Espetáculo
A CAIXA Cultural apresenta temporada da premiada companhia carioca Amok Teatro com o espetáculo:
Salina (a última vértebra)
Reverenciado pela crítica especializada e grande sucesso de público, o Teatro da CAIXA, em Brasília, recebe para curta temporada, de 2 a 5 de junho de 2016, “Salina”. Uma montagem do Amok Teatro para texto, de mesmo nome, do francês Laurent Gaudé, com direção de Ana Teixeira e Stephan Brot.
Ambientado numa África imaginária, o espetáculo convida o público a imergir em uma cultura ancestral, levado por um conto atemporal e universal, que traz em seu enredo exílio, ódio e perdão. A dramaturgia do espetáculo é composta por elementos da tragédia grega e da epopeia africana, onde se encontram o épico, as paixões, o combate e a parte sombria do indivíduo.
Sob todos os pontos de vista, estamos diante de uma inquietante, bela e poderosa montagem, Lionel Fischer, ator, autor e diretor brasileiro.
Inédita no Brasil, a peça conta a saga de Salina, personagem central da trama e que dá nome ao espetáculo. Casada à força e brutalmente violada por seu marido, Salina dá à luz a Mumuyê Djimba, um filho que ela rejeita e detesta, tanto quanto ao pai da criança. Acusada de deixar o esposo morrer agonizante, num campo de batalha, Salina é banida de sua cidade e forçada a viver no deserto. Isolada de seu povo e sozinha, ela nutri um forte desejo de vingança. De sua ira, é gerado um filho, Kwane, que, mais tarde, trava uma guerra com seu irmão, Djimba, quando uma surpreendente reviravolta transforma o destino de Salina.
O espetáculo integra em sua dramaturgia o conto, o jogo, a música e a dança. A música é tocada ao vivo, com instrumentos tradicionais africanos e afro-brasileiros. Em Salina, o Amok Teatro apresenta o signo negro em cena, abrindo as cortinas do teatro para revelar sua potência, sua riqueza e sua humanidade luminosa. “A obra de Laurent Gaudé permitiu a criação de um território simbólico, uma África imaginária, construída a partir de uma identidade mestiça, da confluência de diversas culturas de raiz africana e das diferentes visões e trocas que surgiram no decorrer do projeto”, explica Ana Teixeira.
Salina estreou no Rio de Janeiro em 2015 com enorme sucesso de crítica e público. A peça, a mais recente criação do Amok Teatro, recebeu os Prêmios Shell nas categorias “Melhor Figurino” e “Inovação” e o APTR de “Melhor Atriz Coadjuvante”. Além de ter sido indicado, em diferentes categorias, aos mais importantes prêmios de teatro como Cesgranrio, para Melhor Espetáculo, Direção e Figurino; Shell, para Melhor Direção e Atriz; Questão de Crítica, para Melhor Figurino e Coreografia; Cenym, para Melhor Atriz, Companhia de Teatro e Figurino; e APTR, para Melhor Direção e Figurino.
O espetáculo é fruto de um elaborado processo de imersão, que envolveu diversas etapas e ultrapassou o âmbito da estética e gerou novos espaços de deslocamentos, de trocas e de reflexão. A obra teatral, idealizada pelos diretores, porém, criada coletivamente, teve como alicerce a realização várias etapas: formação de atores, pesquisa de linguagem cênica, além de intercâmbios e longo período de ensaios. Durante a formação dos atores, a sede do Amok Teatro, em Botafogo, se transformou em um ambiente de convergência e trocas de experiências.
Constituído a partir de intenso processo de seleção de atores, o elenco integralmente formado por atores negros, embora desconhecido do grande público, apresenta excelente trabalho de interpretação principalmente em Ariane Hime e em Tatiana Tibúrcio. O desenho de luz de Renato Machado, o cenário e o figurino do casal de diretores e toda a trilha sonora composta e interpretada ao vivo em cena por Fábio Simões Soares garantem ao espectador momento de rara beleza. Eis aqui um espetáculo precioso, Rodrigo Monteiro, do Blog Crítica Teatral.
Concluída a formação, dez atores e um músico passaram a integrar o grupo e deu-se inicio à pesquisa cênica, apoiada em diferentes culturas africanas e afro-brasileiras, em particular o Congado e o Candomblé. De forma a enriquecer este processo, o grupo realizou diversos encontros com Jorge Antônio dos Santos, mestre de tambor do Congado dos Arturos, de Minas Gerais, com quem estudaram, além dos cantos e ritmos dessa tradição, temas ligados à religiosidade e a ancestralidade.
