volta ao Rio de vez, Rubel montou uma banda para verdadeiramente trabalhar Pearl ao vivo. E aí o registro ganhou um novo punch, com Rubel caindo na estrada acompanhado por violão, banjo, acordeão, guitarra, bateria, trompete, baixo acústico e teclado. Além de executar os sete temas de Pearl, ele adicionou ao repertório as inéditas “Partilhar” (cuja performance no Sofar Sounds acabou se tornando a mais assistida da série – confira no YouTube) e “Mantra”. Dependendo da noite, versões de “Esotérico” (Gilberto Gil) e “Tocando em Frente” (Renato Teixeira) ganham o setlist.
Caetano Veloso, Jorge Ben Jor, Bob Dylan, Bon Iver e Fleet Foxes são outros artistas que fascinam Rubel, o que só reforça que ele se sente mais confortável no terreno da MPB clássica e do folk rock – tanto tradicional quanto contemporâneo. Mas o segundo disco poderá trazer surpresas. Já em fase de concepção, Rubel prevê que o sucessor de Pearl chegue ao mercado no primeiro semestre de 2017.
Só que seu álbum de estreia ainda tem muito para dar. O músico segue na estrada com sua banda, agora com o suporte da Agência de Música (Mallu Magalhães, Marcelo Camelo, Banda do Mar, Filipe Catto), e finaliza o videoclipe em animação para a faixa “Ben”, que não foi escrita para o ídolo Jorge, mas para o sobrinho de mesmo nome. Já “O Velho e o Mar” ganhou clipe no meio do ano e, em dois meses, ultrapassou a marca de 100 mil visualizações.
Vale dizer ainda que Rubel também dirige clipes para outros artistas (fez o de “O Peso do Meu Coração”, do cantor e compositor carioca Qinho) e já escreveu e dirigiu dois curtas, sendo um documentário e outro de ficção. Um talento em plena ebulição, portanto. E agora não mais restrito ao boca a boca da internet.