Trata-se de uma ousadia nunca antes tentada – o teatro devotado à pesquisa de linguagem, à experimentação e à invenção do espaço decidiu incorporar aos seus estudos o tema efervescente da expressão afro-brasileira ou negra, Tania Brandão, do Folias Teatrais.
Salina, da Cia. Amok, não é apenas um dos melhores espetáculos em cartaz da atual temporada teatral na cidade do Rio. Assistir a Salina - reconhecendo todo fio de delicadeza que a peça produz - é também um gesto de amor ao teatro, de atenção às contradições que vivemos para levar a cena processos e pesquisas radicais. Optar por assistir Salina é um gesto poderosamente político do espectador, Marcus Faustini, do jornal O Globo.
Sobre o Amok Teatro:
Dirigido por Ana Teixeira e Stephane Brodt, o Amok Teatro caracteriza-se pela dedicação a um processo contínuo de pesquisa sobre a arte do ator e as possibilidades de encenação. Desde sua fundação, em 1998, o grupo tem recebido por seus espetáculos diversos prêmios do teatro nacional e grande reconhecimento por parte da crítica e do público, sendo considerada, hoje, uma das companhias de maior prestígio da cena carioca contemporânea. Processos de criação e de formação estão profundamente ligados aos trabalhos do Amok Teatro. A pedagogia corresponde à necessidade de promover uma dimensão ao teatro que não se limita à produção de espetáculos, no entanto, busca transmitir valores artísticos que não têm como único objetivo os resultados.
Sobre o autor Laurent Gaudé:
Escritor e dramaturgo francês, Laurent Gaudé estudou Literatura Moderna na Universidade de Paris e desenvolveu tese sobre estudos teatrais, com a orientação do ator e encenador Jea-Pierre Sarrzac. Lançou seu primeiro romance em 2001, e em 2002 publica o aclamado “A Morte do Rei Tsongor”, editado no Brasil em 2003. Trata-se se um romance épico trágico, com a ação num reino imaginário da África. Ovacionado pela crítica e um sucesso de vendagem, a obra foi agraciada com o Prêmio Gouncourt des Lycéens. No ano seguinte, Gaudé conquista o Prêmio dos Livreiros franceses, belgas, suíços e canadenses. A obra foi considerada pelo conceituado jornal L’Express como um dos melhores livros de 2002. Em 2004, com o romance, “O Sol dos Scorta”, recebeu o Prêmio do Romance Populista e o Prêmio Gouncourt, o mais importante prêmio literário francês.
Ficha técnica:
Texto: Laurent Gaudé
Direção: Ana Teixeira e Stephane Brodt
Elenco: André Lemos, Ariane Hime, Graciana Valladares, Luciana Lopes, Reinaldo Junior, Robson Feire, Sergio Loureiro, Sol Miranda, Tatiana Tibúrcio e Thiago Catarino
Música: Fábio Simões Soares
Luz: Renato Machado
Coreografias: Tatiana Tibúrcio
Cenário e figurino: Ana Teixeira e Stephane Brodt
Bonecos: Maria Adélia
Tradução: Ana Teixeira
Intercâmbio: Mestre Jorge Antonio Dos Santos, Marcio Antonio Dos Santos e Fabiano dos Santos.
Serviço:
Espetáculo: Salina (a última vértebra)
Gênero: Drama
Direção: Ana Teixeira e Stephane Brodt
Grupo: Amok Teatro.
Local: CAIXA Cultural Brasília-DF, Teatro da CAIXA.
Endereço: SBS Quadra 4 - Edifício anexo à Matriz da Caixa.
Temporada: De quinta a domingo, dias 2, 3, 4 e 5 de junho de 2016.
Horários: De quinta a sábado, às 19h, e domingo, às 18h.
Duração: 220 minutos, com intervalo de 20 minutos, quando será servido um lanche.
Classificação indicativa: 12 anos.
Ingressos: R$ 20,00 e 10,00 (meia entrada para estudantes, professores, maiores de 60 anos, funcionários CAIXA e mediante doação de agasalhos).
Os ingressos começam a serem vendidos no sábado, dia 28 de maio, somente na bilheteria do teatro.
Bilheteria: De terça a sexta e domingo, das 13h às 21h, e sábado, das 9h às 21h.
Capacidade: 406 lugares (8 para cadeirantes).
Informações: 3206-6456.
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal.
Salina (a última vértebra)
Reverenciado pela crítica especializada e grande sucesso de público, o Teatro da CAIXA, em Brasília, recebe para curta temporada, de 2 a 5 de junho de 2016, “Salina”. Uma montagem do Amok Teatro para texto, de mesmo nome, do francês Laurent Gaudé, com direção de Ana Teixeira e Stephan Brot.
Ambientado numa África imaginária, o espetáculo convida o público a imergir em uma cultura ancestral, levado por um conto atemporal e universal, que traz em seu enredo exílio, ódio e perdão. A dramaturgia do espetáculo é composta por elementos da tragédia grega e da epopeia africana, onde se encontram o épico, as paixões, o combate e a parte sombria do indivíduo.
Sob todos os pontos de vista, estamos diante de uma inquietante, bela e poderosa montagem, Lionel Fischer, ator, autor e diretor brasileiro.
Inédita no Brasil, a peça conta a saga de Salina, personagem central da trama e que dá nome ao espetáculo. Casada à força e brutalmente violada por seu marido, Salina dá à luz a Mumuyê Djimba, um filho que ela rejeita e detesta, tanto quanto ao pai da criança. Acusada de deixar o esposo morrer agonizante, num campo de batalha, Salina é banida de sua cidade e forçada a viver no deserto. Isolada de seu povo e sozinha, ela nutri um forte desejo de vingança. De sua ira, é gerado um filho, Kwane, que, mais tarde, trava uma guerra com seu irmão, Djimba, quando uma surpreendente reviravolta transforma o destino de Salina.
O espetáculo integra em sua dramaturgia o conto, o jogo, a música e a dança. A música é tocada ao vivo, com instrumentos tradicionais africanos e afro-brasileiros. Em Salina, o Amok Teatro apresenta o signo negro em cena, abrindo as cortinas do teatro para revelar sua potência, sua riqueza e sua humanidade luminosa. “A obra de Laurent Gaudé permitiu a criação de um território simbólico, uma África imaginária, construída a partir de uma identidade mestiça, da confluência de diversas culturas de raiz africana e das diferentes visões e trocas que surgiram no decorrer do projeto”, explica Ana Teixeira.
Salina estreou no Rio de Janeiro em 2015 com enorme sucesso de crítica e público. A peça, a mais recente criação do Amok Teatro, recebeu os Prêmios Shell nas categorias “Melhor Figurino” e “Inovação” e o APTR de “Melhor Atriz Coadjuvante”. Além de ter sido indicado, em diferentes categorias, aos mais importantes prêmios de teatro como Cesgranrio, para Melhor Espetáculo, Direção e Figurino; Shell, para Melhor Direção e Atriz; Questão de Crítica, para Melhor Figurino e Coreografia; Cenym, para Melhor Atriz, Companhia de Teatro e Figurino; e APTR, para Melhor Direção e Figurino.
O espetáculo é fruto de um elaborado processo de imersão, que envolveu diversas etapas e ultrapassou o âmbito da estética e gerou novos espaços de deslocamentos, de trocas e de reflexão. A obra teatral, idealizada pelos diretores, porém, criada coletivamente, teve como alicerce a realização várias etapas: formação de atores, pesquisa de linguagem cênica, além de intercâmbios e longo período de ensaios. Durante a formação dos atores, a sede do Amok Teatro, em Botafogo, se transformou em um ambiente de convergência e trocas de experiências.
Constituído a partir de intenso processo de seleção de atores, o elenco integralmente formado por atores negros, embora desconhecido do grande público, apresenta excelente trabalho de interpretação principalmente em Ariane Hime e em Tatiana Tibúrcio. O desenho de luz de Renato Machado, o cenário e o figurino do casal de diretores e toda a trilha sonora composta e interpretada ao vivo em cena por Fábio Simões Soares garantem ao espectador momento de rara beleza. Eis aqui um espetáculo precioso, Rodrigo Monteiro, do Blog Crítica Teatral.
Concluída a formação, dez atores e um músico passaram a integrar o grupo e deu-se inicio à pesquisa cênica, apoiada em diferentes culturas africanas e afro-brasileiras, em particular o Congado e o Candomblé. De forma a enriquecer este processo, o grupo realizou diversos encontros com Jorge Antônio dos Santos, mestre de tambor do Congado dos Arturos, de Minas Gerais, com quem estudaram, além dos cantos e ritmos dessa tradição, temas ligados à religiosidade e a ancestralidade.
Trata-se de uma ousadia nunca antes tentada – o teatro devotado à pesquisa de linguagem, à experimentação e à invenção do espaço decidiu incorporar aos seus estudos o tema efervescente da expressão afro-brasileira ou negra, Tania Brandão, do Folias Teatrais.
Salina, da Cia. Amok, não é apenas um dos melhores espetáculos em cartaz da atual temporada teatral na cidade do Rio. Assistir a Salina - reconhecendo todo fio de delicadeza que a peça produz - é também um gesto de amor ao teatro, de atenção às contradições que vivemos para levar a cena processos e pesquisas radicais. Optar por assistir Salina é um gesto poderosamente político do espectador, Marcus Faustini, do jornal O Globo.
Sobre o Amok Teatro:
Dirigido por Ana Teixeira e Stephane Brodt, o Amok Teatro caracteriza-se pela dedicação a um processo contínuo de pesquisa sobre a arte do ator e as possibilidades de encenação. Desde sua fundação, em 1998, o grupo tem recebido por seus espetáculos diversos prêmios do teatro nacional e grande reconhecimento por parte da crítica e do público, sendo considerada, hoje, uma das companhias de maior prestígio da cena carioca contemporânea. Processos de criação e de formação estão profundamente ligados aos trabalhos do Amok Teatro. A pedagogia corresponde à necessidade de promover uma dimensão ao teatro que não se limita à produção de espetáculos, no entanto, busca transmitir valores artísticos que não têm como único objetivo os resultados.
Sobre o autor Laurent Gaudé:
Escritor e dramaturgo francês, Laurent Gaudé estudou Literatura Moderna na Universidade de Paris e desenvolveu tese sobre estudos teatrais, com a orientação do ator e encenador Jea-Pierre Sarrzac. Lançou seu primeiro romance em 2001, e em 2002 publica o aclamado “A Morte do Rei Tsongor”, editado no Brasil em 2003. Trata-se se um romance épico trágico, com a ação num reino imaginário da África. Ovacionado pela crítica e um sucesso de vendagem, a obra foi agraciada com o Prêmio Gouncourt des Lycéens. No ano seguinte, Gaudé conquista o Prêmio dos Livreiros franceses, belgas, suíços e canadenses. A obra foi considerada pelo conceituado jornal L’Express como um dos melhores livros de 2002. Em 2004, com o romance, “O Sol dos Scorta”, recebeu o Prêmio do Romance Populista e o Prêmio Gouncourt, o mais importante prêmio literário francês.
Ficha técnica:
Texto: Laurent Gaudé
Direção: Ana Teixeira e Stephane Brodt
Elenco: André Lemos, Ariane Hime, Graciana Valladares, Luciana Lopes, Reinaldo Junior, Robson Feire, Sergio Loureiro, Sol Miranda, Tatiana Tibúrcio e Thiago Catarino
Música: Fábio Simões Soares
Luz: Renato Machado
Coreografias: Tatiana Tibúrcio
Cenário e figurino: Ana Teixeira e Stephane Brodt
Bonecos: Maria Adélia
Tradução: Ana Teixeira
Intercâmbio: Mestre Jorge Antonio Dos Santos, Marcio Antonio Dos Santos e Fabiano dos Santos.
Serviço:
Espetáculo: Salina (a última vértebra)
Gênero: Drama
Direção: Ana Teixeira e Stephane Brodt
Grupo: Amok Teatro.
Local: CAIXA Cultural Brasília-DF, Teatro da CAIXA.
Endereço: SBS Quadra 4 - Edifício anexo à Matriz da Caixa.
Temporada: De quinta a domingo, dias 2, 3, 4 e 5 de junho de 2016.
Horários: De quinta a sábado, às 19h, e domingo, às 18h.
Duração: 220 minutos, com intervalo de 20 minutos, quando será servido um lanche.
Classificação indicativa: 12 anos.
Ingressos: R$ 20,00 e 10,00 (meia entrada para estudantes, professores, maiores de 60 anos, funcionários CAIXA e mediante doação de agasalhos).
Os ingressos começam a serem vendidos no sábado, dia 28 de maio, somente na bilheteria do teatro.
Bilheteria: De terça a sexta e domingo, das 13h às 21h, e sábado, das 9h às 21h.
Capacidade: 406 lugares (8 para cadeirantes).
Informações: 3206-6456.
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal.